O Mundo é uma Bola https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br Thu, 13 Jan 2022 14:51:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cristiano Ronaldo joga por recordes na Eurocopa; saiba quais https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/15/cristiano-ronaldo-joga-por-recordes-na-eurocopa-saiba-quais/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/15/cristiano-ronaldo-joga-por-recordes-na-eurocopa-saiba-quais/#respond Tue, 15 Jun 2021 05:34:03 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Cristiano-Ronaldo-2-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21592 Cristiano Ronaldo, o supercraque de Portugal, cinco vezes o melhor jogador do mundo, começa nesta terça (15), na Eurocopa, a busca por uma série de recordes.

Recordes que, como ele mesmo disse na véspera do jogo de estreia dos portugueses, atuais campeões, contra a Hungria, “são para serem batidos”.

Um deles pode ser quebrado se o camisa 7 entrar em campo na Puskás Arena, em Budapeste, a capital húngara, na partida que começa às 13h (de Brasília), com SporTV.

Outros, o CR7 tem chance de conquistar ao longo da competição, que irá até o dia 11 de julho.

1) Maior número de participações em Eurocopas

Dezessete jogadores participaram de quatro edições da Euro. Cristiano Ronaldo é um deles. Se jogar um único minuto em qualquer partida de Portugal nesta edição, ele será o único a ter estado presente em cinco campeonatos europeus de seleções.

2) Maior número de gols em Eurocopas

Cristiano Ronaldo é, ao lado do lendário francês Michel Platini, o maior goleador em Euros. Cada um fez nove gols. Platini, em uma única edição, a de 1984. O CR7 espalhou seus tentos: dois em 2004, um em 2008, três em 2012 e três em 2016. Caso balance as redes uma única vez agora, será o artilheiro isolado.

3) Maior número de jogos vencidos em Eurocopas

Os meias Andrés Iniesta e Cesc Fàbregas, que já não defendem mais a Espanha, somam 11 triunfos cada um em Euros. Cristiano Ronaldo, também. Uma vitória isolará o português na liderança desse quesito.

4) Maior número de aparições em uma final

Para isso acontecer, logicamente, Cristiano Ronaldo precisará chegar à decisão, que será em Wembley (Londres). Ele e mais 21 jogadores, entre alemães, espanhóis e soviéticos, estiveram em campo em duas finais. O CR7 atuou na de 2004, quando tinha apenas 19 anos, e na de 2016.

5) Maior número de gols por uma seleção

Essa é a marca mais desejada, sem dúvida. Entre todas as seleções do mundo, Cristiano Ronaldo só fica atrás de um jogador em gols marcados. O CR7 balançou as redes 104 vezes por Portugal, em 175 partidas. Ali Daei, aposentado em 2007 e hoje com 52 anos, anotou 109 gols em 149 jogos pela seleção do Irã. Para ser o detentor desse recorde, portanto, o português tem de fazer seis gols –caso Portugal chegue à final, serão seis os duelos que fará.

Capitão de sua seleção, Cristiano Ronaldo comemora o gol de número 104 por Portugal, na vitória por 4 a 0 sobre Israel em amistoso em Lisboa (Patricia de Melo Moreira – 9.jun.2021/AFP)

O item 1, a não ser que Cristiano Ronaldo tenha um problema de última hora que o impeça de jogar, será atingido já nesta terça.

Os itens 2 e 3 são prováveis de serem cumpridos, pois são três os confrontos de Portugal na fase de grupos –depois da Hungria, enfrentará Alemanha e França.

Os itens 4 e 5 são bem mais difíceis, porém, em se tratando de metas desejadas pelo fora de série CR7, realizáveis.

Leia também: Christine e Cristiano

Leia também: Como seria se Cristiano Ronaldo não tivesse nascido?

Em tempo: Cristiano Ronaldo já tem alguns recordes registrados com a seleção lusa, a saber: jogador que mais atuou em Eurocopas (21 vezes); único jogador a fazer gol em quatro edições de Eurocopa; e jogador que mais vezes marcou ao menos um gol em um jogo de Euro (sete vezes).

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Messi e Cristiano Ronaldo caem juntos pela 1ª vez na Champions https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/03/10/messi-e-cristiano-ronaldo-caem-juntos-pela-1a-vez-na-champions/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/03/10/messi-e-cristiano-ronaldo-caem-juntos-pela-1a-vez-na-champions/#respond Wed, 10 Mar 2021 23:45:17 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/Messi-4-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21157 Deve ser o sinal dos tempos. Tempos que mostram que a era dos melhores do mundo durante tempos que pareciam intermináveis está perto de terminar.

Pela primeira vez desde que ambos começaram a disputar simultaneamente a Liga dos Campeões da Europa (Champions League), em 2004/2005, tanto Messi como Cristiano Ronaldo foram eliminados logo na primeira fase dos mata-matas, as oitavas de final.

Quem caiu primeiro foi o CR7. Na terça (9), mesmo atuando em Turim, a Juventus não conseguiu construir o placar para eliminar o Porto, time do país em que nasceu o craque maior da equipe italiana.

A Juve ganhou por 3 a 2, porém a derrota por 2 a 1 na partida de ida fez a diferença, e o Porto avançou por ter feito mais gols fora de casa.

Nas duas partidas, Cristiano Ronaldo não fez o que mais sabe fazer: gol.

Cristiano Ronaldo em momento de dor no duelo com o Porto, em Turim, que eliminou a Juventus da Liga dos Campeões da Europa (Federico Tardito – 9.mar.2021/Xinhua)

Nesta quarta (10), quem deu adeus ao mais badalado interclubes da Europa foi o Barcelona de Messi.

E nem houve surpresa. Favorito na teoria diante do Paris Saint-Germain, o time espanhol jogou esse favoritismo fora ao levar uma goleada de 4 a 1 no primeiro jogo, de virada, três semanas atrás, no Camp Nou.

Isso mesmo o PSG tendo atuado sem seu jogador mais badalado, Neymar, contundido.

O brasileiro não se recuperou a tempo de jogar em Paris, mas não se pode afirmar que tenha feito grande falta, já que a agremiação francesa se classificou com o empate por 1 a 1, impondo ao adversário um baque considerável.

O Barcelona, desde que Messi começou sua carreira profissional no clube, na metade da década retrasada, jamais deixou de passar da fase de grupos da Champions.

E com ele em campo só uma vez, em 2007, quando o camisa 10 nem vestia a camisa 10 ainda (ela era de Ronaldinho Gaúcho), foi eliminado nas oitavas de final –para o Liverpool de Gerrard.

