O Mundo é uma Bola https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br Thu, 13 Jan 2022 14:51:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Anúncio de Griezmann provoca suspense na Europa https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2019/05/23/anuncio-de-griezmann-provoca-suspense-na-europa/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2019/05/23/anuncio-de-griezmann-provoca-suspense-na-europa/#respond Thu, 23 May 2019 05:02:11 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2019/05/Griezmann-3-320x213.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=17148 O eleito melhor jogador da final da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, na partida em que a França se sagrou campeã ao derrotar a Croácia por 4 a 2, está no mercado.

O francês Antoine Griezmann, de 28 anos, anunciou há poucos dias que não permanecerá no Atlético de Madri, clube que defende desde 2014.

A decisão do atacante canhoto, que tinha contrato até junho de 2023 com o Atlético, passou desde então a gerar suspense e interrogação na Europa.

Afinal, ele avisou que partirá, mas não informou aonde chegará.

Declarou apenas que no início de julho será depositada a multa rescisória, de € 120 milhões (R$ 541 milhões), ou o quádruplo do que o Atlético pagou à Real Sociedad para contar com seu futebol.

A questão é que, se esse acerto (entre Griezmann e algum clube) de fato existe, é mantido em segredo muito bem guardado, o que surpreende, já que os vazamentos de informações são comuns em casos de grandes negociações.

Especula-se, com bastante ênfase, especialmente na imprensa espanhola, que Griezmann vai para o Barcelona.

O mesmo Barcelona que passou a abominá-lo porque queria muito contratá-lo antes da Copa, porém o francês esnobou o interesse, dando ao clube catalão um “não” e estendendo seu vínculo com os madrilenhos.

Talvez Griezmann tenha mudado de ideia, percebendo que o Barça lhe dará chance bem maior do que o Atleti de conquistar títulos, assim como a direção do Barcelona, que aceitaria perdoar a negativa para fortalecer um ataque no qual só Messi e Suárez, ambos já trintões, funcionam.

Philippe Coutinho e Dembelé (compatriota de Griezmann), contratados respectivamente por € 120 milhões e € 105 milhões, não apresentaram no time azul e grená nem a metade do que jogavam em Liverpool e Borussia Dortmund. São claras decepções, e o brasileiro tem recebido vaias dos torcedores.

Caso seu destino seja mesmo o Barcelona, Griezmann pode enfrentar, ao menos inicialmente, problemas no vestiário.

O jornal catalão Sport publicou que atletas mais experientes, além de não considerarem o francês a solução para o setor ofensivo, desrespeitou o clube ao fazer “um jogo de gato e rato” – referência a flertar com o Barça e depois pular fora.

Outros clubes europeus que teriam a intenção de ter Griezmann em suas fileiras, além de dinheiro para pagar a multa, seriam o Paris Saint-Germain (que já tem Neymar, Mbappé e Cavani na linha de frente), atual campeão francês, e o Manchester City, do técnico Pep Guardiola, atual campeão inglês.

Ambos, entretanto, negam estar na disputa pelo jogador, que cairia muito bem no rival local do City, o igualmente riquíssimo Manchester United, onde poderia reencontrar o meia Pogba, colega de conquista no Mundial do ano passado.

Em tempo 1: Griezmann é um jogador inteligente, criativo, rápido e que finaliza bem, porém é possível que já tenha atingido seu ápice. Em 2016, quando a França foi vice-campeã da Eurocopa, nas eleições para melhor do mundo (Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best, da Fifa) ele ficou em terceiro lugar – atrás de Cristiano Ronaldo e Messi. Depois disso, repetiu um terceiro lugar, no ano passado, mas só na disputa da publicação francesa (atrás de Modric e Cristiano Ronaldo). A atual temporada, na qual anotou 21 gols em 48 jogos oficiais (por Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Champions League e Supercopa da Europa), foi a menos artilheira dele desde a chegada ao Atlético.  

Em tempo 2: Não parece ser o cenário mais provável, mas Griezmann, caso nenhum grande clube pague a multa ao Atlético – custa-me crer que não esteja tudo certo entre o jogador e uma potência do velho continente para que isso ocorra –, pode acabar no futebol chinês ou árabe, o que só faria algum sentido em termos financeiros, já que para alguém do nível do francês parece não ser nada interessante nem estimulante, do ponto de vista esportivo, disputar o Campeonato Chinês ou qualquer um no Oriente Médio.

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Retrospectiva 2018 – Posts recomendados para ler ou reler https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/12/31/retrospectiva-2018-posts-recomendados-para-ler-ou-reler/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/12/31/retrospectiva-2018-posts-recomendados-para-ler-ou-reler/#respond Mon, 31 Dec 2018 04:50:09 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/12/França-1-298x213.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=16190 Em ano de Copa do Mundo, é quase impossível não eleger como a grande notícia do futebol internacional o campeão mundial.

A França mostrou eficácia no Mundial na Rússia e faturou, na final contra a surpreendente e valente Croácia, o bicampeonato (o primeiro título francês, de triste lembrança para o Brasil, derrotado por 3 a 0 na decisão, foi 20 anos atrás).

Falando de Brasil, a seleção de Tite, uma das grandes favoritas ao título, parou na Bélgica nas quartas de final. Faltou inspiração ao ataque: Neymar, Gabriel Jesus, Willian e Philippe Coutinho, todos na Copa jogaram menos do que sabiam, podiam e deviam.

Mas além da Copa houve outros assuntos de grande interesse, acontecimentos inusitados, histórias marcantes, para o bem ou para o mal.

Sem pensar muito, cito a final da Libertadores.

O maior encontro da história entre Boca Juniors e River Plate, protagonistas de uma das maiores rivalidades do esporte, acabou marcado pela violência, pela desordem, pela conclusão de que na América do Sul ainda é preciso evoluir muito no terreno futebolístico.

Impossibilitado de ser realizado na Argentina, o jogo decisivo, vencido de virada pelo River, aconteceu ironicamente na Espanha, país de conquistadores da América.

Na Europa, a final da Champions League, a qual pude assistir no estádio, em Kiev (Ucrânia), manteve no topo do continente o Real Madrid, que superou o Liverpool e faturou a Orelhuda (apelido da taça) pela quarta vez em cinco anos.

O nome do jogo não foi Cristiano Ronaldo, que depois se transferiria para a Juventus, mas o galês Bale, que saiu da reserva para marcar dois gols, um deles em uma linda bicicleta, o outro em falha grotesca do goleiro Karius – o Liverpool posteriormente contratou o brasileiro Alisson para substituí-lo.

O Real ainda faturou, também pela quarta vez em cinco anos, o Mundial de Clubes da Fifa.

A Copa da Rússia não teve um destaque individual daquele a ser lembrado para a eternidade. Faltou aquele brilho cegante, e não só na França, mas em todas as seleções. Os campeões Mbappé, Griezmann e Pogba, de quem se esperava maravilhas, tiveram momentos bons, mas nenhum deles mostrou constância. Os franceses triunfaram muito mais pelo conjunto.

