O veloz e hábil atacante, que ocupa geralmente o lado esquerdo do campo, mostrava-se falho tanto na direção como na potência. Ou o chute saía torto, ou fraco, ou os dois.
Isso, contudo, parece enfim estar mudando, e o jogador de 21 anos, tido como uma das grandes promessas do futebol nacional, colhe os frutos.
O camisa 20 do Real Madrid tem, em dois meses de competições (Campeonato Espanhol e Liga dos Campeões da Europa) em 2021/22, mais gols que na temporada passada inteira.
São sete tentos: dois na Champions League e cinco no Espanhol, em um total de 11 partidas. Média de 0,64 gol por jogo. Em 2020/21, Vini Jr., como ele gosta de ser chamado, fez seis gols em 41 partidas. Média de 0,15.
Os dois gols mais recentes saíram nesta terça-feira (19), na goleada por 5 a 0 do Real sobre o Shakhtar Donetsk, na Ucrânia, pela Liga dos Campeões. Um deles, aliás, um golaço, em jogada individual.
⚽️ Vinicius Junior qui claque son doublé pour le Real Madrid face au Shakhtar !! #UCL #SHKRMA pic.twitter.com/Xx5Wa1vdxG
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O ajuste da mira nas conclusões tem sido fundamental para o aumento dos gols de Vini Jr.
Nesta temporada, até agora 45% de suas finalizações são certas, na direção do gol (15 de 33) –dessas 15, quase metade (7) acabou nas redes. Na passada, o percentual foi de 32% (18 de 57), com seis gols. Os dados são da ESPN.
A evolução fica clara quando é feito o cotejo com Benzema, o principal atacante do Real. O francês tem um índice de acerto no gol de 48%, próximo ao registrado pelo brasileiro.
A pontaria de Vini Jr. é superior à do vice-artilheiro do Espanhol, Oyarzabal, da Real Sociedad, que logra êxito de 38% ao tentar o gol, contando também a Liga Europa.
Oyarzabal marcou seis gols no campeonato nacional (dois de pênalti), um a mais que Vini Jr. (nenhum de pênalti). À frente deles, somente Benzema, que balançou as redes nove vezes (uma de pênalti).
Mais comparações, desta vez com figurões, no quesito mira, nesta temporada, considerando as partidas oficiais pelo clube?
O português Cristiano Ronaldo (Manchester United) está com 38%, Messi (PSG), com 33%, e Neymar, colega de time do argentino, com sofríveis 17%.
Em relação a compatriotas que como ele figuraram na mais recente convocação de Tite para a seleção brasileira, Vini Jr. fica atrás de Gabigol (53% de acerto nas conclusões) e supera Gabriel Jesus (42%), Raphinha (30%) e Antony (29%).
Não se sabe se a melhora nesse fundamento se deve a mais treino ou a uma concentração maior na hora do arremate. O que se sabe é que o italiano Carlo Ancelotti, que assumiu o Real no meio do ano, coloca pressão –positiva, segundo o jogador– para que ele acerte.
“O técnico sempre me diz para marcar muito gols e manter a concentração no jogo”, disse Vini Jr., de acordo com o site francês RMC Sport, depois da ótima performance contra o Shakhtar.
“Algumas vezes eu erro e ele diz: ‘Eu vou tirar você do time! Vou sacar você!’. Aí eu me concentro e faço mais gols.”
Leia também: Brasil emplaca 10 jogadores no FC 100; Vinicius Jr. é novidade
Leia também: Vini Jr. e a escolha, sem hesitação, entre Barcelona e Real Madrid
]]>No estádio Santiago Bernabéu, o todo-poderoso time merengue notabilizou-se de forma desmesurada ao perder para o Sheriff Tiraspol, da Moldova, um calouro na fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.
O resultado pode ser considerado a maior zebra dos 66 anos de disputa do principal interclubes europeu, chamado a partir de 1992 de Champions League e que antes era European Cup (Copa Europeia).
Houve outros resultados imprevistos na competição, que é realizada desde 1956? Sim. Mas nenhum da magnitude de Real Madrid 1 x 2 Sheriff.
Feita uma pesquisa, ano a ano, pode-se concluir que as maiores surpresas na Copa Europeia, que confrontava as equipes em jogos eliminatórios de ida e volta, foram:
Todas essas eliminações não eram esperadas, os triunfos dos azarões causaram espanto, porém o único embaraço de primeiríssima linha foi o do Liverpool.
O Real Madrid caiu com derrota fora de casa nas duas vezes, e a Inter perdeu pelo placar mínimo como visitante na ida e empatou o duelo de volta.
1979 Dinamo Tbilisi-Liverpool 3:0 pic.twitter.com/tA2vQHdgGa
— Akaki.Bakradze (@AkakiBakradze) November 13, 2020
Na fase moderna da Liga dos Campeões, coube ao Barcelona, maior rival do Real Madrid, o papel de principal vítima de um azarão. Duas vezes.