Em 2005, o Barcelona também deu adeus à competição nas oitavas, porém Messi não estava entre os titulares, nem entre os reservas, nas partidas diante do Chelsea de Lampard, Terry e companhia.

O craque argentino, seis vezes o melhor do mundo (2009 a 2012, 2015 e 2019), conquistou com o Barcelona quatro títulos da Champions (2006, 2009, 2011 e 2015), mas, aos 33 anos, desgastado com a direção do clube e não mais rodeado de pé de obra de extrema qualidade, parece sem forças para resolver individualmente, como fazia antes.

Diante do PSG, marcou de pênalti na derrota na Espanha, e, no duelo na França, fez um lindo gol, em chute de fora da área no ângulo, só que desperdiçou um pênalti no fim do primeiro tempo que poderia ter colocado seu time à frente no placar. Resumindo: teve performance insuficiente para empurrar o Barça uma fase adiante.

Cristiano Ronaldo ainda mostra excelente forma física e técnica aos 36 anos, porém já lhe falta a estrela de outrora, já lhe falta o poder de decisão de outrora, já lhe falta, na Juventus, o que com Manchester United (em 2008) e com Real Madrid (em 2014, 2016, 2017 e 2018) não faltou: o troféu da Liga dos Campeões.

Com o Sporting, o craque português, cinco vezes o melhor do mundo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017), parou na terceira rodada uma vez (2003); com o Manchester United, caiu na fase de grupos uma vez (2006) e nas oitavas de final duas vezes (2004 e 2005); com o Real Madrid, naufragou nas oitavas uma vez (2010); com a Juventus, houve dobradinha na saída nas oitavas (2020 e 2021).

Tempos incomuns estes, de derrotas dolorosas para Messi e Cristiano Ronaldo. Tempos que talvez signifiquem que o tempo deles como os reis do futebol do século 21 tenha expirado.

E que o tempo de reinar agora seja de jovens como Mbappé (PSG), de 22 anos, quatro gols nos confrontos deste ano contra o Barcelona, e Haaland (Borussia Dortmund), de 20 anos, atual artilheiro da Liga dos Campeões, príncipes do futebol que seguem reluzentes e resolutos na Champions.

Num 2015 já distante, Messi segura o troféu da Champions League, ladeado por Suárez e Neymar, quando o Barcelona derrotou na final a Juventus, em Berlim (Patrik Stollarz – 6.jun.2015/AFP)

Em tempo: Quero muito que o tempo me prove errado e que haja tempo para que Messi e Cristiano Ronaldo, dois dos melhores da história do esporte, voltem ao olimpo do futebol europeu, tendo de novo em suas mãos a “orelhuda”, como é conhecido o troféu da Liga dos Campeões.

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Cristiano Ronaldo passa Pelé e é o maior artilheiro da história, diz jornal https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/02/04/cristiano-ronaldo-passa-pele-e-e-o-maior-artilheiro-da-historia-diz-jornal/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/02/04/cristiano-ronaldo-passa-pele-e-e-o-maior-artilheiro-da-historia-diz-jornal/#respond Thu, 04 Feb 2021 19:55:20 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Cris-Ronaldo-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21012 Cristiano Ronaldo tornou-se aos 35 anos o maior artilheiro da história do futebol.

Com os dois gols pela Juventus na partida de ida das semifinais da Copa da Itália, vitória por 2 a 1 contra a Inter de Milão nesta terça (2), o português chegou a 763 gols e ultrapassou Pelé e Josef Bican, austríaco com cidadania tcheca que brilhou nas décadas de 1930 e 1940.

Pelé, hoje com 80 anos, e Bican, morto em 2001 aos 88 anos, têm 762 gols cada um. Os números são de levantamento do jornal espanhol Marca.

O diário considera somente os gols feitos em partidas oficiais e na categoria “profissional”, e é por isso que a quantidade de Pelé é bem inferior aos 1.283 gols que ele mesmo propaga ter feito.

Nas contas do Marca, o CR7 anotou 451 gols pelo Real Madrid, 118 pelo Manchester United, 87 pela Juventus, 5 pelo Sporting e 102 pela seleção de Portugal.

Pelé registrou 642 pelo Santos, 37 pelo Cosmos, de Nova York, 77 pela seleção brasileira e 6 pela seleção paulista.

Bican marcou, na República Tcheca (então Tchecoslováquia), 547 gols pelo Slavia Praga, 74 pelo Vitkovice e 19 pelo Hradec Kralove; na Áustria, 71 pelo Rapid Viena e 22 pelo Admira Viena; mais 15 pela seleção tcheca e 14 pela austríaca.

Na média de gols por jogo, entretanto, Cristiano Ronaldo perde tanto de Bican como de Pelé, de acordo com o periódico madrileno.

A do português é de 0,73 por partida; a do brasileiro, de 0,92, e a do austro-tcheco, excepcional, de 1,54.

Na quarta colocação entre os principais artilheiros do futebol, seguindo os critérios do Marca, está Romário (740 gols) e, na quinta, Messi (720) –o argentino, mais jovem que o CR7 (33 anos), é o único jogador em atividade com chance real de se tornar o primeiro da lista.

Leia também: Rappo, o artilheiro dos 2.000 gols

Em tempo: Em uma conta que fiz, Cristiano Ronaldo soma na carreira profissional 769 gols, em 1.055 partidas, por clubes e pela seleção portuguesa, considerando as por competições, as amistosas e as na ICC (International Champions Cup, torneio interclubes de pré-temporada). A média de gols por jogo é de 0,73.

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Cristiano Ronaldo é eleito o jogador do século… a 80 anos do fim do século https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/28/cristiano-ronaldo-e-eleito-o-jogador-do-seculo-a-80-anos-do-fim-do-seculo/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/28/cristiano-ronaldo-e-eleito-o-jogador-do-seculo-a-80-anos-do-fim-do-seculo/#respond Mon, 28 Dec 2020 18:02:29 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Cris-Ronaldo-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20697 Um século, é sabido, é formado pelo período de cem anos. No caso do século 21, o período vai de 2001 a 2100. Desse modo, como estamos em 2020, faltam 80 anos para que chegue ao fim.

Uma premiação esportiva, entretanto, decidiu que, na escolha do melhor futebolista do século 21, as próximas oito décadas não contarão.

Ou, caso contem, que não existirá nenhum jogador que supere o português Cristiano Ronaldo.