Eleito o melhor da Copa, o croata Modric, um meia faz-tudo-bem (cria, marca, organiza, bate falta, passa, cruza, dá carrinho, cobra escanteio…, mas que quase não faz gols, por finalizar pouco), levou os prêmios de melhor do mundo (The Best e Bola de Ouro), desbancando o reinado de dez anos da dupla Messi-Cristiano Ronaldo.

Isso no masculino. No feminino, triunfou no prêmio da Fifa a fenomenal brasileira Martaseis vezes a melhor, a única nesse patamar (entre homens ou mulheres).

Esses foram alguns destaques, é possível escrever linhas e mais linhas com outros.

Prefiro fazer como em anos anteriores e apresentar um texto que publiquei, a cada mês, e que considero valer a leitura (ou a releitura) do amante do futebol – certamente você está nesse rol.

47 a 0: humilhação ou aprendizado? – Quarenta e sete gols para um time, nenhum para o outro. Goleadas não são uma anomalia no futebol, mas uma assim é atípica, se não for inédita. Aconteceu na Espanha.

Jovens, talentosos e aquém do estrelato – Para o jornal francês L’Équipe, esses garotos são “os melhores de sua geração”. Mas naquele momento eles estavam longe de cumprir o que se espera deles.

Quem inventou a bicicleta, jogada que hoje consagra Cristiano Ronaldo? – O português pintou um dos seus mais belos quadros ao pedalar em Turim. Não foi Leônidas, porém, como muitos pensam, o criador da plástica e dificílima jogada.

O VAR é como um jogador grosso, está sempre atrasado no lance – Hoje parece que todo o mundo já se acostumou com o árbitro de vídeo. Mas em Mainz x Freiburg ele, ou melhor, ela (pois era uma videoárbitra) causou.

Sir Alex Ferguson, lenda do futebol britânico, escanteia a morte – Quem torce para o Manchester United sabe como dá saudade ter o escocês no comando. Por muito pouco Sir Alex não deixou de estar entre nós.

Alemanha deixa a Copa vivendo o seu dia de 7 a 1 – O inesperado, o inacreditável, o incrível aconteceu. A fria e insensível Alemanha, algoz do Brasil em 2014, decepcionou e saiu de forma precoce do Mundial da Rússia.

Fica, Tite! – Mesmo com a eliminação nas quartas de final da Copa, é questionável o quanto de culpa teve o treinador – ele não entra em campo para acertar a bola no gol. Tite ainda é o melhor entre os que temos.

Denunciado, técnico brasileiro que fez história na Ucrânia deixa o cargo – A história do técnico Gilmar Tadeu, brasileiro, negro, que precisou se afastar do FC Lviv, time da primeira divisão do Campeonato Ucraniano.

Stephanie Labbé, a mulher que quis jogar com os homens – Bronze na Olimpíada do Rio-2016, a goleira se propôs o desafio de conseguir uma vaga em uma equipe masculina. Conseguiu – para em seguida ser barrada.

De Bruyne, Martial, Wijnaldum, Fejsa, Szczesny… como se fala o nome deles? – Os narradores, os comentaristas, os repórteres… quase todos erram a pronúncia de jogadores. Não se inclua entre eles.

Árbitro troca moedinha por jokenpô e é suspenso por 3 semanas – Em jogo da elite do futebol feminino na Inglaterra, David McNamara decidiu inovar na disputa entre as capitãs para decidir o “campo ou bola”. A originalidade não pegou bem.

Artilheiro alemão revela que sua mulher treinava no lugar dele – Stefan Kiessling nunca foi um fã dos treinamentos de pré-temporada. Com uma solução caseira, deu um jeito de enganar os preparadores físicos do Bayer Leverkusen.

Kiessling não gostava de treinar nas férias, então sua esposa se passava por ele (Alex Domanski – 3.mar.2012/Reuters)

Leia também: Retrospectiva 2017 – Posts recomendados para ler ou reler

Leia também: Retrospectiva 2016 – Posts preferidos para ler ou reler

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Em tempo: Copa América no Brasil (a primeira desde 1989), reta final da estreante Liga das Nações (Portugal, Inglaterra, Holanda e Suíça semifinalistas), Copa do Mundo feminina (com Marta!), primeira final da Libertadores em jogo único (no Chile). Essas são algumas atrações do novo ano. Que ele venha com tudo. Feliz 2019!  

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Há futebol além de Neymar https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/08/04/ha-futebol-alem-de-neymar/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/08/04/ha-futebol-alem-de-neymar/#respond Sat, 04 Aug 2018 05:05:04 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/Neymar-31-305x213.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=14758 Neymar. Mais Neymar. E muito mais Neymar.

Basta piscar para, ao reabrir os olhos, uma nova notícia sobre o atacante surgir na tela do notebook, do tablet, do celular.

Natural, já que Neymar é o principal futebolista brasileiro, e também o mais caro da história – o Paris Saint-Germain pagou € 222 milhões (R$ 965 milhões no câmbio atual) ao Barcelona há quase um ano.

Ele foi um dos personagens da Copa do Mundo? Sem dúvida. (Pena que pela teatralidade, não pela eficiência.)

Mas o Brasil já foi eliminado do Mundial russo faz quase um mês, e a overdose de Neymar permanece.

Até parece que ele, aos 26 anos, é onipresente. Não é, e não tem que ser.

Tem gente, mais conhecida ou menos conhecida que a principal estrela da seleção, que hoje é tão merecedora ou mais merecedora de atenção do que ele.

O atacante Cristiano Ronaldo posa com a camisa da Juventus, seu novo clube (Reprodução/Site da Juventus de Turim)
  • Cristiano Ronaldo, 33 anos

O mega-artilheiro português consagrou-se ao ganhar tudo pelo Real Madrid. Tem cinco prêmios de melhor do mundo e deve faturar o sexto neste ano, isolando-se como o maior vencedor (ultrapassará o argentino Lionel Messi).

Pois ele inicia um novo desafio, na reta final da carreira. Trocou o Real pela Juventus. Repetirá o sucesso na Itália?

O atacante Mbappé, em Moscou, com o troféu de melhor jogador jovem da Copa do Mundo da Rússia, vencida pela França (Franck Fife – 15.jul.2018/AFP)

Campeão do mundo com a França, primeiro teen a fazer gol em decisão de Copa desde Pelé, eleito o melhor jogador jovem do torneio na Rússia.

Espera-se uma temporada arrasadora dele no PSG (o mesmo time de Neymar), com dezenas de gols e de assistências, com arrancadas “boltianas” (à la Usain Bolt, jamaicano, o maior velocista de todos os tempos) e jogadas “zidanescas” ou “platinígicas” (à la Zinédine Zidane e à la Michel Platini, compatriotas do garoto e gênios da bola).

  • Alisson, 25 anos, Arthur (ex-Grêmio), 21 anos, e Vinicius Júnior (ex-Flamengo), 18 anos

Pelo primeiro, titular do Brasil na Copa, o Liverpool pagou € 62,5 milhões (R$ 274 milhões) à Roma, mais alto valor já despendido por um goleiro. Fechará o gol na terra dos Beatles?

