O Mundo é uma Bola https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br Thu, 13 Jan 2022 14:51:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Garrafas de cerveja e refrigerante roubam a cena na Eurocopa https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/18/garrafas-de-cerveja-e-refrigerante-roubam-a-cena-na-eurocopa/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/18/garrafas-de-cerveja-e-refrigerante-roubam-a-cena-na-eurocopa/#respond Fri, 18 Jun 2021 06:33:35 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Yarmolenko-2-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21617 Cristiano Ronaldo deu o chamado “start”.

Em entrevista coletiva na segunda-feira (14), véspera da estreia de Portugal na Eurocopa, contra a Hungria, antes de se sentar na sala montada pela Uefa em Budapeste, ele retirou as duas garrafas de Coca-Cola que estavam à sua frente e colocou-as distantes.

Depois, pegou uma garrafa de água, exibiu-a aos presentes e falou, em bom português: “Água”.

Que eu saiba, o CR7 não tocou no assunto depois, e a conclusão que tive é a que ele quis passar a mensagem de que beber água é saudável, ao contrário de tomar refrigerante.

As garrafas de Coca-Cola não estavam próximas ao craque luso por acaso.

A empresa é uma das patrocinadoras da competição, e o produto está ali justamente para aparecer nas câmeras quando um jogador for se pronunciar.

O gesto do capitão português resultou, de acordo com o noticiado, em rápida desvalorização da Coca-Cola, com uma queda de US$ 4 bilhões (R$ 20 bilhões) em seu valor de mercado.

Essa cifra corresponde ao valor do inglês Manchester City, o sexto clube mais valioso do mundo, de acordo com a revista Forbes.

A companhia norte-americana minimizou o ocorrido, afirmando em comunicado que “todos têm direito a suas preferências de bebida”.

O interessante, e inesperado, é que o ato de Cristiano Ronaldo resultou em uma espécie de efeito cascata, com mais dois jogadores agindo de forma similar à dele.

O volante Paul Pogba, um dos principais jogadores da França, que é a atual campeão mundial e vice-campeã da Euro, na entrevista após a vitória por 1 a 0 sobre a Alemanha, retirou da mesa uma garrafa da cerveja Heineken, outra patrocinadora da Euro.

Isso ocorreu na terça. Na quarta (16), ao se apresentar para falar depois do triunfo da Itália contra a Suíça (3 a 0), o nome do jogo, o volante Manuel Locatelli, autor de dois gols, teve como alvos os mesmos do CR7.

Antes de se sentar para atender aos repórteres, colocou diante de si uma garrafa de água e afastou de perto as duas garrafas de Coca-Cola.

A partir daí, nas entrevistas, as garrafas dos patrocinadores tornaram-se tão protagonistas quanto os jogadores e treinadores.

Teve gente que se opôs à atitude dos colegas de profissão que não quiseram relacionar a imagem a refrigerante ou cerveja.

Caso de Harry Kane, principal atacante da Inglaterra. “Se os patrocinadores pagaram, têm o direito de ter o retorno desejado.” O técnico do English Team, Gareth Southgate, afirmou que “o impacto do dinheiro dos patrocinadores ajuda o esporte a funcionar”.

E teve gente que levou a questão de forma bem-humorada, casos do treinador da Bélgica, o espanhol Roberto Martínez, e do atacante Andriy Yarmolenko, da Ucrânia.

Ambos tocaram no assunto ao encerrar suas respetivas entrevistas, depois de os belgas superarem a Dinamarca (2 a 1) e de os ucranianos passarem pela Macedônia do Norte (também 2 a 1).

“Os Red Devils amam Coca-Cola”, declarou Martínez, ao mesmo tempo em que tocava na garrafa do refrigerante.

Os belgas são chamados de Red Devils (Diabos Vermelhos) devido à cor da camisa principal da seleção, que é escarlate.

Yarmolenko foi além e, esperto, tentou capitalizar. Aproveitou a deixa para convidar as marcas a patrociná-lo.

Aproximou de si as garrafas de Coca-Cola e disse, sorrindo: “Eu bebo Coca-Cola. Eu bebo Heineken. Façam contato comigo”.

À luz dos acontecimentos, a Uefa, organizadora da Euro, reforçou às seleções participantes (são 24) que elas têm obrigações contratuais com os patrocinadores do torneio.

A entidade ressaltou que não pretende punir nenhum atleta, ficando a medida a cargo das federações nacionais.