Outro resultado inesperado que se tornou famoso data de 2012, quando, nas oitavas de final, o APOEL, do Chipre, em seus domínios, eliminou nos pênaltis o francês Lyon.
7 MARS 2012. Après le 1-0 encaissé à Lyon, l’APOEL devait marquer et gagner au Stade GSP pour espérer une qualification historique en quart de finale de la Ligue des Champions. Retrouvez les deux moments importants de la soirée AVEC les commentaires audio (RTL)! pic.twitter.com/u9CPoRWUFl
— APOEL FC France (@ApoelFrance) March 7, 2019
Dessa lista de desfechos tremendamente improváveis, por que a derrota do Real Madrid para o Sheriff é a maior de todas as zebras, superando Dinamo Tbilisi 3 x 0 Liverpool e Barcelona 1 x 2 Rubin Kazan?
Porque, além de atuar em casa (o Liverpool perdeu fora), o Real é disparado o maior vencedor da Liga dos Campeões da Europa (13 troféus; o Liverpool tem seis, e o Barcelona, cinco), ou seja, é mais que todos “o” time a ser batido.
E porque o Sheriff é de um país, a Moldova (ex-república soviética), que está na periferia da bola (jamais ficou perto de se classificar para Copa do Mundo ou Eurocopa), ocupando a 180ª posição (de 210) no ranking da Fifa –está logo atrás de “potências” como Montserrat, Camboja e Cuba.
Como não bastasse, o gol da vitória do Sheriff (que marcou primeiro, com Yakhshiboev, tendo Benzema, de pênalti, empatado) saiu perto do fim, aos 44 minutos do segundo tempo, em um dos ataques esporádicos do azarão.
E foi marcado por um jogador de um país sem nenhuma expressão no futebol. O volante Sébastien Thill, que ganhou fama repentina ao acertar de canhota o ângulo do goleiro Courtois, é nascido em Luxemburgo.
GOOOL SEBASTIEN THILL ⚽️
Real Madrid 1 2 FC Sheriff #UCL #ChampionsLeague pic.twitter.com/qLh41ashvA
— Kabir (@Journalistkabir) September 28, 2021
Thill, assim como o goleiro grego Athanasiadis, que fez dez defesas na partida, calaram o Santiago Bernabéu e astros do Real Madrid como Modric, Kroos e Vinicius Júnior, além do vitorioso treinador Carlo Ancelotti.
Em silêncio, 24,5 mil torcedores (30% da capacidade do estádio, devido às restrições da pandemia de Covid) presenciaram a zebra zurrar alto como jamais se ouviu na Liga dos Campeões da Europa.
Em tempo: Sete brasileiros participaram do histórico jogo em Madri. Pelo Real, os selecionáveis Éder Militão, Casemiro, Vini Jr. e Rodrygo. Pelo Sheriff, Cristiano (que fez o cruzamento no primeiro gol), Fernando Costanza (ex-Botafogo) e Bruno Souza.
]]>Boa a ponto de ter sido convocado para a seleção brasileira que jogará pelas eliminatórias da Copa de 2022 neste mês (contra Venezuela e Uruguai), decorrência de estar sendo utilizado com frequência no time titular do Real Madrid e ter feito apresentações convincentes.
O Real Madrid que ele escolheu selecionar como seu clube para atuar na Europa, desprezando naquele momento a opção pelo arquirrival Barcelona, que ele também tinha e no qual jogava à época seu ídolo no futebol, Neymar.
Com pinta de astro, apesar de ainda não o ser, o atacante de 20 anos, que agora quer ser chamado de Vini Jr. –e o novo nome já “pegou”–, relembrou o episódio, marcante em sua vida, no terceiro capítulo da série “Vini for Real” (intitulado “A escolha”), que ele veicula em seu Instagram.
O título tem duplo significado. Pode ser tanto “Vini para valer” como “Vini para o Real” –Real de Real Madrid.
“A gente teve que decidir em pouco tempo”, afirmou Vinicius Júnior, relembrando que seus pais viajaram à Espanha, primeiro a Barcelona e depois a Madri, no começo de 2017, quando ele tinha acabado de disputar o Sul-Americano sub-17 pela seleção brasileira.
Nessa competição, no Chile, o Brasil conquistou o título, e Vinicius Júnior foi o artilheiro, com sete gols, e também eleito o melhor jogador.
“O Fred me liga e fala ‘ó, você tem que falar com o Vini, chegou a hora e ele tem que tomar uma decisão’”, conta Lucas Mineiro, um dos agentes do jogador. Fred é Frederico Pena, outro representante do atleta.
“Ele [Vinicius Júnior] me manda uma mensagem”, prossegue Mineiro, “e ela é curta e grossa, bem clara: ‘Vamos pro maior do mundo, o Real’.”
A opção gerou descrença em alguns dos amigos, caso de Menegate. “O Barcelona, cara, tem que ir pro Barcelona”, aconselhou o “parça”, que ouviu como retruque: “O Real é ‘o’ time”.
Vini Jr. detalhou sua escolha, que não pareceu ser difícil: “É o maior time do mundo, tem mais títulos que todo o mundo, sempre acompanhei o Real Madrid”.