O segundo e o terceiro, que poderiam ter ido ao Mundial (Tite levou Fred, não tão bom, e o insosso Taison), já causam impacto em Barcelona e Real Madrid, respectivamente.

O volante Arthur (dir.) abraça o também brasileiro Rafinha ao marcar seu 1º gol com a camisa do Barcelona, em jogo da pré-temporada em Pasadena, EUA (Li Ying – 29.jul.2018/Xinhua)

Serão todos eles grandes atrações na temporada 2018/2019.

Dá perfeitamente para escantear, pelo menos momentaneamente, essa obsessão por um certo camisa 10.

Há para quem olhar. Há futebol além de Neymar.

Em tempo: Não poderia deixar de mencionar, para sair da Europa e chegar à América do Sul, o atacante paraguaio Ángel Romero. Desde que a Copa do Mundo terminou, ele atuou cinco vezes pelo Corinthians. Marcou sete gols, sendo três em um único jogo (diante do Vasco), fora o show. A fase estupenda lhe permite fazer embaixadinhas e dar chapéu, como visto nesta quarta (1º), no Itaquerão, contra a Chapecoense. Está iluminado, e vale observar se manterá a ótima performance na Libertadores – na quarta (8), o time alvinegro inicia as oitavas de final contra o Colo-Colo, no Chile.

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Fica, Tite! https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/23/fica-tite/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/23/fica-tite/#respond Mon, 23 Jul 2018 05:05:48 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Tite-8-320x213.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=14610 Completam-se 17 dias da eliminação do Brasil ante a Bélgica na Copa do Mundo da Rússia.

Tempo suficiente para a cura da ressaca, para a redução da decepção, para a aceitação de que o hexa não era para vir agora.

E para uma reflexão sobre o trabalho do técnico Tite na seleção brasileira.

Há pouco mais de dois anos, fiz um apelo: que Tite, apesar das críticas até então feitas por ele à Confederação Brasileira de Futebol, aceitasse o convite para substituir Dunga, demitido depois do fiasco na Copa América Centenário.

A explicação era simples: tem que estar no comando o melhor treinador.

No universo de treinadores brasileiros, Tite era esse cara.

E, hoje, Tite ainda é. Com sobras. (Não temos um Guardiola.)

Assim, desta vez não faço um apelo, mas um singelo pedido: fica, Tite!

Por que, questionará o leitor, se ele falhou na Copa?

Espere. Falhou mesmo?

Tite jamais garantiu que a seleção ergueria a taça. Nunca assegurou que a cada partida a seleção sairia vencedora. Pois sabe que no futebol nem sempre o melhor vence.

Ele prometeu desempenho, esforço, dedicação e comprometimento dos atletas jogo a jogo. E é inegável que isso foi visto.

Também recuperou a autoestima perdida pela equipe e pela torcida na segunda era Dunga.

Em 26 partidas sob a tutela de Tite, o Brasil ganhou 20, empatou quatro e perdeu só duas, sempre por desvantagem mínima – 1 a 0 para a Argentina, em amistoso, e 2 a 1 para a Bélgica nas quartas de final do Mundial.

Foram 55 gols marcados (média de 2,1 por partida), somente sete sofridos (0,3 por jogo), sendo que dois deles foram contra, um de Marquinhos, outro, comprometedor, de Fernandinho.

Desses 26 confrontos, nove (35%, ou um a cada três) o Brasil venceu de goleada, estando entre esses rivais os bicampeões do mundo Argentina (3 a 0) e Uruguai (4 a 1), e o Chile (3 a 0), atual bicampeão da Copa América.

Ainda ganhou da Alemanha (1 a 0), atuando em Berlim, no primeiro duelo entre as equipes principais dos países depois do 7 a 1 na semifinal da Copa de 2014.

(Em 2016, nos Jogos do Rio, os times olímpicos de Brasil e Alemanha se enfrentaram na final, e o Brasil ganhou nos pênaltis – o técnico era Rogério Micale.)

Tite em treino da seleção brasileira em Sochi, base da delegação no Mundial russo (Nelson Almeida – 13.jun.2018/AFP)

Com Tite, a seleção não tomou gol em 19 partidas (73%, ou três em cada quatro) e fez pelos menos um gol em 23 delas (88%). Só deixou de balançar as redes contra Argentina (0 a 1), Bolívia (0 a 0) e Inglaterra (0 a 0).

Mais importante que os números, o Brasil voltou a ser respeitado, eu digo até temido, pela maioria dos adversários.

O time, via de regra, jogava bem, com pouquíssimos repentes de instabilidade. Nos jogos, posso afirmar sem necessidade de cronometrar, a seleção era quase sempre dona das ações, ameaçava sem ser ameaçada.

Mesmo nas partidas que o Brasil não venceu, houve visível domínio sobre o oponente.

Diante da Suíça (1 a 1), apesar do equilíbrio na posse de bola (52% a 48%), foram 20 tentativas ao gol de Sommer – os suíços arriscaram só quatro vezes.

É necessário também lembrar que no gol da Suíça houve falta; Zuber empurrou Miranda antes de cabecear.

Contra a Bélgica, falar que o técnico dos Diabos Vermelhos, Roberto Martínez, deu um banho tático em Tite é um exagero.

A mudança de posicionamento de De Bruyne, que atuou mais avançado, foi um ótimo movimento. Ponto. Nada de nó tático, longe disso.

Nesse jogo, o Brasil deu 26 arremates a gol e esteve 57% do tempo com a bola. Inspirado, o goleiro Courtois fechou o gol: fez oito defesas, ao menos uma dificílima. Os belgas ameaçaram Alisson um terço disso (oito finalizações).

No total, em cinco partidas na Copa, o Brasil finalizou 103 vezes, de acordo com dados da Fifa. Mais, só Croácia (115) e Bélgica (106), com dois jogos a mais cada uma.

Ou seja, oportunidade e vontade de fazer gol não faltaram – a bola ter entrado pouquíssimo, só oito vezes (menos de 8% de êxito), é um escancarado motivo para estudo e correção.

Como comparação, das 83 finalizações da campeã França, 12 (ou 15%) resultaram em gol. A anfitriã Rússia foi ainda melhor na pontaria: dez gols em 46 tentativas (22% de sucesso).

Enfim, Tite fez com seu esquema (de rápidas e precisas trocas de passes), aliado à capacidade do pé de obra (Marcelo, Paulinho, Philippe Coutinho, Neymar…), o Brasil criar, criar e criar.

Ele não tinha como entrar no campo para botar a bola pra dentro – função que cabia a Neymar, Coutinho, Willian e Gabriel Jesus, principalmente. Os dois últimos fizeram zero gol no Mundial.

Tite negocia a extensão de seu contrato com a CBF por mais quatro anos. A confederação tem interesse que ele continue.