O atacante da Juventus, de 35 anos, recebeu neste domingo (27), em jantar de gala do Globe Soccer Awards, em Dubai (Emirados Árabes Unidos), o troféu de Jogador do Século.

“Ser o vencedor é uma grande honra, uma conquista excepcional”, festejou o CR7, que adora ter o ego inflado por qualquer prêmio que o coloque acima de qualquer um, de hoje ou de ontem.

Esse obscuro evento –eu não sabia até agora que ele existia– é realizado desde 2010, e quem o promove é um grupo de investidores.

Na votação, realizada pelo público e por 25 jurados, o CR7 superou a concorrência de Lionel Messi, Ronaldinho Gaúcho e Mohamed Salah.

Não se divulgou quantas pessoas votaram, nem a forma como isso ocorreu, tampouco a lista dos jurados –o jornal espanhol Marca publicou que entre eles estão os ex-jogadores Deco e Abidal e o treinador Antonio Conte, da Inter de Milão.

Quando se toca neste assunto, imediatamente a referência é Pelé.

O brasileiro, hoje com 80 anos, ganhou do jornal francês L’Équipe o título de Atleta do Século, no caso do século 20, em eleição feita por jornalistas de duas dezenas de conceituados veículos da imprensa.

Com 179 pontos, o Rei do Futebol superou oponentes como o velocista Jesse Owens (EUA), o ciclista Eddy Merckx (Bélgica), o tenista Bjorn Borg (Suécia), o meio-fundista Paavo Nurmi (Finlândia) e o nadador Mark Spitz (EUA).

Estatueta entregue pelo jornal L’Équipe a Pelé, eleito em 1980 o Atleta do Século (Divulgação)

Essa eleição foi realizada em 1980, o século 20 estava mais próximo do fim do que do início, porém o adequado era esperar mais 20 anos, para englobar todos os esportistas, inclusive os que (como Maradona, Michael Jordan e Tiger Woods, entre outros) poderiam brilhar de 1981 a 2000.

Caso a eleição de melhor esportista do século 20 tivesse sido realizada em 1920, provavelmente o ganhador teria sido um norte-americano (Archie Hahn, Raymond Ewry ou Jim Thorpe, no atletismo, ou Anton Heida, na ginástica), pelo desempenho nas primeiras Olimpíadas do período (1904, 1908 e 1912).

O futebol, naquela época, era incipiente ou inexistente na maior parte do planeta, sendo praticado principalmente no Reino Unido. Então, se houvesse um boleiro escolhido, seria britânico.

Cristiano Ronaldo é espetacular, sem dúvida. Se é melhor que Messi ou não, é debate para horas, talvez dias.

No entanto, elegê-lo o jogador do século com quatro quintos do século 21 a serem percorridos é prematuro, para não dizer absurdo.

Tira a força da premiação, questiona-se a pertinência do ganhador, provoca olhares tortos, enfim, gera mal-estar.

Para escolher o “jogador do século 21” ou o “esportista do século 21”, qualquer um que seja sensato dirá: “O século tem cem anos, então que se espere o ano 2100, e só aí vote-se nos melhores”. Simples assim.

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Em tempo: O Globe Sports Awards também elegeu o Técnico do Século (Pep Guardiola), o Clube do Século (Real Madrid) e, pasme, o Empresário do Século (Jorge Mendes).

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Quem é melhor? Messi x Cristiano Ronaldo https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/08/quem-e-melhor-messi-x-cristiano-ronaldo/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/08/quem-e-melhor-messi-x-cristiano-ronaldo/#respond Tue, 08 Dec 2020 03:01:12 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Messi-e-Ronaldo-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20520 Eles são os melhores deste século até agora. Dividem os holofotes e as preferências sempre que se debate sobre excelência futebolística.

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo estão anos-luz à frente de seus contemporâneos, isso é inegável.

A grande questão é: qual deles é melhor?

Várias vezes fiquei tentado a fazer comparações para poder chegar a uma conclusão. Várias vezes desisti, certo de que seria influenciado pelo meu gosto.

Gosto mais de Messi do que de Cristiano Ronaldo.

Aprecio e admiro o estilo de jogo do argentino de 33 anos, mais lúdico, mais driblador, mais solidário, porém não menos eficiente que o do português de 35, um “ciborgue” com capacidade física incomparável e explosão de velocidade invejável, mas que é extremamente individualista (fominha!) e, se não fizer gol(s) e não for o centro das atenções, não sai de campo tão feliz mesmo que o time vença.

Nesta terça (8), a Pulga e o CR7 devem duelar pela Champions League, que encerra nesta semana a fase de grupos. Escrevo “devem” porque, como tanto o Barcelona quanto a Juventus estão classificados, um e/ou outro podem ser poupados. Há, contudo, a expectativa de que sejam escalados.

Será o primeiro embate entre os dois desde o primeiro semestre de 2018. Como atuam em países diferentes, o confronto se torna raro, incerto, e fico até receoso de que possa ser o último.

Assim, mesmo me abstendo até aqui de fazer uma comparação fria que possa determinar qual dos dois é melhor (e, definindo-se um vencedor, haveria contestação dos fãs do outro), é possível apresentar dados numéricos que possibilitem ao leitor tirar suas conclusões.

Os sites utilizados para mostrar as estatísticas são o messivsronaldo.app e o messivsronaldo.net.

Gols na carreira (excluindo amistosos por clubes)

  • Messi: 712 (em 886 jogos). Média: 0,80. Um gol a cada 101 minutos
  • Cristiano Ronaldo: 750 (em 1.029 jogos). Média: 0,73. Um gol a cada 111 minutos

Gols de fora da área

  • Messi: 69
  • Cristiano Ronaldo: 55

Gols de cabeça

  • Messi: 24
  • Cristiano Ronaldo: 129

Gols de pênalti

  • Messi: 96 (em 122 cobranças). Acerto: 79%
  • Cristiano Ronaldo: 129 (em 154 cobranças). Acerto: 84%

Gols de falta

  • Messi: 53
  • Cristiano Ronaldo: 56

Gols na Champions League

  • Messi: 118 (em 146 jogos). Média: 0,81. Um gol a cada 102 minutos
  • Cristiano Ronaldo: 133 (em 177 jogos). Média: 0,75. Um gol a cada 115 minutos

Gols pela seleção

  • Messi: 71 (em 142 jogos). Média: 0,50
  • Cristiano Ronaldo: 102 gols (em 170 jogos). Média: 0,60

Assistências na carreira (excluindo amistosos por clubes)

  • Messi: 300 (em 886 jogos). Média: 0,34.
  • Cristiano Ronaldo: 221 (em 1.029 jogos). Média: 0,21

Títulos relevantes (Mundial de Clubes, Eurocopa, Olimpíada, Champions League, Supercopa da Europa, campeonatos, copas e supercopas nacionais)

  • Messi: 35
  • Cristiano Ronaldo: 32

Prêmio Bola de Ouro (melhor do mundo)

  • Messi: 6
  • Cristiano Ronaldo: 5

Prêmio Chuteira de Ouro (artilheiro da temporada europeia)

  • Messi : 6
  • Cristiano Ronaldo: 4

Expostos esses números, antes de se tentar chegar a um termo, é relevante mencionar que no confronto direto Messi leva vantagem sobre Cristiano Ronaldo.