De acordo com Vinicius pai, o filho era torcedor do maior vencedor da Champions League (tem 13 troféus) e do Campeonato Espanhol (34 títulos), o que influenciou na decisão.
No episódio no Instagram, Vini Jr. relata que quando criança via Ronaldo Nazário (campeão nas Copas do Mundo de 1994 e 2002) atuar pelo Real, e que o artilheiro o encantou com seus gols e o fez passar a acompanhar todas as partidas da equipe merengue.
O camisa 20 do Real, que afirma assistir a vídeos com os gols do Fenômeno, diz que o que mais o impressiona nele são as arrancadas (“tinha uma força incrível”) e os gols.
De Ronaldo, ele pode dizer que já possui as arrancadas: é bastante veloz e tem controle de bola muito bom quando corre com ela.
Faltam, porém, os gols.
A finalização é certamente sua maior deficiência, e para se tornar um jogador de primeiríssima linha, estar entre os melhores desta década, Vini Jr. precisa se capacitar mais, e logo, nesse fundamento.
]]>“Não percebi que meu melhor amigo era a garrafa de vodca”, disse o ex-meia, segundo a revista holandesa Voetbal International, em sua autobiografia, que será lançada em breve.
No livro, Sneijder, que tinha um raro talento com a bola nos pés, conta que sucumbiu aos prazeres na noite da capital espanhola, o que lhe rendeu bebedeiras constantes e custou-lhe o casamento com sua primeira esposa, Ramona Streekstra.
“Acabei sugado por aquilo. Eu era jovem [23 anos], bem-sucedido e recebia todas as atenções de uma estrela do Real Madrid. Não consumia drogas, mas me embriagava e tinha uma vida no estilo rock’n’roll.”
“Tudo que eu fazia era acobertado [pelo clube], mesmo quando eu ficava totalmente bêbado, cambaleando pelas ruas e gastando milhares de euros em drinques em qualquer lugar.”
O jogador, que defendeu o Real Madrid de 2007 a 2009, tinha como principal companheiro nas baladas madrilenhas o volante Guti.
Foram 11 gols em 66 partidas e o título do Campeonato Espanhol em 2008, na primeira das duas temporadas na equipe merengue, que contava com nomes como Raúl, Cannavaro, Robben, Van Nistelrooy e os brasileiros Marcelo e Robinho.
Na Copa de 2010, quando já defendia a Inter de Milão, Sneijder fez os gols da vitória de virada (2 a 1) da Holanda que eliminou a seleção brasileira comandada por Dunga nas quartas de final.
No primeiro, apesar de a bola ter claramente desviado em Felipe Melo depois de um chute-cruzamento do camisa 10, a Fifa traz na súmula gol para o meia. No segundo, cabeceou, com seu 1,70 m, livre na pequena área, para as redes de Júlio César após escanteio.
Sneijder foi um dos destaques do Mundial da África do Sul. Seus cinco gols o fizeram coartilheiro da competição (ao lado do espanhol Villa, do uruguaio Forlán e do alemão Müller) e o elegeram o segundo melhor jogador da Copa, atrás de Forlán.
Na final, no entanto, ele não brilhou, e a Holanda perdeu de 1 a 0 para a Espanha, na prorrogação, gol de Iniesta.
Depois da Inter, Sneijder, que é cria do Ajax, atuou por Galatasaray (Turquia), Nice (França) e Al-Gharafa (Qatar) antes de se aposentar, na metade do ano passado.
]]>Em troca de uma bela injeção de dinheiro, a RFEF (Real Federação Espanhola de Futebol) fechou contrato com a Arábia Saudita por três anos para que a competição seja realizada no país do Oriente Médio.
A saída de solo espanhol – que não é uma novidade, pois já tinha ocorrido em 2018, com a decisão em jogo único em Marrocos – veio acompanhada de um inchaço: quatro clubes na disputa do troféu, e não mais dois, que eram os vencedores do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei.
E acompanhada igualmente de polêmica, já que a Arábia Saudita é censurada por entidades de direitos humanos devido à política do país em relação ao tema.
O regime saudita, liderado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, é acusado de repressão ferrenha a ativistas pacíficos (com condenações a longas penas de prisão), de alimentar a guerra no Iêmen (com bombardeios que têm matado civis), de discriminar sistematicamente as mulheres e de ser um dos líderes mundiais na prática da pena de morte, entre outras crueldades.
Em outubro de 2018, o jornalista Jamal Khashoggi, de 59 anos, foi morto dentro do consulado da Arábia Saudita em Istambul (Turquia), em caso que causou grande repercussão no planeta. Ele seria opositor ao governo de Bin Salman.
A Anistia Internacional liderou as críticas à decisão da RFEF de dar cartaz ao governo saudita – que tentaria amenizar, por meio de destacados eventos esportivos (no futebol, no boxe, no golfe e no turfe), a imagem de violadora de direitos humanos – e cobrou de astros como Messi uma atitude.