Fiz contato neste domingo (21) com Gilmar Veloz, agente de Tite, que no momento do telefonema afirmou estar dentro de um avião e por isso inabilitado a conversar.

Pessoa próxima ao treinador de 57 anos considera ser boa a chance de uma continuidade, pois Tite simpatiza com a ideia de iniciar um ciclo de quatro anos, até a Copa do Qatar, com o benefício de não ter de começar do zero – já está com dois anos de estrada.

Como lhe foram dadas, segundo ele mesmo, totais liberdade e estrutura para trabalhar nesse período, Tite não teria, caso as mesmas condições sejam mantidas, razão para capitular.

A decisão deve ocorrer nesta semana e, para o bem geral da nação, espero que a resposta seja “sim”.

Em tempo: Tite ficando, uma exigência. Nada de Taison, dramática opção de banco na Copa (e que jamais saiu do banco), daqui pra frente. Há dezenas de nomes melhores para o ataque.

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A desvalorização de Neymar e o fator conduta em contratos https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/21/a-desvalorizacao-de-neymar-e-o-fator-conduta-em-futuros-contratos/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/21/a-desvalorizacao-de-neymar-e-o-fator-conduta-em-futuros-contratos/#respond Sat, 21 Jul 2018 17:30:11 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Neymar-29-320x213.jpg http://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=12668 “Desvalorização eu acho que não tem. Porque eu saí da Copa e estão até agora falando do meu nome. Então como é que desvalorizou? Não me esquecem nunca.” (risos)

Essas palavras são de Neymar, o principal jogador do futebol brasileiro, o mais caro jogador do mundo (o Paris Saint-Germain pagou € 222 milhões ao Barcelona no ano passado), ao ser questionado a respeito de uma possível redução no seu valor de mercado depois da Copa do Mundo da Rússia.

Ele concedeu breve entrevista a repórteres em evento beneficente organizado pelo Instituto Neymar Jr. nesta quinta (19), em São Paulo, parecendo não demonstrar preocupação com a repercussão de seu comportamento no Mundial.

Além de não brilhar como se esperava – fez só dois gols em cinco partidas, nenhum no jogo em que o Brasil foi eliminado –, Neymar se tornou alvo de dezenas de memes nas redes sociais devido a um possível exagero em sua reação ao sofrer faltas. Acabou ridicularizado.

O camisa 10 é, sim, muito caçado em campo, e muitas vezes a arbitragem peca em não punir com rigor o jogador faltoso, porém fica a nítida impressão de que Neymar exibe uma dor muito maior, e por muito mais tempo, do que realmente sente.

É impressionismo, sim, já que ninguém está na pele dele para saber o quanto determinada falta acarreta de sofrimento – varia de jogador para jogador.

Contudo a sensação de simulação cresce quando são feitas comparações.

Outros futebolistas sofrem faltas similares, às vezes piores, e logo se põem de pé. Neymar, não; cai e lá fica, contorcendo-se, agonizando, com muito mais frequência que seus colegas de profissão.

Ele criou ao longo da carreira, com mais ênfase em alguns momentos, menos em outros, a fama de cai-cai – encostou, vai para o chão, a fim de ganhar uma falta –, e isso contribui para que arbitragem e público não o levem a sério.

A respeito da desvalorização do valor de Neymar, é difícil imaginar que não tenha ocorrido.

Estar em constante exposição não significa valorização, conforme conclui de forma simplista e errônea o jogador.

Não apenas as boas performances, mas também a boa conduta, contribuem para o retrato positivo, ou negativo, do profissional – isso em qualquer profissão.

Quando se fala mal de alguém com grande frequência, a imagem desse alguém piora. Não é necessário ser especialista para chegar a essa conclusão.

Já há quem crave que Neymar vale menos agora do que antes da Copa.

A Pluri Consultoria, especializada nesse tipo de avaliação, divulgou relatoria em que aponta queda de € 197,3 milhões (R$ 871 milhões) para € 175,4 milhões (R$ 775 milhões).

Eis a justificativa:

“Dentro de campo, se não comprometeu com a bola nos pés, não foi decisivo como se esperava dado o seu talento. E sem a bola amplificou em escala planetária os piores aspectos que há tempos se apontavam sobre sua carreira. Ninguém, porém, poderia imaginar a proporção tomada pelos eventos que o envolveram, a ponto de seu nome ter virado sinônimo para simulação e cai-cai”.

Para Alexandre Maldonado Dal Mas, do escritório Castro Neves Dal Mas, que lida com contratos de direito de imagem, o modo de agir de Neymar pode resultar em uma precaução maior dos clubes a partir de agora na relação contratual com seus ativos (os atletas).

“Pode ser que nos próximos contratos de grande porte os clubes se interessem por tentar pautar um pouco o comportamento do atleta e ter algum instrumento de defesa em caso de perda de valor de mercado”, disse o advogado a O Mundo É uma Bola.

“A partir desse exemplo [de Neymar na Copa], eles [clubes] poderão mensurar quais hipóteses serão possíveis, e uma regra de comportamento pode ser instituída. Se não for seguida, e houver uma repercussão negativa no patrimônio do clube, pode ser objeto de acerto [de contas] entre as partes”, concluiu Dal Mas.

No Transfermarkt, site especializado em avaliar o preço dos jogadores de futebol, o valor de mercado do atacante estava, antes do começo do Mundial, estipulado em € 180 milhões (R$ 795 milhões) – não houve atualização até este sábado (21).

Percebe-se, entretanto, que tanto na avaliação da Pluri quanto na do Transfermarkt Neymar já vale bem menos, teoricamente, do que o custo de sua última transferência – os já citados € 222 milhões.

Teoricamente porque, no caso de uma negociação, nem sempre o valor de mercado prevalece – pode oscilar para mais ou para menos.

Conseguirá Neymar, aos 26 anos, voltar a se valorizar, mesmo sem abrir mão do contorcionismo teatral após algumas faltas? (Sim, eu estou convicto de que ele exagera.)

A temporada 2018/2019 responderá.

Neymar festeja gol pelo Paris Saint-Germain contra o Celtic, da Escócia, em jogo da Liga dos Campeões 2017/2018 (Franck Fife – 22.nov.2017/AFP)

Leia também: França tem o elenco mais caro da Copa do Mundo

Leia também: Pai de Neymar diz que críticas só fortalecem a imagem dele

Leia tembém: Neymar e o sangue de barata

Em tempo 1: Neymar ainda é, segundo a Pluri e o Transfermarkt, o jogador com maior valor de mercado do planeta bola. Na avaliação da consultoria, depois do brasileiro aparece o francês Mbappé (que como Neymar defende o PSG), precificado em € 170,7 milhões (R$ 754 milhões), com valorização de 44,4% pós-Copa. O site deixa Neymar ao lado de Messi, ambos cotados a € 180 milhões – feita a ressalva de que esse valor foi divulgado antes do Mundial, ou seja, a expectativa é que ambos apresentem queda na próxima atualização.