Até agora, eles duelaram 35 vezes, sendo Messi por Barcelona ou Argentina e o CR7 por Manchester United, Real Madrid ou Portugal. O argentino ganhou 16 vezes, e o português, nove, com dez empates. Em número de gols nessas partidas, Messi acumulou 22, e Cristiano Ronaldo, 19.

Caso eles entrem em campo nesta terça, será o primeiro embate com Cristiano Ronaldo usando o uniforme da Juventus. No jogo de ida da fase de grupos, em Turim, no dia 28 de outubro, o camisa 7 não atuou por estar com Covid, e o Barça fez 2 a 0 –Messi marcou o segundo gol, de pênalti.

O encontro mais recente entre ambos ocorreu no já distante 6 de maio de 2018, pelo Campeonato Espanhol, um 2 a 2 no Camp Nou no qual cada um registrou um gol.

Cristiano Ronaldo e Messi no aquecimento antes de Barcelona x Real Madrid, em 2018, na mais recente vez em que duelaram (Albert Gea – 6.mai.2018/Reuters)

Voltando ao embate numérico, Messi, apesar de ter menos gols na contagem geral, mostra-se mais artilheiro, já que sua média por partida é superior.

Cristiano Ronaldo, entretanto, é mais goleador pela seleção portuguesa (tanto no total de gols como na média de gols) do que o camisa 10 pela argentina.

Nos gols de cabeça, vantagem esmagadora para Cristiano Ronaldo –com seu 1,87 m (Messi tem 1,70 m), ele é um dos melhores cabeceadores da história. Também é mais efetivo nas cobranças de pênalti.

Nas assistências (passes que resultam em gol), Messi é bastante superior, superando o oponente também nos gols de longa distância (chutes de fora da área).

Nos títulos e nos prêmios, Messi possui ligeiro predomínio, só que Cristiano Ronaldo conseguiu taças por Portugal (Eurocopa em 2016 e Liga das Nações em 2019), enquanto Messi está zerado pela seleção principal de seu país –faturou o ouro olímpico em 2008.

Ou seja, um equilíbrio muito grande.

A vontade de comparar dois grandes jogadores existe, é natural (eu já o fiz algumas poucas vezes com outros atletas), e meu escolhido é Messi, mas quem optar por Cristiano terá argumentos para defendê-lo.

Predileção exposta, muito melhor que ela é poder matar a vontade de vê-los em ação, ainda em altíssimo nível.

Como não se satisfazer em desfrutar da genialidade desses dois supercraques do futebol?

Como não agradecer a esses dois deuses da bola pelo privilégio de poder vê-los fazer miséria, fazer o diabo, fazer o extraordinário, jogo após jogo, campeonato após campeonato, por mais de uma década?

Obrigado, Messi. Obrigado, Cristiano Ronaldo.

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Autógrafo mais valorizado no futebol não é de Pelé, Maradona, Messi ou CR7 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/02/autografo-mais-valorizado-no-futebol-nao-e-de-pele-maradona-messi-ou-cr7/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/02/autografo-mais-valorizado-no-futebol-nao-e-de-pele-maradona-messi-ou-cr7/#respond Wed, 02 Dec 2020 14:11:19 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Autografo-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20482 Caçadores de autógrafos de jogadores de futebol nem sempre obtêm a assinatura de um craque apenas para guardar como recordação.

Tem gente que, ao conseguir uma bola, camisa, chuteira, livro ou outro item com o nome de uma personalidade futebolística, seja no treino, no jogo ou em eventos publicitários, vende o objeto para casas de leilões, que antes de comprar checam a autenticidade da rubrica.

A casa, então, disponibiliza essas peças, algumas delas raridades, para lances, dados geralmente por colecionadores que possuem (muito) dinheiro sobrando.

O tabloide britânico Daily Mail publicou uma lista curiosa, tendo como base um levantamento da plataforma Gambling Deals, dos jogadores ou ex-jogadores cuja memorabilia é mais valorizada.

O resultado mostrou que um autógrafo de Pelé, o mais famoso e aclamado futebolista da história, custa em média £ 511,90 (R$ 3.647), quase o mesmo que o de Lionel Messi (£ 511,91), um dos melhores do mundo neste século, estando ranqueado na oitava posição.

Cristiano Ronaldo, o CR7, que rivalizou com o argentino nesta década nas disputas pelos prêmios de melhor de cada ano, aparece na décima posição da lista de 20 nomes. Em média, um item com a firma do português é leiloado por £ 464,93 (R$ 3.312).

Maradona assina uma camisa para a modelo Dolores Barreiro depois do programa ‘A Noite do Dez’, apresentado por ele (Canal 13 – 26.set.2005/Reuters)

Diego Maradona, morto há uma semana, está em sexto lugar, logo acima do compatriota Messi: £ 582,07 (R$ 4.147).

O topo da lista é ocupado também por um argentino, Sergio “Kun” Agüero, maior artilheiro da história do Manchester City.

Para ter em casa uma lembrança com a assinatura do centroavante, o interessado deve desembolsar, em média, £ 1.363,71 (R$ 9.716) –166% a mais que uma de Pelé.

O atacante Agüero em jogo da Argentina na Copa América de 2019, em Porto Alegre, contra o Qatar (Jeferson Guareze – 23.jun.2019/AFP)

Entre Agüero e Maradona figuram o inglês David Beckham (ex-Manchester United e Real Madrid), o gabonense Aubameyang (Arsenal), o norte-irlandês George Best (1946-2005) e o egípcio Mohamed Salah (Liverpool).

Completa o top 10, depois de Pelé e antes de Cristiano Ronaldo, o belga Kevin de Bruyne (Manchester City).

Além do Rei do Futebol, há três brasileiros na relação dos que tem os autógrafos com os mais altos preços, em média –respectivamente na 18ª, na 19ª e na 20ª posição.