“Se um jogador como Messi disser, por exemplo, algo sobre a ultrajante prisão de Loujain al-Hathloul, mulher saudita ativista dos direitos humanos, seria um lembrete importante às autoridades do país de que a terrível repressão não está passando despercebida”, afirmou Felix Jakens, representante britânico da Anistia.
Contudo a chance de o craque argentino, ou qualquer outro jogador do Barcelona, do Real Madrid, do Atlético de Madrid ou do Valencia se pronunciarem é irrisória. Certamente eles estão instruídos a falar o mínimo possível, e apenas sobre futebol.
A questão financeira prevalece, conforme frisou o técnico do Barça, Ernesto Valverde, que fugiu do script e deu uma cutucada na opção da RFEF por realizar a competição fora da Espanha.
“Temos que manter na cabeça que o futebol é hoje uma indústria que está sempre buscando novos meios de arrecadação. É assim que é”, afirmou em entrevista na véspera de Barcelona x Atlético, que será nesta quinta (9) em Jiddah, a cidade-sede da Supercopa.
“É estranho para mim ter quatro times [na disputa]”, prosseguiu o treinador. “Se eu pudesse escolher, preferiria o formato anterior.”
Quem também se posicionou do lado dos opositores foi o presidente da Liga de Futebol Profissional, que organiza a primeira e a segunda divisão na Espanha.
Javier Tebas afirmou que há muito tempo uma TV pirata saudita transmite sem autorização a programação de futebol de uma emissora que tem contrato com a Liga. “Não é o melhor momento para jogar na Arábia Saudita. É um país que pirateia o futebol europeu.”
A RFEF dá de ombros para as críticas e tem certeza de ter tomado a decisão certa.
Luis Rubiales, que preside a federação, argumenta que o dinheiro recebido dará um impulso adequado a quem precisa na Espanha.
“É lógico que dinheiro é importante, quem pode negar? É muito importante e irá para onde ele é necessário: para o futebol feminino e para os clubes da segunda e da terceira divisão.”
A RFEF destacou também o acordo com o governo saudita para que as mulheres tivessem livre acesso às partidas da Supercopa.
“As mulheres poderão entrar nesses eventos”, disse Mansour bin Khalid, embaixador da Arábia Saudita na Espanha, ao jornal Marca. “Há uma falsa ideia sobre nós. Não há limitação para as mulheres no nosso país.”
Para levar a Supercopa espanhola neste e nos dois próximos anos à Arábia Saudita, a RFEF receberá € 120 milhões (R$ 542 milhões).
Barcelona e Real Madrid asseguraram pela participação € 6 milhões (R$ 27 milhões) cada um, e Atlético e Valencia, a metade.
Os dois times que chegarem à final de domingo (12) receberão um extra de € 1 milhão cada um. O Real já assegurou o montante, pois na primeira semifinal, nesta quarta (8), diante de um público de mais de 40 mil pessoas no estádio King Abdullah, derrotou o Valencia por 3 a 1.
]]>Depois de o País de Gales obter a vaga na Eurocopa de 2020 ao superar a Hungria por 2 a 0 em Cardiff, nesta terça (19), o atacante festejou com os companheiros, feliz da vida, segurando uma bandeira com os dizeres: “Gales. Golfe. Madri. Nessa ordem”.
Torcedores galeses elaboraram essa bandeira em alusão à suposta preferência maior do ídolo pela seleção de seu país e pelo golfe – passatempo predileto de Bale – do que pelo gigante madrilenho.
Antes de a bandeira aparecer, surgiu o cântico dos torcedores (“Gales, golfe, Madri”), entoado depois de outra vitória por 2 a 0, diante do Azerbaijão, em Baku, no sábado (16).
Os fãs criaram essa sequência com base em uma declaração feita no fim do mês passado por Predrag “Pedja” Mijatovic, atacante (bom) do Real na metade final do século 20.
“Ele [Bale] pensa primeiro na seleção de Gales, depois no golfe e depois no Real Madrid. É o que ele deixa transparecer. Nunca se sabe se pode contar com ele, se está ou não motivado, se está ou não lesionado. Mas verão como ele estará bom quando os jogos pela seleção se aproximarem”, afirmou o montenegrino, que é comentarista da rádio espanhola Cadena Ser.
Herói do título do Real contra o Liverpool na Champions League do ano passado, quando entrou no decorrer da final e fez dois gols, um deles de bicicleta, Bale, hoje com 30 anos, tem convivido com contusões frequentes desde sua chegada ao time, no meio de 2013.
Para tirá-lo do Tottenham, o clube espanhol desembolsou € 100 milhões (R$ 464 milhões pelo câmbio atual), à época o mais alto valor investido em um futebolista.
Desde então, teve nada menos que 24 lesões, ou uma a cada três meses, em média. Assim, engrenar séries de partidas pela equipe foi algo pouco visto.
Ao comentar antes do jogo contra os húngaros a respeito da musiquinha da torcida, um sorridente Bale, que já declarara sua predileção por atuar pelo País de Gales (“são meus amigos, falam a minha língua”), disse que a tinha escutado e a considerado “bem divertida”.