Em tempo 2: Quais jogadores se valorizaram ou se desvalorizaram com a Copa? Mark Ogden, da ESPN, escreveu texto a respeito. Na opinião dele estão em alta, após as respectivas atuações na Rússia, Mbappé (França), Hazard (Bélgica), Lozano (México), Tcherichev (Rússia), Perisic (Croácia) e Pickford (Inglaterra), entre outros; e estão em baixa Neymar (Brasil), Messi (Argentina), De Gea (Espanha), Salah (Egito), Özil (Alemanha) e Lewandowski (Polônia), entre outros; sem alteração no status, Cristiano Ronaldo (Portugal).

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Teste seu conhecimento – Copa do Mundo da Rússia https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/16/teste-seu-conhecimento-copa-do-mundo-da-russia/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/16/teste-seu-conhecimento-copa-do-mundo-da-russia/#respond Mon, 16 Jul 2018 16:20:21 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Deschamps-320x190.png http://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=14584 É impressionante como uma Copa do Mundo passa rápido.

Parece que foi ontem que eu assisti, na Redação da Folha, a Rússia 5 x 0 Arábia Saudita, para na sequência participar do programa Salada Russa, da TV Folha, na companhia de Uirá Machado e da lenda do jornalismo Clóvis Rossi.

Depois desse 14 de junho, por mais 30 dias (não em todos, mas em quase todos), aconteceram 63 partidas. No começo, eram três por dia, depois passaram a ser duas, depois uma.

Neste domingo (15), o estádio Lujniki, em Moscou, abrigou o jogo 64, a finalíssima do Mundial da Rússia, França 4 x 2 Croácia.

Griezmann bate pênalti para fazer o 2º gol francês no estádio Lujniki; veja todos os gols da final entre França e Croácia em Moscou (Reprodução/FifaTV)

Além da decisão e da abertura, alguns outros jogos foram grandiosos, como a eliminação do Brasil de Neymar ante a Bélgica (2 a 1), a queda da Argentina de Messi diante da França (4 a 3) e as seguidas classificações da Croácia de Modric: nos pênaltis contra a Dinamarca, nos pênaltis contra a Rússia, na prorrogação contra a Inglaterra.

Você, como eu, viu quase tudo da Copa de 2018? Preferiu aguardar a fase decisiva, dos jogos eliminatórios, para se antenar? Acompanhou apenas as partidas do Brasil? Ou preferiu hibernar até a volta do Campeonato Brasileiro?

Qualquer que seja o seu caso, faço o convite para responder a um teste que avaliará o quanto você assimilou do Mundial. Afinal, mesmo para os recém-acordados, sempre dá para chutar e ganhar alguns pontos.

Decidi desta vez, diferentemente de desafios anteriores de conhecimento, elaborar uma pergunta por grupo e uma para cada fase seguinte (oitavas de final, quartas de final, semifinal e final).

1) Pelo Grupo A, na goleada de 5 a 0 dos anfitriões sobre os sauditas, em Moscou, que jogador fez o primeiro gol, que foi também o primeiro do Mundial?

a) Dziuba

b) Gazinski

c) Golovin

d) Tcherichev

O goleiro da Arábia Saudita, Almuaiouf, não evita o quarto gol da Rússia; partida terminou 5 a 0 para a seleção do país-sede (Pavel Golovkin – 14.jun.2018/Associated Press)

2) Pelo Grupo B, Portugal e Espanha duelaram em Sochi. O jogo acabou 3 a 3, e Cristiano Ronaldo marcou os três gols lusos. De que jeito?

a) De cabeça, de falta e de pênalti

b) De pênalti, em chute de pé esquerdo e de falta

c) De cabeça, em chute de pé direito e de falta

d) De pênalti, de letra e de falta

3) Pelo Grupo C, o VAR (árbitro assistente de vídeo) deu as caras pela primeira vez, sendo determinante para a marcação de um pênalti. Em qual jogo e qual a seleção favorecida?

a) França 2 x 1 Austrália, França

b) França 2 x 1 Austrália, Austrália

c) Dinamarca 1 x 1 Austrália, Dinamarca

d) Dinamarca 1 x 1 Austrália, Austrália

4) Pelo Grupo D, que eu elegi antes da Copa como o “da morte” (Argentina, Croácia, Islândia e Nigéria), a estreante Islândia marcou um total de quantos gols?

a) Três

b) Dois

c) Um

d) Zero

5) Pelo Grupo E, o Brasil empatou por 1 a 1 em Rostov com a Suíça no jogo de estreia, que teve polêmica no gol suíço, já que Miranda foi empurrado pelo jogador que cabeceou para as redes. Quem foi?

a) Dzemaili

b) Schär

c) Xhaka

d) Zuber

6) Pelo Grupo F, a Alemanha, campeã em 2014, foi precocemente eliminada ao perder para a Coreia do Sul por 2 a 0, em Kazan. Nos acréscimos, que jogador perdeu a bola no ataque, originando o contra-ataque que culminou no gol de Son, o segundo dos sul-coreanos?

a) Neuer

b) Kroos

c) Özil

d) Kimmich

7) Pelo Grupo G, Harry Kane disparou na artilharia do Mundial ao anotar cinco gols nas três primeiras partidas da Inglaterra. Quantos foram de pênalti?

a) Quatro

b) Três

c) Dois

d) Um

Jogadores da seleção inglesas vibram com gol de Harry Kane (deitado de costas) contra a Tunísia (Sergei Grits – 18.jun.2018/Associated Press)

8) Pelo Grupo H, o ex-zagueiro palmeirense Mina fez dois gols, ambos de cabeça, que ajudaram a Colômbia a se classificar. Em quais partidas ele marcou?

a) Contra Japão e Polônia

b) Contra Japão e Senegal

c) Contra Polônia e Senegal

d) Só contra a Polônia

9) Nas oitavas de final, Brasil 2 x 0 México, em Samara, quem fez os gols da seleção brasileira?

a) Philippe Coutinho e Neymar

b) Paulinho e Thiago Silva

c) Neymar e Roberto Firmino

d) Philippe Coutinho e Thiago Silva

10) Nas quartas de final, o lateral Mário Fernandes, brasileiro que defende a Rússia, foi herói e vilão contra a Croácia em Sochi. Empatou o jogo (2 a 2) de cabeça e, na disputa de pênaltis, desperdiçou sua cobrança. Como?

a) Bateu forte, rasteiro, para fora

b) Bateu forte, à meia-altura, na trave

c) Bateu sem força, no canto, e o goleiro defendeu

d) Deu uma cavadinha e a bola tocou no travessão e saiu

11) Na semifinal em São Petersburgo, França 1 x 0 Bélgica, quem anotou o gol dos franceses, de cabeça, após cobrança de escanteio de Griezmann?

a) Mbappé

b) Pogba

c) Varane

d) Umtiti

12) Na final, na área VIP do estádio Lujniki, de que maneira o presidente francês, Emmanuel Macron, festejou a vitória de seu país?

a) De pé, vibrando e gritando com os punhos cerrados

b) Abraçando a presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic

c) Beijando a careca do presidente da Fifa, Gianni Infantino

d) Com um breve bater de palmas e a frase “vive la France!” (viva a França!)