São eles o pentacampeão mundial Ronaldinho Gaúcho, Neymar (Paris Saint-Germain) e Alisson (Liverpool).

O valor médio de venda de um item que contém a assinatura do goleiro, que é o único da posição na lista, é de £ 337,13 (R$ 2.402).

Fãs de Neymar pedem autógrafos na chegada do brasileiro à premiação do melhor do mundo de 2015, em Zurique, na Suíça (Michael Buholzer – 11.jan.2016/AFP)

Em tempo: Entendo a fissura de muitas pessoas por ter autógrafos de jogadores, pois a paixão impera, e eles tornam o ídolo mais presente. Da minha parte, nunca fui caçador de autógrafo, tanto que de jogador de futebol não tive nenhum. Quando criança, no começo dos anos 1980, obtive, com ajuda/incentivo de meus pais, um do jogador de basquete Marcel, ouro no Pan de Indianápolis-1987, em um jogo da seleção masculina de vôlei, no ginásio do Ibirapuera, em que ele era igualmente espectador; e um do nadador Ricardo Prado, medalhista de prata na Olimpíada de Los Angeles-1984, interrompido durante um lanche no extinto Bob’s da rua Haddock Lobo, em São Paulo. Ambos registrados em folhas de papel (o de Pradinho em um guardanapo), perderam-se ao longo do tempo.

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Cristiano Ronaldo, 100, ruma para o recorde de Ali Daei https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/09/cristiano-ronaldo-100-ruma-para-o-recorde-de-ali-daei/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/09/cristiano-ronaldo-100-ruma-para-o-recorde-de-ali-daei/#respond Wed, 09 Sep 2020 14:55:43 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Cristiano-Ronaldo-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20067 Cristiano Ronaldo, a máquina de fazer gols, chegou nesta terça (8) aos cem gols pela seleção de seu país, Portugal.

O atacante atingiu a marca aos 44 minutos e 54 segundos do primeiro tempo da partida contra a Suécia, pela liga das Nações, na cidade de Solna.

Cobrou com perfeição uma falta, um chute colocado que encobriu a barreira de cinco jogadores, no ângulo, sem chance de defesa para o goleiro Olsen.

Festejou com os companheiros, sem saber a reação do público, pois, devido à pandemia de coronavírus, a Arena dos Amigos não recebeu torcedores.

No segundo tempo, o CR7 ainda faria mais um, para sacramentar o triunfo (2 a 0) e registrar seu 101º gol com a camisa lusa.

Cristiano Ronaldo tornou-se apenas o segundo jogador a anotar cem ou mais gols por uma seleção nacional. O outro é Ali Daei, hoje com 51 anos, que defendeu o Irã de 1993 a 2006.

Daei marcou seu gol 100 no dia 17 de novembro de 2004, na goleada por 7 a 0 sobre o Laos, em Teerã, pelas eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo de 2006. Ele tinha os mesmos 35 anos que Cristiano Ronaldo tem agora.

Capitão do Irã, Ali Daei festeja gol de seu país contra o México na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha (Ruben Sprich – 11.jun.2006/Reuters)

A idade, aliás, não tem sido uma barreira ao ímpeto goleador do português nascido na Ilha da Madeira.

Pela seleção lusa, ele fez ao menos um gol nos sete jogos mais recentes de que participou, em um total de 13. Não há sinal de decadência no desempenho do CR7.

No atual ritmo, de quase dois gols por partida, ele superará os 109 de Daei, chegando aos 110, ainda em 2020, já que Portugal tem ainda mais seis compromissos neste ano: quatro pela Liga das Nações (França, duas vezes, Suécia e Croácia) e dois amistosos (Espanha e Andorra).

A Suécia, vítima do centésimo gol, tornou-se também uma das vítimas preferida de Cristiano Ronaldo, que balançou as redes sete vezes contra os nórdicos, a mesma quantidade registrada diante da Lituânia.

“A marca dos 100, e depois o [gol] 101, com dois golaços… Estou muito feliz. Sinto-me contente de jogar neste lote de jogadores jovens e desfrutar o momento, tanto individual como coletivo, que é o mais importante. Consegui chegar aos cem gols e agora quero o recorde. Continuar passo a passo. Não estou obcecado, porque sei que os recordes acabam por chegar naturalmente”, declarou o capitão de Portugal depois da histórica partida.

Ao todo, 41 países levaram ao menos um gol do artilheiro –o Brasil, a quem o CR7 enfrentou três vezes, não é um deles.

Cristiano Ronaldo acumulou seus 101 gols em 165 partidas por Portugal, uma média de 0,61 por jogo. Daei fez 109 em 149 (0,73 gol de média).

Pelé é o maior artilheiro da seleção brasileira, com 77 gols em 92 partidas (média de 0,84), de acordo com a RSSSF, entidade que registra estatísticas futebolísticas.

Leia também: Pelé, perto dos 80, reafirma ser o melhor da história

Marcaram mais que Pelé, e menos que o CR7 e Daei, o malaio Mokhtar Dahari (86 gols em 131 jogos), a lenda húngara Ferenc Puskás (84 em 85), o zambiano Godfrey Chitalu (79 em 111) e o iraquiano Hussein Saeed (78 em 137).

Messi, o grande rival do português pelo título de melhor jogador deste início de século, tem 70 gols em 138 jogos pela Argentina.

Cristiano Ronaldo fez seu primeiro gol por Portugal no dia 12 de junho de 2004, no estádio do Porto, na derrota por 2 a 1 para a Grécia na Eurocopa. O técnico do time lusitano era Luiz Felipe Scolari.

Desde então, ele não passou um ano sem fazer gol por seu país. O mais profícuo foi 2019 (14 gols), e os menos rendosos, 2008 e 2009 (um gol em cada um).

Os gols de Cristiano Ronaldo ampliam a competitividade de Portugal, que quase sempre saiu de campo vencedor quando ele marcou, o que aconteceu em 66 confrontos.

Nesses, houve 55 triunfos lusos, cinco empates e seis derrotas –estas sempre por um único gol de diferença.

Leia também: Cristiano Ronaldo chega aos 700 gols; o milésimo é plausível?

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Perto dos 80, Pelé reafirma ser o melhor da história https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/04/08/perto-dos-80-pele-reafirma-ser-o-melhor-da-historia/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/04/08/perto-dos-80-pele-reafirma-ser-o-melhor-da-historia/#respond Wed, 08 Apr 2020 14:15:35 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/Pele.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=19532 “Eu acho que o Pelé foi melhor do que todos eles.”