A mídia britânica divertiu-se com essa afirmação… porém a espanhola grunhiu.
This from Gareth Bale is the greatest thing I’ve ever seen pic.twitter.com/NS1nzs01X5
— Sean (@SeanWalkerSport) November 19, 2019
Ao dançar festivamente com a bandeira que posiciona o Real Madrid como sua terceira prioridade, Bale brincou com fogo.
Se seus extintores, ou os de seus representantes, não estiverem muito bem carregados nos próximos dias, não é improvável que Florentino Pérez, o presidente do Real, ceda à pressão de enraivecidos fãs merengues, e de uma ou duas dezenas de dirigentes/conselheiros irritados, e decida pela dispensa do galês.
Pois, por mais que tenha sido uma brincadeira (será?, pois às vezes Bale passa mesmo a impressão de gostar mais de jogar golfe do que de atuar pelo Real), essa teve um tom claríssimo de pilhéria.
E, em se tratando de paixão clubística, com certas coisas não se brinca.
Em tempo 1: A próxima janela europeia de negociações está perto (janeiro), e ventila-se a possibilidade de haver um acerto entre Real Madrid e Manchester United, com o retorno de Bale para a Inglaterra e a ida do francês Paul Pogba, campeão mundial com a França em 2018, para a Espanha.
Em tempo 2: Junto com o País de Galês há outras 19 nações já classificadas para a Eurocopa de 2020, que será realizada em junho e julho próximos. São elas: Alemanha, Espanha, França, Itália, Inglaterra, Portugal, Holanda, Bélgica, Croácia, Rússia, Polônia, Suécia, Suíça, Ucrânia, Turquia, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia e Áustria. Faltam ainda quatro vagas, a serem disputadas em quatro playoffs, por 16 seleções, no final de março.
]]>O motivo é o clima de alta tensão vivido em Barcelona desde o início desta semana.
Partidários da independência da Catalunha têm ido às ruas para se manifestar depois que a Suprema Corte da Espanha condenou a 13 anos de prisão nove líderes do movimento separatista.
Esse cenário fez com que a Liga Espanhola, organizadora do Campeonato Espanhol, solicitasse à Federação Espanhola (RFEF) a mudança do local da partida conhecida como El Clásico.
Pela proposta, haveria uma alteração na tabela, de forma que o duelo do dia 26 deste mês, um sábado, fosse realizado no estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabéu, e o pelo segundo turno, que seria na capital espanhola no dia 29 de fevereiro, no Camp Nou.
O governo espanhol deu apoio à medida, conforme publicou o jornal madrilenho Marca, citando questões de segurança.
Há um protesto agendado para o dia do clássico e, como este está marcado para começar às 13 horas locais (8 horas de Brasília), a delegação do Real teria de chegar na véspera e pernoitar em Barcelona.
A direção do Barcelona, entretanto, mostrou-se contrária à ideia dos mandos invertidos e insistiu na manutenção da tabela original, posicionando-se também contra a detenção dos líderes separatistas.
“A prisão não é solução. A resolução do conflito que vive a Catalunha passa exclusivamente pelo diálogo político”, escreveu o clube em comunicado.
Por seu lado, o treinador do Barça, Ernesto Valverde, reforçou que ele e os atletas rechaçam a hipótese de atuar em Madri e disse acreditar que “o jogo transcorrerá [em Barcelona] sem nenhum incidente”.
Isso tudo, ressalte-se, foi antes das cenas de violência e corre-corre desta quinta (17), quando o ato resultou em áspero confronto entre manifestantes e policiais. Imagens mostram barricadas, focos de incêndio e vandalismo nas ruas da capital da Catalunha.
Sem a anuência do Barcelona à sugestão da Liga, a RFEF decidiu propor – o que na prática será uma imposição – uma nova data para a realização do clássico do dia 26.
Em um calendário apertado, entretanto, não será fácil esse reagendamento.
A federação sugeriu 18 de dezembro, uma quarta-feira, o que tiraria a partida do fim de semana e reduziria seus holofotes, prejudicando a cobertura da mídia e as ações de patrocinadores.
Além disso, essa data está reservada para confrontos da Copa do Rei.
A Liga prefere 7 de dezembro, um sábado. Nesse caso, há dois problemas.
O primeiro: tanto Barcelona como Real Madrid têm compromissos nesse dia, respectivamente contra Mallorca e Espanyol – essas partidas precisariam ser reagendadas.
O segundo: na semana seguinte os times, o Barça na terça-feira (10) e o Real na quarta (11), jogam na Liga dos Campeões da Europa (Champions League), e esses jogos podem definir o futuro de ambos no principal interclubes europeu, o que os estimularia a poupar os principais jogadores na partida anterior pelo Espanhol.
A situação, percebe-se, não é simples de ser contornada.
Deve, porém, ser definida com celeridade, já que segunda-feira é o prazo máximo estabelecido pela RFEF para encerrar o assunto, agradando a todos – certamente não ocorrerá – ou não.