Antes de ler o gabarito, confira o desempenho, de acordo com a faixa de classificação.

11 a 12 acertos – Você pode ter se esquecido de tudo por um mês, menos da Copa. Assistiu e leu tudo, é um fanático de carteirinha pelo maior evento do futebol mundial.

8 a 10 acertos – Você acompanhou a Copa com atenção e esteve bem informado sobre os principais acontecimentos. Até queria ter visto mais jogos, mas os estudos e/ou o trabalho não deixaram.

4 a 7 acertos – Você possivelmente viu uma dúzia de jogos, incluindo os do Brasil, mas nesse período a Copa não teve o devido protagonismo na sua vida, tenha sido por opção, tenha sido por impossibilidade.

0 a 3 acertos – Se você não é um daqueles que hibernaram à espera do recomeço do Brasileirão, das duas, uma: ou foi para Marte durante a Copa ou tem uma memória de passarinho.

Leia também – Teste seu conhecimento: Estreias do Brasil em Copas do Mundo

Leia também – Teste seu conhecimento: Copa das Confederações da Rússia

Leia também – Teste seu conhecimento: Eurocopa da França

Leia também – Teste seu conhecimento: Copa América Centenário

Respostas: 1(b), 2(b), 3(a), 4(b), 5(d), 6(a), 7(c), 8(c), 9(c), 10(a), 11(d) e 12(a).

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Pragmática, França tem o trunfo da juventude para o Qatar-2022 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/pragmatica-franca-tem-o-trunfo-da-juventude-para-o-qatar-2022/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/15/pragmatica-franca-tem-o-trunfo-da-juventude-para-o-qatar-2022/#respond Sun, 15 Jul 2018 18:00:19 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/França_campeã-320x213.png http://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=14565 A eficiência e a coletividade são a marca da seleção francesa campeã mundial de futebol na Rússia.

Os Azuis não apresentaram um futebol de encher os olhos, um futebol marcado pela arte ou por lindas jogadas, na Copa-2018.

Desde a estreia, contra a Austrália (2 a 1), passando por Peru (1 a 0), Dinamarca (0 a 0), nos jogos da primeira fase, Uruguai (2 a 0), nas quartas de final, Bélgica (1 a 0), na semifinal, e até na decisão deste domingo (15), contra a Croácia (4 a 2), prevaleceu o pragmatismo.

No estádio Lujniki, os franceses ganharam dois gols no primeiro tempo, quando foram dominados pelos croatas. Um contra (Mandzukic) e um em pênalti dado por Perisic (que, imprudente, colocou a mão na bola na área) e pelo VAR (árbitro assistente de vídeo), consultado pelo juiz de campo, o argentino Néstor Pitana.

 

No segundo tempo, ainda com os croatas melhores, competência para Pogba e Mbappé, que acertaram dois bons chutes – o goleiro Subasic foi mal no do teenager.

No resto da partida decisiva, assim como nas demais mencionadas, pouco destaque individual, muito esforço coletivo, com ênfase na boa marcação – a Austrália só marcou de pênalti, e peruanos, dinamarqueses, uruguaios e belgas zeraram.

A única partida em que a França teve lampejos de brilho foi contra a Argentina, nas oitavas de final, um 4 a 3 em que esteve atrás (2 a 1) e conseguiu virar, em grande atuação de Mbappé.

Mbappé, aliás, com seus 19 anos, simboliza o maior trunfo dessa seleção: ter chegado ao título com uma média de idade, entre os jogadores titulares de linha, de 25,3 anos.

A defesa é muito jovem: Pavard, 22 (autor de golaço nos argentinos), Varane, 25, Umtiti, 24, Lucas Hernández, 22. Pogba tem 25, Griezmann e Kanté, 27. Acima dos 30, só Matuidi e Giroud, ambos 31.

Não incluí na conta o capitão Lloris, 31 (que falhou grotescamente no segundo gol croata, no lance mais marcante da final em Moscou), pois na minha opinião o aspecto físico de um goleiro pesa bem menos – a experiência, que vem com a idade, costuma não raro ser uma vantagem na posição.

Ainda há como opções o volante Tolisso, 22, o zagueiro Kimpembe, 22, os laterais Sidibé, 25, e Mendy, 23, o meia-atacante Fekir, 24, e os atacantes Thauvin, 25, Lemar, 22, e Dembélé, 21.

Todos membros da seleção bicampeã do mundo, todos atuando em ligas de primeira linha na Europa, todos em condições de, na teoria, serem titulares sem que os Azuis percam rendimento.

Méritos para o treinador Didier Deschamps, 49 (de quem, admito, duvidei da competência depois da derrota na Eurocopa-2016, na França, para Portugal), por reunir tanta juventude boa de bola.

É animadora a situação da França para o Qatar-2022.

Quatro anos antes, dá para afirmar sem medo que os atuais campeões mundiais chegarão lá tinindo, com a maioria dos titulares no Mundial russo possivelmente no ápice da forma física e técnica.

Com o emocional lá em cima, pois o detentor do título sempre joga cheio de moral, basta aprimorar a estratégia de jogo, a tática, para a França ser favoritaça para ganhar sua segunda Copa seguida, feitos que só Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962) conseguiram.

Em tempo: Quer mais talento jovem? A França tem. Digne (lateral, 24 anos), Kurzawa (lateral, 25), Zouma (zagueiro, 23), Rabiot (volante, 23), Coman (atacante, 22), Martial (atacante, 22). Nenhum foi à Copa, mas todos são bons de bola. Em uma comparação com o Brasil, no mínimo se pede uma reflexão. Neste Mundial, a seleção de Tite teve só cinco atletas com 25 anos ou menos, sendo só dois titulares: o goleiro Alisson, 25, e o atacante Gabriel Jesus, 21. Os outros, que esquentaram o banco, foram o goleiro Ederson, 24, o zagueiro Marquinhos, 24, e o volante Fred, 25.

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Final da Copa decidirá também o campeão mundial linear https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/13/final-da-copa-decidira-tambem-o-campeao-mundial-linear/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/13/final-da-copa-decidira-tambem-o-campeao-mundial-linear/#respond Fri, 13 Jul 2018 20:15:50 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Croacia-1-320x213.jpg http://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=8353 Quando entrar em campo neste domingo (15), ao meio-dia de Brasília, em Moscou, a França disputará não um título mundial, mas dois.

Além da tentativa de conquistar a segunda Copa do Mundo para o país (a primeira foi em 1998, em casa), os franceses poderão amealhar o UFWC (Unofficial Football World Championships).

É o Campeonato Mundial Não Oficial de Futebol, cujo atual campeão é a Croácia.

Bem pouco conhecido ou divulgado, o UFWC existe desde 30 de novembro de 1872, data do primeiro jogo entre seleções da história do esporte (Escócia 0 x 0 Inglaterra, em Glasgow), que não elegeu um campeão pois acabou empatado.