No ano em que deve completar 80 anos (daqui a pouco mais de seis meses, no dia 23 de outubro), vendo-se na terceira pessoa, como tradicionalmente faz, Edson Arantes do Nascimento reafirmou quem ele considera o melhor futebolista da história.

Pelé falava a Thiago Asmar, no canal Pilhado (YouTube), que lhe dissera que “hoje a molecada se pergunta se Pelé era melhor mesmo que o Cristiano Ronaldo e que o Messi”.

O rei do futebol deu a resposta, mencionando que foram feitas comparações dele, anteriormente, com o alemão Beckenbauer e com o holandês Cruyff, outros imortais do futebol.

Acredito haver consenso, entre os da minha geração (nascidos nos anos 1970) e os de gerações anteriores, que não haja quem até agora tenha igualado a genialidade e a completude (física, técnica e emocional) de Pelé. Superar não dá, pois o mineiro de Três Corações, com a bola, era 100% gênio, 100% completo.

Garrincha, Maradona, Ronaldinho Gaúcho e Messi estão entre os que mais se aproximam dele no primeiro quesito. Cristiano Ronaldo, no segundo.

O português, a quem Pelé na mesma entrevista colocou em um patamar superior ao de Messi, não tem fama pela magia, mas, tão artilheiro quanto o argentino, é difícil de ser batido na dedicação, na obsessão e na competitividade.

Ele chegou a dizer, em entrevista à revista France Football, no ano passado, que não se via com nenhum ponto fraco como jogador.

Eu já fiquei tentado a fazer uma comparação entre Pelé, Messi e Cristiano Ronaldo, porém é complicadíssimo fazê-lo porque Pelé jogou em uma época diferente.

Mas futebol não é, e foi, sempre futebol? Não são, e eram, 11 contra 11? Não tinha, e tem, juiz, bola, torcida?

Sim. Mas a dinâmica do jogo é diferente. Distintos também eram a qualidade dos gramados e as condições de preparo e recuperação dos jogadores.

Basta assistir a teipes do final dos anos 1950 até o início dos anos 1970, época em que Pelé brilhou intensamente, para notar que o futebol era mais lento, que havia mais tempo e espaço para conduzir a bola antes de receber o combate.

E isso, para um fora de série como o camisa 10 do Santos e da seleção brasileira, veloz, habilidoso, inteligentíssimo e com visão de jogo apurada e capacidade inigualável de raciocínio, era um facilitador.

Dizem que Pelé brilharia do mesmo jeito no futebol da atualidade. Será? Fica no imaginário.

Ele poderia ser até melhor, pois hoje os campos são infinitamente mais bem cuidados que os de décadas atrás, além de a preparação física ter evoluído demais, assim como os métodos de recuperação a cada partida e a medicina para o tratamento de lesões.

O que é comparável entre os três, e é o que será feito, são os gols e os títulos.

Gols

Pelé marcou 1.282 gols, contando partidas oficiais ou não. Esse número é o mais propagado, mas há variação para baixo, 1.281, e para cima, 1.283. Em quantos jogos? Teriam sido 1.363, mas isso também não é indubitável. A média de gols é de 0,94.

As estatísticas do rei em relação ao total de vezes em que balançou as redes e à quantidade de partidas nunca foram conclusivas, não há concordância entre as fontes, por isso não é seguro ser assertivo.

Em partidas oficiais, por clubes (Santos e Cosmos) e seleções (brasileira, paulista e militar), são, de acordo com a RSSSF, fundação criada em 1994 que compila dados estatísticos de futebol, 767 gols em 831 aparições. Isso em um período de 21 anos (1957 a 1977). Média: 0,92 gol por jogo.

Em relação a Cristiano Ronaldo e Messi, eu mesmo fiz e refiz a conta do total de gols, utilizando as fontes disponíveis, e cheguei à seguinte conclusão.

O CR7 (Cristiano Ronaldo usa a camisa 7), considerando todos os 1.011 jogos, oficiais ou não, marcou 731 gols em 17 anos e meio de carreira (Sporting, Manchester United, Real Madrid, Juventus e seleção portuguesa). Média: 0,72.

A Pulga (apelido de Messi) anotou 701 gols em 866 partidas, oficiais ou não, em 16 anos e quatro meses como profissional (Barcelona e seleção argentina). Média: 0,81.

Contando apenas as partidas oficiais, são 1.000 jogos e 725 gols de Cristiano Ronaldo e 856 jogos e 697 gols de Messi.

Títulos

Pelé conquistou três Copas do Mundo (1958, 1962, 1970), duas Taças Libertadores, duas Copas Intercontinentais, cinco Taças Brasil e um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (reconhecidos pela CBF como Campeonatos Brasileiros), quatro Torneios Rio-São Paulo, dez Campeonatos Paulistas e um Campeonato dos EUA. São seus títulos mais relevantes. Total: 27.

Cristiano Ronaldo jamais ganhou uma Copa do Mundo, nem perto chegou. Suas conquistas mais importantes são: uma Eurocopa, cinco Champions League, quatro Mundiais de Clubes, três Campeonatos Ingleses, dois Campeonatos Espanhóis, um Campeonato Italiano, uma Copa da Inglaterra, duas Copas do Rei. Total: 19.

Messi jamais ganhou uma Copa do Mundo (foi vice em 2014). Faturou de mais notório quatro Champions League, três Mundiais de Clubes, dez Campeonatos Espanhóis, seis Copas do Rei, um ouro olímpico. Total: 24.

Dados postos, o que há para comentar?

Que em jogos oficiais tanto Messi, que está com 32 anos, como Cristiano Ronaldo, que tem 35, conseguirão passar Pelé no número absoluto de gols, mas não na média de gols.

Que o auge para um jogador de futebol é ganhar a Copa do Mundo, e Pelé o fez três vezes, duas delas como protagonista, marcando inclusive gol na final (dois na de 1958, um na de 1970). Messi e o CR7 não chegarão lá.

Escrito isso, não há mais a escrever. A conclusão é do leitor.

Leia sobre Pelé em O Mundo É uma Bola

Leia sobre Messi em O Mundo É uma Bola

Leia sobre Cristiano Ronaldo em O Mundo É uma Bola

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Caros, custosos e comentados https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/02/07/caros-custosos-e-comentados/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/02/07/caros-custosos-e-comentados/#respond Fri, 07 Feb 2020 06:10:11 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/Neymar-53-320x213.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=19143 Dos dez jogadores mais caros da história do futebol, todos estão atualmente na berlinda.