Em tempo: Na manhã desta sexta (18), o Barcelona defendeu 18 de dezembro como nova data para realizar o clássico no Camp Nou. De acordo com o jornal El País, o Real Madrid concorda.
]]>Anunciada na noite de gala da Fifa, na qual a entidade máxima da bola promove o prêmio The Best, a equipe de 11 jogadores é composta por um goleiro, quatro defensores, três meio-campistas e três atacantes.
De acordo com a FIFPro (Federação Internacional das Associações de Jogadores Profissionais), organizadora dessa eleição desde 2005 – a partir de 2009 em conjunto com a Fifa –, 65 mil futebolistas espalhados por mais de 70 países receberam cédulas para eleger o seu time ideal da temporada 2018/2019.
A escolha de Alisson, que faturou também o troféu da Fifa de melhor goleiro, era mais do que esperada.
Goleiro menos vazado do Campeonato Inglês, campeão da Champions League (com grande atuação na final), campeão da Copa América com a seleção brasileira, superou o compatriota Ederson (Manchester City), o eslovaco Oblak (Atlético de Madri), o alemão Ter Stegen (Barcelona) e o espanhol De Gea (Manchester United), os outros mais votados.
A de Marcelo, entretanto, surpreendeu. Mostra, a meu ver, que ele só ocupou um lugar na seleção de 2019 devido ao nome que tem, ao currículo acumulado ao longo da carreira.
Ganhou votos pela figura que os colegas de profissão formaram dele ao longo dos anos (campeão europeu e mundial com o Real em 2014, 2016, 2017 e 2018) e não pelo que jogou de agosto de 2018 a julho de 2019.
A temporada, encerrada com as disputas da Copa América e da Copa Africana de Nações, foi a pior do excelente lateral, um dos melhores da história.
Marcelo, hoje com 31 anos, deixou de ser convocado por Tite para a seleção brasileira depois da Copa do Mundo da Rússia – o treinador tem dado preferência a Alex Sandro, Filipe Luís e também chamado novatos.
Pior: chegou a amargar algo impensável, a reserva no Real Madrid, na gestão do técnico argentino Santiago Solari, que optou pelo irregular Reguilón, quase dez anos mais novo, de novembro a março.
Marcelo é melhor que todos os mencionados, mas na eleição da Fifa/FIFPro não merecia de jeito nenhum ter sido um dos quatro defensores mais votados.
Ficou injustamente à frente de concorrentes que tiveram ótimos desempenhos na temporada.
Estão entre os laterais que receberam menos votos que Marcelo: Daniel Alves (então no Paris Saint-Germain), que arrebentou na Copa América; Alexander-Arnold e Robertson, ambos do campeão europeu Liverpool; Kimmich, do campeão alemão Bayern; Jordi Alba, do campeão espanhol Barcelona; e Walker, do campeão inglês Manchester City.
Também ao menos dois zagueiros (o francês Laporte, do Man City, e Thiago Silva, do PSG) que não entraram na seleção jogaram em 2018/2019 muito mais que Marcelo.
Eis o time deste ano da Fifa/FIFPro: Alisson; Sergio Ramos (Espanha/Real Madrid), De Ligt (Holanda/Ajax, hoje na Juventus), Van Dijk (Holanda/Liverpool) e Marcelo; De Jong (Holanda/Ajax, hoje no Barcelona), Modric (Croácia/Real Madrid) e Hazard (Bélgica/Chelsea, hoje no Real Madrid); Mbappé (França/PSG), Cristiano Ronaldo (Portugal/Juventus) e Messi (Argentina/Barcelona).
Além de Marcelo, ganharam “com o nome”, na minha opinião, Sergio Ramos (Laporte merecia) e Modric (Casemiro ou o sérvio Tadic mereciam).
No ataque, as escolhas de Mbappé e de Cristiano Ronaldo não são questionáveis, porém eles poderiam facilmente dar lugar a Salah, Mané (ambos do Liverpool) ou a Sterling (Man City).
Com Alisson e Marcelo entre os 11, o Brasil se mantém presente na seleção do ano da FIFPro desde a primeira eleição, em 2005.
Essas 31 aparições não são suficientes para fazer do Brasil o país recordista de assiduidade.
A Espanha, com 43, está à frente, graças principalmente às constantes presenças de Sergio Ramos (dez vezes), Iniesta (nove), Xavi (seis), Casillas (cinco) e Piqué (quatro).
Sem exceção, cada um dos escolhidos a cada ano – foram 165 ao todo – atuou por uma equipe europeia. Barcelona, 49 vezes, e Real Madrid, 46, são disparados os clubes com mais eleitos.
Individualmente, ocupam o pódio Cristiano Ronaldo e Messi (empatados, 13 seleções do ano cada um), Sergio Ramos (presente em dez seleções) e Iniesta (eleito para nove seleções).
]]>De acordo com o instituto, um de cada cinco brasileiros torce pelo rubro-negro carioca.