Ao todo, já foram realizadas 947 disputas pelo título do UFWC, que se baseia em um regulamento muito simples: quem ganha a partida é o campeão.

Se há empate, o título permanece com o detentor. Ou seja, o desafiante precisa ganhar para tomar o cinturão do rival.

Escrevo cinturão por analogia com o boxe, esporte em que, no combate por título mundial, o vencedor fica com esse cobiçado laurel.

O pugilista americano John L. Sullivan, primeiro campeão mundial dos pesos-pesados (Associated Press)

O boxe é um dos esportes que traçam esse histórico até o primeiro campeão (o MMA também o faz), destacando a categoria dos pesos-pesados, na qual o primeiro a triunfar foi John L. Sullivan, dos EUA, em 1882.

Estabelece-se, assim, o chamado campeão linear.

No futebol, em toda partida (seja válida por competição ou seja amistosa) o campeão do UFWC defende seu título.

A Inglaterra se tornou o primeiro vencedor, ao superar a Escócia por 4 a 2 no dia 8 de março de 1873, em Londres.

Passados quase 150 anos, 49 países já tiveram o gosto de ostentar esse cinturão, incluindo o Brasil, campeão pela primeira vez em 1952, ao derrotar o Chile por 3 a 0 (dois gols de Ademir e um de Pinga), em Santiago, nos Jogos Pan-Americanos.

A última vez que a seleção brasileira deteve o cinturão foi em 2015.

Conquistara-o ao derrotar a Argentina por 2 a 0, em outubro de 2014, em amistoso em Pequim, tendo defendido o título com sucesso em oito “finais” até ser derrotada pela Colômbia por 1 a 0 na Copa América do Chile – partida em que Neymar foi expulso.

Confusão em Brasil x Colômbia, em Santiago (Chile) na Copa América de 2015, jogo em que a seleção deixou de ser pela última vez a campeã mundial linear do futebol (Silvia Izquierdo – 17.jun.2015/Associated Press)

Depois, o Brasil teve duas chances de voltar a ser campeão do UFWC, porém falhou em ambas. Em outubro de 2015, 0 a 2 ante o Chile, em Santiago. Em março de 2016, no Recife, 2 a 2 com o Uruguai.

O Peru chegou ao Mundial na Rússia como o campeão linear, com uma respeitável sequência de dez defesas bem-sucedidas do cinturão, ganho em agosto de 2017 com uma vitória sobre a Bolívia em Lima.

Perdeu-o com a derrota por 1 a 0 para a Dinamarca, na fase de grupos. E os dinamarqueses o perderam para a Croácia, nas oitavas de final, na disputa de pênaltis.

Os croatas, pela primeira vez donos do cinturão (tinham fracassado anteriormente quatro vezes), farão sua terceira defesa dele; mantiveram-no ao superar a Rússia, nas quartas de final, e a Inglaterra, na semifinal.

E os franceses tentarão recuperar um título que não têm desde 28 de março de 2001, data de derrota por 2 a 1 para a Espanha em amistoso em Valencia.

Em tempo 1: França x Croácia não necessariamente definiria o campeão mundial linear. Explico: uma seleção não classificada para a Copa pode ser a dona do cinturão. Por exemplo, o Peru era o detentor do título do UFWC com a Copa se aproximando. Jogou amistoso no fim de maio contra a Escócia, país não classificado para o Mundial russo. Ganhou, mas se tivesse perdido passaria a ser dos escoceses o cinturão do UFWC. Na sequência, caso os escoceses ao menos empatassem com o México, em amistoso no início de junho (perderam por 1 a 0), o campeão linear não disputaria a Copa do Mundo.

Em tempo 2: O Campeonato Mundial Não Oficial de Futebol (UFWC) é muito mais democrático que o oficial, que até hoje, em 20 edições, só consagrou oito países (Brasil, Alemanha, Itália, Argentina, Uruguai, Espanha, França e Inglaterra) – a Croácia tenta ser o nono. Conforme expus, já são 49 os campeões do UFWC, e até nações da periferia da bola, como Georgia, Zimbábue e Antilhas Holandesas, chegaram lá.

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Atlético superará Barcelona e Real Madrid na final da Copa https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/12/atletico-superara-barcelona-e-real-madrid-na-final-da-copa/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/12/atletico-superara-barcelona-e-real-madrid-na-final-da-copa/#respond Thu, 12 Jul 2018 15:22:49 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Vrsaljko-320x192.png http://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=14531 Caso França e Croácia mantenham na final da Copa do Mundo os titulares da semifinal, o Atlético de Madri será o time com mais jogadores em campo no estádio Lujniki, em Moscou.

Serão três: do lado francês, o atacante Griezmann e o lateral esquerdo Lucas Hernández; do lado croata, o lateral direito Vrsaljko.

Com eles escalados, o Atlético superará o número de atletas dos rivais espanhóis Barcelona e Real Madrid, que terão dois cada um na decisão.

O zagueiro Umtiti (França) e o volante/meia Rakitic (Croácia) representarão o Barça; o zagueiro Varane (França) e o meia Modric (Croácia), o Real.

É válido mencionar que nem Lucas Hernández nem Vrsaljko são titulares no Atlético. O primeiro, zagueiro de origem, é reserva do brasileiro Filipe Luís. O segundo, suplente do espanhol Juanfran.

Os sete jogadores citados farão da Espanha o país mais bem representado, sempre considerando apenas os prováveis times titulares, na partida que coroará um campeão mundial inédito, a Croácia, ou um bicampeão mundial, a França.

Eis a relação por clube.

  • Atlético de Madrid (Espanha) – Griezmann, atacante francês, Lucas Hernández, lateral francês, e Vrsaljko, lateral croata
  • Barcelona (Espanha) – Umtiti, zagueiro francês, e Rakitic, meia croata
  • Real Madrid (Espanha) – Varane, zagueiro francês, e Modric, meia croata
  • Chelsea (Inglaterra) – Kanté, volante francês, e Giroud, atacante francês
  • Liverpool (Inglaterra) – Lovren, zagueiro croata
  • Manchester United (Inglaterra) – Pogba, volante/meia francês
  • Tottenham (Inglaterra) – Lloris, goleiro francês
  • Inter de Milão (Itália) – Brozovic, volante/meia croata, e Perisic, atacante croata
  • Juventus (Itália) – Matuidi, volante/meia francês, e Mandzukic, atacante croata
  • Sampdoria (Itália) – Strinic, lateral croata
  • Eintracht Frankfurt (Alemanha) – Pavard, lateral francês, e Rebic, atacante croata
  • Monaco (França) – Subasic, goleiro croata
  • Paris Saint-Germain (França) – Mbappé, atacante francês
  • Besiktas (Turquia) – Vida, zagueiro

Basta fazer a soma para verificar que, depois da Espanha, os países cujos campeonatos estarão mais bem representados são a Inglaterra e a Itália, com cinco jogadores cada um.