Só que, desses dez, nove são alvos de comentários por razões não lisonjeiras.

Os problemas passam por lesões –que fazem o investimento ter parecido desperdício–, indisciplina, relacionamento ruim com o treinador, má fase. Ou uma combinação deles.

Donos de salários exorbitantes, os futebolistas que mais custaram aos cofres de seus compradores incluem dois brasileiros: Neymar, do PSG, e Philippe Coutinho, do Barcelona, emprestado ao Bayern de Munique.

O valor pago por cada um vai dos 222 milhões (R$ 1,044 bilhão pelo câmbio atual) de Neymar, que ocupa o topo da lista, aos 100 milhões do português Cristiano Ronaldo, do belga Hazard e do galês Bale.

Cristiano Ronaldo, aliás, é aos 35 anos a exceção nessa lista.

O CR7 teve um início não tão goleador na Juventus, que o contratou do Real Madrid no meio de 2018, porém engrenou meses depois e continua muitíssimo bem até hoje –ocupa a vice-artilharia do Campeonato Italiano, com 19 gols em 19 jogos.

Os custosos restantes, citarei um a um, explicando a problemática do momento.

Neymar chega para sua festa de aniversário, em um clube chique de eventos em Paris (Zakaria Abdelkafi – 2.fev.2020/AFP)
  • Neymar ( 222 milhões, do Barcelona para o PSG, em 2017) – 28 anos, destro

Depois de forçar sua saída do time de Paris no começo da temporada, com o objetivo de voltar à Espanha, e não conseguir, tornando-se alvo da fúria de torcedores do PSG, o camisa 10 recuperou o crédito com gols e assistências.

Isso, porém, só até poucos dias atrás, quando foi indiretamente criticado pelo treinador Thomas Tuchel por organizar uma balada em seu aniversário na qual colegas de equipe compareceram. O alemão considerou o evento uma distração em meio à temporada.

Além disso, Neymar, que andava comportado em campo, voltou a discutir com a arbitragem, depois de ter recebido um cartão amarelo (aparentemente injusto) contra o Montpellier, no dia 1º, e, com dores nas costelas, ter desfalcado a equipe no jogo mais recente, nesta terça (4), diante do Nantes.

Há quem diga que é só o Carnaval (ou o aniversário da irmã) se aproximar para que Neymar se machuque ou fique suspenso, para poder viajar ao Brasil no período e farrear.

  • Mbappé ( 135 milhões, do Monaco para o PSG, em 2018) – 21 anos, destro

Considerado aposta certa para ser o melhor do mundo assim que Messi e Cristiano Ronaldo saírem de cena (ou mesmo com os dois ainda em ação), o francês campeão mundial na Copa da Rússia-2018 teve um desentendimento com o técnico Thomas Tuchel.

No 5 a 0 do PSG no Montpellier, o camisa 7 não gostou de ser substituído na metade do segundo tempo, pouco depois de ter marcado um gol, e discutiu com o alemão ao sair do campo, causando má impressão.

Contra o Nantes, atuou a partida inteira, porém não fez gol nem deu assistência.

Mbappé discute com o treinador do PSG, Thomas Tuchel, por não gostar de ter sido substituído (Franck Fife – 1º.fev.2020/AFP)
  • João Félix ( 126 milhões, do Benfica para o Atlético de Madrid, em 2019) – 20 anos, destro

Tido como o sucessor de Cristiano Ronaldo, o atacante português está há sete meses na Espanha e, até agora, bem longe de repetir as atuações que chamaram a atenção do mundo para ele no Benfica.

Foram apenas dois gols em 20 partidas, somando Campeonato Espanhol, Supercopa da Espanha e Copa do Rei. Na Champions League, não está tão mal: dois gols em quatro jogos.

As contusões têm atrapalhado o camisa 7. Ficou um mês fora no ano passado (tornozelo) e está afastado do Atlético novamente desde o fim de janeiro (lesão muscular na coxa).

  • Griezmann ( 120 milhões, do Atlético de Madrid para o Barcelona, em 2019) – 28 anos, canhoto

Megaídolo no Atlético, o francês, como Mbappé campeão mundial em 2018, não tem brilhado como se esperava em Barcelona, ainda mais por ter companheiros da qualidade de Messi e Suárez.

No atual ritmo (7 gols em 21 jogos no Espanhol), o camisa 17 terminará o campeonato com sua pior média de gols desde 2012/2013, quando ainda defendia a Real Sociedad.

Começou na reserva a partida desta quinta (6) na qual o Barcelona foi eliminado pelo Athletic Bilbao (1 a 0) da Copa do Rei.

  • Philippe Coutinho ( 120 milhões, do Liverpool para o Barcelona, em 2018) – 27 anos, destro

A frustração tem acompanhado o brasileiro desde a saída do Liverpool, tanto que especula-se que ele pode retornar ao clube inglês na metade deste ano.

Não deu certo no Barcelona, que o emprestou ao Bayern. No gigante alemão, tem alternado bons jogos com outros nos quais some em campo.

Vestindo a 10 na Alemanha, está há sete partidas sem fazer gol, começou na reserva nas últimas duas na Bundesliga, e o Bayern já avisou que não exercerá a opção de comprá-lo ao fim do empréstimo, em junho.

Philippe Coutinho, emprestado pelo Barcelona ao Bayern de Munique, leva um ‘rapa’ de Latza, do Mainz, em partida da Bundesliga (Ulrich Hufnagel – 1º.fev.2020/Xinhua)
  • Dembélé ( 105 milhões, do Borussia Dortmund para o Barcelona, em 2017) – 22 anos, destro

Mais um jogador campeão na Copa de 2018 com a França (era reserva), mais um negócio recente malsucedido do Barcelona.

Desde sua contratação, somou oito lesões, a mais recente nesta semana, em treino (coxa), que o impediram de jogar com frequência. Além disso, chegou atrasado a vários treinos, arranhando sua imagem.

O camisa 11, que não joga desde o fim de novembro, passará por cirurgia na Finlândia e não tem data para voltar a jogar.

  • Pogba ( 105 milhões, da Juventus para o Manchester United, em 2016) – 26 anos, destro

Outro francês que ergueu a Taça Fifa na Rússia há um ano e meio, o camisa 6 ainda não entrou em campo em 2020.

Depois de participar de somente dois jogos de outubro a dezembro de 2019, passou por cirurgia no tornozelo no começo de janeiro.

Espera-se que possa atuar contra o Chelsea, daqui a dez dias.