Feita a constatação da preferência pelo Flamengo (que não é nenhuma surpresa, diga-se), seria interessante saber em que posição ele se situa mundialmente, assim como outros clubes do Brasil, na comparação com equipes do resto do planeta.
Isso não é possível, pois não existe – se existe eu desconheço – uma pesquisa que aborde globalmente, por meio de entrevistas, a predileção clubística das pessoas.
Dá para saber, porém, quais times contam com mais simpatizantes tomando como base seus seguidores em redes sociais, e desse modo verificar em que posição o Flamengo e outros times brasileiros se encontram na comparação com equipes estrangeiras.
Os dados que apresento se baseiam no Global Digital Football Benchmark, levantamento realizado pela agência alemã RESULT Sports, de comunicação, marketing e eventos.
A empresa atua desde 2010 com monitoramento digital e tem como clientes o Barcelona, a Juventus e o Borussia Dortmund, entre outros.
Em seu relatório divulgado em janeiro deste ano – o mais recente disponível –, o clube que possui mais apoiadores é o Real Madrid.
Disparado o maior vencedor da Liga dos Campeões da Europa (13 vezes) e do Campeonato Espanhol (33 vezes), o time merengue conta com 242,98 milhões de seguidores nas redes sociais.
A pesquisa engloba Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e Sina Wiebo, além de outras dez plataformas, entre as quais SoundCloud, Flickr, Dailymotion, Pinterest, Foursquare e Periscope.
Não muito longe do Real Madrid na popularidade da comunidade digital aparece seu principal adversário, o Barcelona, com 240,01 milhões.
A distância de ambos, talvez donos da maior rivalidade entre clubes de futebol no mundo, para os demais é gigantesca.
Manchester United (137,05 milhões), Chelsea (90,10 milhões), Bayern de Munique (79,22 milhões), Arsenal (76,21 milhões), Manchester City (72,33 milhões), Juventus (69,48 milhões), Liverpool (67,11 milhões) e Paris Saint-Germain (66,75 milhões) completam o top 10.
O time brasileiro que tem mais seguidores não é o Flamengo, e sim o Corinthians, por uma margem considerada pequena, de 180 mil pessoas.
São 21,90 milhões de simpatizantes corintianos (que está em 15º no ranking, atrás também de Milan, Borussia Dortmund, Galatasaray e Atlético de Madri), que é o primeiro não europeu relacionado, e 21,72 milhões flamenguistas (16º colocado).
No top 50 figuram mais oito clubes do país, a saber: São Paulo em 26º (13,78 milhões de seguidores), Palmeiras em 33º (10,05 milhões), Santos em 36º (8,69 milhões), Grêmio em 37º (7,81 milhões), Cruzeiro em 40º (6,62 milhões), Vasco em 42º (6,28 milhões), Atlético-MG em 46º (6,05 milhões) e Chapecoense em 50º (5,84 milhões).
A equipe catarinense, que no Brasil não tem a tradição nem as conquistas de outros grandes clubes – Internacional, Fluminense e Botafogo, por exemplo –, tornou-se popular nacional e mundialmente devido ao acidente aéreo com a delegação da equipe, em novembro de 2016, que matou 71 pessoas.
Em relação ao estudo anterior, de julho de 2018, a mudança no top 10 é protagonizada pela Juventus, que subiu da 10ª para a 8ª posição (passando Liverpool e PSG), devido ao efeito Cristiano Ronaldo, contratado pelo clube italiano na metade do ano passado.
Corinthians e Flamengo se mantiveram nos mesmos lugares, tendo ganhado, respectivamente, 537.375 e 675.481 seguidores nas redes sociais.
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Em tempo: O Global Digital Football Benchmark traz também os futebolistas que mais seguidores têm nas principais redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter). E o vencedor da pesquisa de abril deste ano é ele: o português Cristiano Ronaldo, com uma comunidade digital de 363 milhões. Neymar (217 milhões), Messi (205 milhões), o colombiano James Rodríguez (91 milhões) e o galês Bale (86 milhões) completam o top 5.
]]>Dito e feito.
O desejo do atacante de 27 anos de deixar o Paris Saint-Germain evidenciou-se, porém as semanas foram se passando e nada de haver uma definição relacionada a uma transferência.
O PSG pagou muito alto por Neymar (€ 222 milhões) na metade de 2017, até hoje o valor recorde de uma transferência no futebol. E por isso exige que os interessados também paguem alto por ele.
Não sendo possível chegar a esse valor, e está claro que não será, o novo clube de Neymar terá de oferecer pé de obra de qualidade como contrapartida.
Novo clube? Talvez não. Poderia ser um velho clube. O Santos? Não. O Barcelona? Sim.
Neymar tem preferência pela Espanha, e o Barça, que contou com o brasileiro de 2013 a 2017, apareceu como o principal candidato a contratá-lo.
Muito publicou-se a respeito desse retorno na mídia especializada, inclusive que a equipe da Catalunha incluiu Philippe Coutinho como parte da oferta feita ao PSG.