No entanto, caso comportamentos como o de Cristiano Ronaldo se tornem repetitivos, não descartou ter de agir, com a aplicação de multas aos infratores.

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Cristiano Ronaldo joga por recordes na Eurocopa; saiba quais https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/15/cristiano-ronaldo-joga-por-recordes-na-eurocopa-saiba-quais/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/15/cristiano-ronaldo-joga-por-recordes-na-eurocopa-saiba-quais/#respond Tue, 15 Jun 2021 05:34:03 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Cristiano-Ronaldo-2-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21592 Cristiano Ronaldo, o supercraque de Portugal, cinco vezes o melhor jogador do mundo, começa nesta terça (15), na Eurocopa, a busca por uma série de recordes.

Recordes que, como ele mesmo disse na véspera do jogo de estreia dos portugueses, atuais campeões, contra a Hungria, “são para serem batidos”.

Um deles pode ser quebrado se o camisa 7 entrar em campo na Puskás Arena, em Budapeste, a capital húngara, na partida que começa às 13h (de Brasília), com SporTV.

Outros, o CR7 tem chance de conquistar ao longo da competição, que irá até o dia 11 de julho.

1) Maior número de participações em Eurocopas

Dezessete jogadores participaram de quatro edições da Euro. Cristiano Ronaldo é um deles. Se jogar um único minuto em qualquer partida de Portugal nesta edição, ele será o único a ter estado presente em cinco campeonatos europeus de seleções.

2) Maior número de gols em Eurocopas

Cristiano Ronaldo é, ao lado do lendário francês Michel Platini, o maior goleador em Euros. Cada um fez nove gols. Platini, em uma única edição, a de 1984. O CR7 espalhou seus tentos: dois em 2004, um em 2008, três em 2012 e três em 2016. Caso balance as redes uma única vez agora, será o artilheiro isolado.

3) Maior número de jogos vencidos em Eurocopas

Os meias Andrés Iniesta e Cesc Fàbregas, que já não defendem mais a Espanha, somam 11 triunfos cada um em Euros. Cristiano Ronaldo, também. Uma vitória isolará o português na liderança desse quesito.

4) Maior número de aparições em uma final

Para isso acontecer, logicamente, Cristiano Ronaldo precisará chegar à decisão, que será em Wembley (Londres). Ele e mais 21 jogadores, entre alemães, espanhóis e soviéticos, estiveram em campo em duas finais. O CR7 atuou na de 2004, quando tinha apenas 19 anos, e na de 2016.

5) Maior número de gols por uma seleção

Essa é a marca mais desejada, sem dúvida. Entre todas as seleções do mundo, Cristiano Ronaldo só fica atrás de um jogador em gols marcados. O CR7 balançou as redes 104 vezes por Portugal, em 175 partidas. Ali Daei, aposentado em 2007 e hoje com 52 anos, anotou 109 gols em 149 jogos pela seleção do Irã. Para ser o detentor desse recorde, portanto, o português tem de fazer seis gols –caso Portugal chegue à final, serão seis os duelos que fará.

Capitão de sua seleção, Cristiano Ronaldo comemora o gol de número 104 por Portugal, na vitória por 4 a 0 sobre Israel em amistoso em Lisboa (Patricia de Melo Moreira – 9.jun.2021/AFP)

O item 1, a não ser que Cristiano Ronaldo tenha um problema de última hora que o impeça de jogar, será atingido já nesta terça.

Os itens 2 e 3 são prováveis de serem cumpridos, pois são três os confrontos de Portugal na fase de grupos –depois da Hungria, enfrentará Alemanha e França.

Os itens 4 e 5 são bem mais difíceis, porém, em se tratando de metas desejadas pelo fora de série CR7, realizáveis.

Leia também: Christine e Cristiano

Leia também: Como seria se Cristiano Ronaldo não tivesse nascido?

Em tempo: Cristiano Ronaldo já tem alguns recordes registrados com a seleção lusa, a saber: jogador que mais atuou em Eurocopas (21 vezes); único jogador a fazer gol em quatro edições de Eurocopa; e jogador que mais vezes marcou ao menos um gol em um jogo de Euro (sete vezes).

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Messi e Cristiano Ronaldo caem juntos pela 1ª vez na Champions https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/03/10/messi-e-cristiano-ronaldo-caem-juntos-pela-1a-vez-na-champions/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/03/10/messi-e-cristiano-ronaldo-caem-juntos-pela-1a-vez-na-champions/#respond Wed, 10 Mar 2021 23:45:17 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/Messi-4-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21157 Deve ser o sinal dos tempos. Tempos que mostram que a era dos melhores do mundo durante tempos que pareciam intermináveis está perto de terminar.