  • Hazard ( 100 milhões, do Chelsea para o Real Madrid, em 2017) – 29 anos, destro

O belga, astro no time londrino, ganhou críticas logo ao desembarcar em Madri, pois estava visivelmente acima do peso –ele mesmo reconheceu que tinha engordado 5 kg.

Com uma lesão muscular, ficou um mês fora no começo da temporada. Depois, em novembro, lesão séria no tornozelo. Sua última aparição foi no dia 26 daquele mês. Até aqui, em 13 jogos oficiais (por Espanhol e Champions League), um mísero gol.

Esperava-se que o camisa 7 retornasse nesta quinta (6), nas quartas de final da Copa do Rei, mas não foi relacionado nem para o banco. O Real Madrid foi eliminado pela Real Sociedad ao perder em casa por 4 a 3.

Hazard, do Real Madrid, recebe amparo ao se machucar em novembro, em partida da Liga dos Campeões da Europa contra o PSG (Susana Vera – 26.nov.2019/Reuters)
  • Bale ( 100 milhões, do Tottenham para o Real Madrid, em 2013) – 30 anos, canhoto

O desinteresse do galês pelo Real Madrid parece crescer a cada dia. Criticado por supostamente colocar a seleção de seu país e partidas de golfe como prioridades acima do Real, o camisa 11 fundou recentemente uma organização de eSports (games).

Lesionado constantemente –a mais recente contusão (pé) ocorreu na semana passada– e sem um bom relacionamento com o técnico Zinédine Zidane, Bale tem jogado muito menos do que poderia e deveria.

Nesse contexto, uma hora a paciência do clube com ele deve acabar, apesar de seu empresário assegurar que o atacante, com contrato até 2022, está feliz em Madri e comprometido com a equipe merengue.

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Christine e Cristiano https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/02/01/christine-e-cristiano/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/02/01/christine-e-cristiano/#respond Sat, 01 Feb 2020 05:30:13 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/02/Christine-Sinclair-1-320x213.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=19119 Cristiano será amanhã o que Christine é hoje.

Cristiano não tem parentesco com Christine, não são nascidos na mesma pátria e sempre viveram a milhares de quilômetros de distância um do outro –ele na Europa, ela na América do Norte.

Questões familiares, de nacionalidade e geográficas à parte, é certo que Cristiano será amanhã o que Christine é hoje.

Cristiano é conhecido por todo o mundo que acompanha o mínimo de futebol, e não é de hoje. Christine, não é de hoje, não é conhecida por todo o mundo, mas merecia muito ser.

Questão de merecimento à parte, o que merece ser propagado é que Cristiano será amanhã o que Christine é hoje.

Cristiano o leitor sabe quem é. Português, 34 anos (fará 35 na próxima quarta-feira), eleito cinco vezes o melhor jogador do mundo.

Craque da Juventus, e antes do Real Madrid, e antes do Manchester United.

Mais conhecido como Cristiano Ronaldo. Ou CR7.

E Christine? Canadense, 36 anos (fará 37 em junho), nenhuma vez eleita a melhor jogadora do mundo.

Craque do Portland Thorns (Califórnia), e antes do Western Flash (Nova York), e antes do Gold Pride (Califórnia).

Mais conhecida, apenas, e apenas agora, como a maior artilheira de uma seleção no futebol feminino.

Nesta quarta (29), em Canadá 11 x 0 São Cristóvão e Névis, em Edinburg (Texas), Christine Sinclair fez dois gols, alcançou 185 no total e ultrapassou a norte-americana Abby Wambach (184), já aposentada.

A partida valeu pelo classificatório da Concacaf (América do Norte, Central e Caribe) para a Olimpíada de Tóquio-2020.

Christine chegou ao número consagrante em 290 partidas pelo Canadá, com uma média de 0,63 gol por jogo – e pelo caminho a conquista de dois bronzes olímpicos, em Londres-2012 e no Rio-2016.

E Cristiano? Será, escrevo e reescrevo, amanhã o que Christine é hoje.

O CR7 acumula pela seleção de Portugal 99 gols em 164 partidas. Sua média é de 0,6.

O que significa que, se ele a mantiver, chegará aos 110 gols em 19 jogos.

Considerando a média de partidas que ele fez nos últimos três anos por Portugal (nove), Cristiano ultrapassará o atual recordista, o iraniano Ali Daei (109 gols em 149 jogos), em 2022.

Desconsidere. Levará menos tempo, e morderei minha língua com gosto.

De 2017 a 2019, o CR7 anotou 31 gols em 28 apresentações com a camisa lusa, com média superior a um gol por jogo (1,1).

Nesse ritmo, e sua atual forma indica que ele será mantido, fará 11 gols em dez partidas, algo viável ainda neste ano, a depender do desempenho de Portugal na Eurocopa.

Mas por que morderei a língua? Porque escrevi, em junho de 2016, que Cristiano, então com 60 gols por Portugal, não alcançaria Ali Daei…

Cristiano Ronaldo (com a bola) abraça Diogo Jota depois de marcar o 2º gol de Portugal na vitória por 2 a 0 sobre Luxemburgo, o 99º dele com a camisa da seleção lusitana (John Thys – 17.nov.2019/AFP)

Christine e Cristiano, de nomes parecidos, muito em breve estarão em um patamar não somente parecido, mas exatamente igual.

Cristiano será amanhã o que Christine é hoje: o maior artilheiro, em seu gênero, de uma seleção de futebol.

Leia também: Cristiano Ronaldo chega aos 700 gols; o milésimo é plausível?

Leia também: Como seria se Cristiano Ronaldo não tivesse nascido?

Leia também: Norueguesa se torna a maior goleadora da Champions feminina

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Em tempo 1: Marta, a Rainha Marta, na ativa aos 33 anos, é a maior goleadora da seleção brasileira feminina: 107 gols em 151 jogos (média de 0,71). E Pelé, o Rei Pelé, hoje com 79 anos, é o principal artilheiro da seleção masculina: 77 gols em 91 partidas (média de 0,85).

Em tempo 2: Em números absolutos, Christine Sinclair é, e Cristiano Ronaldo será, o recordista no tema. Na média, não. Entre as mulheres, a italiana Elisabetta Vignotto, que jogou de 1970 a 1989, fez 107 gols em 110 jogos (0,97 de média). Entre os homens, o dinamarquês Paul “Tist” Nielsen (1891-1962), em ação de 1910 a 1925, anotou 52 gols em 38 partidas (média de 1,37).

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