Não rolou, e no fim da semana passada o Barça negociou Coutinho com o Bayern de Munique. Ficará lá um ano, por empréstimo.
Sem poder pagar o que deseja o PSG, e agora sem ter um de seus principais ativos para envolver em uma negociação, o Barcelona parece a cada dia mais longe de Neymar.
Restaria como opção na Espanha o outro gigante do país, o Real Madrid.
Que quer se livrar de um de seus astros, o atacante galês Gareth Bale – em constante desentendimento com o treinador Zinédine Zidane –, opção que poderia interessar ao clube francês.
Outro jogador de primeiríssima linha que pode ser mal aproveitado no Real é James Rodríguez. O meia, um dos destaques da Copa de 2014, no Brasil, regressou de empréstimo ao Bayern e está na reserva.
Bale (30 anos) e James (28) valeriam, juntos, por volta de € 110 milhões. Se o Real Madrid colocar mais uns € 60 milhões em dinheiro, é razoável que o PSG aceite.
Teria prejuízo de uns € 50 milhões, considerando-se o que pagou ao Barcelona há dois anos, mas se livraria de um jogador insatisfeito e teria dois craques no elenco, que reforçariam um setor ofensivo que já conta com os medalhões Cavani, Mbappé e Di María.
Neymar, por seu lado, anseia por novos ares.
Paris, que se apresentou convidativa e promissora, tornou-se neste ano hostil e indesejada – o camisa 10 tem e não tem responsabilidade nisso.
Neymar cometeu atos de indisciplina – agrediu um torcedor no estádio e fez críticas à arbitragem que renderam suspensão – que deixaram enraivecida a direção do PSG, que também torce o nariz para o lado festeiro do atleta.
Para piorar o ambiente, não se apresentou na data prevista pelo clube para a retomada dos treinamentos para a temporada 2019/2020.
Na vida pessoal, um encontro na capital francesa com uma modelo brasileira, combinado por rede social, rendeu-lhe uma acusação de estupro – que não avançou, mas provocou-lhe desgaste emocional e na imagem.
Antes desses episódios, a segunda lesão no quinto metatarso do pé no período de um ano afastou-o de jogos decisivos da Liga dos Campeões da Europa, repetindo o enredo de 2018.
Nos casos de contusão, não há como culpar Neymar, mas o PSG frustrou-se por não contar com sua superestrela, contratado com a missão de conduzir a equipe a um inédito título da Champions League.
Assim, o clima não está nada bom para ele em Paris, e o Real Madrid seria uma dádiva.
Porém há um fator extra a se considerar. O fator Neymar.
Que, de acordo com o programa Jugones, da TV espanhola, exige um contrato de cinco anos e salário mensal de € 2,9 milhões (R$ 13,5 milhões), semelhante ao que ganha no PSG, uma pedida além do que o Real Madrid pretende oferecer.
Caso essas informações sejam verdadeiras, Neymar precisa repensar, se quiser mesmo deixar Paris.
Pois a realidade é que neste momento ele está desvalorizado. Não perdeu a fama de cai-cai, incluiu na biografia algumas páginas policiais e esportivamente está em baixa.
Neste ano, devido à grave lesão no pé e a outra, no tornozelo, pouco antes da Copa América, ele esteve em campo em somente dez partidas (perto de uma por mês), a última no dia 5 de junho.
Ressalte-se que nelas marcou sete gols, o que mostra que, quando está bem, Neymar é muito valioso.
A dúvida que fica é se ele não se tornou um jogador pouco confiável do ponto de vista clínico, um “podrinho”. Seu pé direito é o problema.
Além da ruptura do ligamento do tornozelo há menos de três meses – não jogou ainda depois disso, só treinou –, o seu dedinho não deixa ninguém tranquilo.
Eric Rolland, ex-diretor médico do PSG, declarou ao jornal Le Parisien o seguinte: “O pé do Neymar é muito magro, e o risco de ocorrer uma recaída no quinto metatarso é muito provável”.
Opiniões médicas não favoráveis, se não são suficientes para fazer um comprador desistir da investida, o deixam no mínimo receoso, com a pulga atrás da orelha.
Neymar, de quebra, ainda perdeu a aura de insubstituível na seleção de Tite, já que o Brasil foi campeão da Copa América sem ele.
Assim, com um ano conturbado e negativo até agora, Neymar, caso tenha autocrítica e bom senso, deve reduzir suas demandas.
Do contrário, perderá a oportunidade de tentar brilhar em um dos principais clubes do planeta e terá de prosseguir na França, a contragosto.
Em tempo 1: A novela protagonizada por Neymar tem data para terminar: 2 de setembro. Nesse dia será fechada a atual janela de negociações na França e na Espanha. Depois, só em janeiro.
Em tempo 2: O PSG joga neste domingo (25) em casa contra o Toulouse, pelo Campeonato Francês. Teoricamente, Neymar tem condição de ir a campo. Mas não deve ser escalado, a fim de que seja poupado dos apupos dos torcedores do próprio time – parte deles estão fartos do comportamento do brasileiro.
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