Os outros clubes, além de Atlético, Barça e Real, com mais de um atleta na lista são o inglês Chelsea, o alemão Eintracht Frankfurt e as italianas Inter e Juventus.

A decisão da Copa na Rússia será ao meio-dia deste domingo (15), no horário de Brasília.

Em tempo: Na final da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, Alemanha 1 x 0 Argentina, considerando só os jogadores das duas seleções que iniciaram a partida, o Bayern de Munique foi com folga o time com mais atletas, seis: Neuer, Lahm, Boateng, Schweinsteiger, Kroos e Thomas Müller.

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Nas semifinais da Copa, saiba quem deve desequilibrar em cada seleção https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/09/nas-semifinais-da-copa-saiba-quem-deve-desequilibrar-em-cada-selecao/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2018/07/09/nas-semifinais-da-copa-saiba-quem-deve-desequilibrar-em-cada-selecao/#respond Mon, 09 Jul 2018 17:20:08 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/Semifinalistas_da_Copa-320x96.png http://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=14480 O clima de ressaca pela eliminação do Brasil, na sexta (6), diante da Bélgica, continua.

Ainda é difícil acreditar que será a seleção belga, e não a brasileira, quem duela com a França nesta terça (10), em São Petersburgo, por uma das vagas na final da Copa do Mundo da Rússia.

Porém, enquanto assimilamos a ausência do Brasil e discutimos o que pode ser feito para que em 2022, na Copa no Qatar, possamos ir além das quartas de final, o Mundial atual ainda tem quatro partidas, sendo três delas de grande atratividade – a disputa pelo terceiro lugar não empolga desde sempre.

Além de França x Bélgica, haverá Croácia x Inglaterra, na quarta (11), também às 15 horas (de Brasília).

E os semifinalistas trazem jogadores que tendem a ser decisivos para que suas seleções alcancem a classificação para a final de domingo (15), em Moscou, ao meio-dia.

França

Mbappé (atacante, 19 anos) – Veloz, driblador e geralmente objetivo, o garoto sensação, que vejo como melhor do mundo em futuro próximo, é quem tem mais potencial para desequilibrar uma partida para os Azuis, como aconteceu nas oitavas de final, quando marcou dois gols (os dois últimos) na vitória por 4 a 3 contra a Argentina e ainda sofreu um pênalti.

Griezmann (atacante, 27 anos) – Como Mbappé, marcou três gols nesta Copa, dois de pênalti e um em falha grotesca do goleiro uruguaio Muslera. Canhoto, é muito técnico e bom batedor de faltas.

Pogba (volante, 25 anos) – Tem feito até aqui uma Copa de regular para boa, e é perceptível que quando ele cresce em campo, especialmente na distribuição de jogadas, os franceses igualmente crescem. Pode ser decisivo em um passe perfeito ou no jogo aéreo, pois é alto (1,91 m) e cabeceia bem.

Ao lado de Giroud (9), Griezmann festeja o gol que fez, de pênalti, contra a Argentina nas oitavas de final (Reprodução/Site da Fifa)

Bélgica

Hazard (atacante, 27 anos) – O capitão do time é veloz, driblador e objetivo, como Mbappé, com a vantagem de ser mais experiente e melhor finalizador. Marcou seus dois gols no Mundial, sendo um deles de pênalti, na goleada sobre a Tunísia (5 a 2). Jogou muito bem contra o Brasil, puxando bons contra-ataques. Está em ótima forma.

Lukaku (atacante, 25 anos) – O centroavante belga é um tanque, tamanha a força física, sem deixar de ser rápido. Chuta bem com os dois pés (melhor com o esquerdo) e é muito perigoso no jogo aéreo, com seu 1,90 m. Com quatro gols, luta pela artilharia com o inglês Harry Kane (seis gols).

De Bruyne (meia, 27 anos) – Certamente ele é o ritmista que Tite gostaria de ter na seleção brasileira. Incansável, joga de uma intermediária a outra, armando, fazendo cruzamentos e lançamentos precisos. Finaliza como poucos de fora da área, com os dois pés (melhor com o direito). Fez o segundo gol belga contra o Brasil.

Hazard, o capitão da Bélgica, vibra na vitória contra o Brasil (Reprodução/Site da Fifa)

Croácia

Modric (meia, 32 anos) – A exemplo de De Bruyne, é um ritmista. Não é tão bom como o belga nos chutes de média distância ou nos cruzamentos, porém é um tremendo organizador, que quase não erra passes e conta com visão de jogo privilegiada, além de ajudar demais na marcação. É o capitão da equipe e também quem bate os pênaltis do time, tendo feito um de seus dois gols na Copa assim.

Rakitic (meia, 30 anos) – Se somadas as partidas de Rakitic e Modric pela seleção, elas ultrapassam 200, o que dá ao meio-campo croata uma larga dose de experiência e entrosamento. Menos cerebral que o colega, porém igualmente ótimo no trato com a redonda. Bom na bola parada, competente finalizador, age às vezes como elemento-surpresa no ataque.

Lovren (zagueiro, 29 anos) – Quem assiste aos jogos do Liverpool sabe do perigo que o zagueiro de 1,88 m oferece quando vai ao ataque. Tem ótima impulsão (na final da Liga dos Campeões da Europa deste ano ganhou pelo alto do espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid, no gol do time inglês, feito por Mané). Só que pode ser decisivo também a favor do adversário, pois é inconstante na marcação.

Inglaterra

Os ingleses Stones (esq.), Maguire e Kane comemoram o gol do camisa 6 contra a Suécia, nas quartas de final (Reprodução/Site da Fifa)

Kane (atacante, 24 anos) – Quem vê os seis gols marcados na Copa pelo capitão inglês pode exclamar: “Caramba, está jogando muito!”. Nem tanto. Três dos gols foram de pênalti (batidos com muita firmeza e frieza), dois de oportunismo (em sobra na pequena área) e um sem querer (a bola bateu nele e entrou). Porém é um artilheiro nato, com altíssimo potencial para decidir um jogo.

Maguire (zagueiro, 25 anos) – Com seu 1,94 m, assusta qualquer retaguarda em escanteios ou faltas próximas à área, sempre cobradas com perigo pelo ala esquerdo Ashley Young. Marcou em bela cabeçada o primeiro gol do English Team na vitória por 2 a 0 diante da Suécia, nas quartas de final.

Stones (zagueiro, 24 anos) – Torre gêmea de Maguire. Igualmente perigoso nas jogadas aéreas (1,88 m), tem dois gols no Mundial, ambos contra o Panamá.

Em tempo: Esses são os prováveis candidatos a decidir as partidas. Mas, como muito bem escreveu Juca Kfouri, as Copas são feitas também de heróis improváveis, ou seja, pode muito bem consagrar um Kanté (França), um Witsel (Bélgica), um Strinic (Croácia), um Trippier (Inglaterra). Ou o goleiro de cada seleção (Lloris, Courtois, Subasic e Pickford), que está lá para justamente estragar o prazer do gol, incluindo nas disputas de pênaltis. 

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