Pela primeira vez desde que ambos começaram a disputar simultaneamente a Liga dos Campeões da Europa (Champions League), em 2004/2005, tanto Messi como Cristiano Ronaldo foram eliminados logo na primeira fase dos mata-matas, as oitavas de final.

Quem caiu primeiro foi o CR7. Na terça (9), mesmo atuando em Turim, a Juventus não conseguiu construir o placar para eliminar o Porto, time do país em que nasceu o craque maior da equipe italiana.

A Juve ganhou por 3 a 2, porém a derrota por 2 a 1 na partida de ida fez a diferença, e o Porto avançou por ter feito mais gols fora de casa.

Nas duas partidas, Cristiano Ronaldo não fez o que mais sabe fazer: gol.

Cristiano Ronaldo em momento de dor no duelo com o Porto, em Turim, que eliminou a Juventus da Liga dos Campeões da Europa (Federico Tardito – 9.mar.2021/Xinhua)

Nesta quarta (10), quem deu adeus ao mais badalado interclubes da Europa foi o Barcelona de Messi.

E nem houve surpresa. Favorito na teoria diante do Paris Saint-Germain, o time espanhol jogou esse favoritismo fora ao levar uma goleada de 4 a 1 no primeiro jogo, de virada, três semanas atrás, no Camp Nou.

Isso mesmo o PSG tendo atuado sem seu jogador mais badalado, Neymar, contundido.

O brasileiro não se recuperou a tempo de jogar em Paris, mas não se pode afirmar que tenha feito grande falta, já que a agremiação francesa se classificou com o empate por 1 a 1, impondo ao adversário um baque considerável.

O Barcelona, desde que Messi começou sua carreira profissional no clube, na metade da década retrasada, jamais deixou de passar da fase de grupos da Champions.

E com ele em campo só uma vez, em 2007, quando o camisa 10 nem vestia a camisa 10 ainda (ela era de Ronaldinho Gaúcho), foi eliminado nas oitavas de final –para o Liverpool de Gerrard.

Em 2005, o Barcelona também deu adeus à competição nas oitavas, porém Messi não estava entre os titulares, nem entre os reservas, nas partidas diante do Chelsea de Lampard, Terry e companhia.

O craque argentino, seis vezes o melhor do mundo (2009 a 2012, 2015 e 2019), conquistou com o Barcelona quatro títulos da Champions (2006, 2009, 2011 e 2015), mas, aos 33 anos, desgastado com a direção do clube e não mais rodeado de pé de obra de extrema qualidade, parece sem forças para resolver individualmente, como fazia antes.

Diante do PSG, marcou de pênalti na derrota na Espanha, e, no duelo na França, fez um lindo gol, em chute de fora da área no ângulo, só que desperdiçou um pênalti no fim do primeiro tempo que poderia ter colocado seu time à frente no placar. Resumindo: teve performance insuficiente para empurrar o Barça uma fase adiante.

Cristiano Ronaldo ainda mostra excelente forma física e técnica aos 36 anos, porém já lhe falta a estrela de outrora, já lhe falta o poder de decisão de outrora, já lhe falta, na Juventus, o que com Manchester United (em 2008) e com Real Madrid (em 2014, 2016, 2017 e 2018) não faltou: o troféu da Liga dos Campeões.

Com o Sporting, o craque português, cinco vezes o melhor do mundo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017), parou na terceira rodada uma vez (2003); com o Manchester United, caiu na fase de grupos uma vez (2006) e nas oitavas de final duas vezes (2004 e 2005); com o Real Madrid, naufragou nas oitavas uma vez (2010); com a Juventus, houve dobradinha na saída nas oitavas (2020 e 2021).

Tempos incomuns estes, de derrotas dolorosas para Messi e Cristiano Ronaldo. Tempos que talvez signifiquem que o tempo deles como os reis do futebol do século 21 tenha expirado.

E que o tempo de reinar agora seja de jovens como Mbappé (PSG), de 22 anos, quatro gols nos confrontos deste ano contra o Barcelona, e Haaland (Borussia Dortmund), de 20 anos, atual artilheiro da Liga dos Campeões, príncipes do futebol que seguem reluzentes e resolutos na Champions.

Num 2015 já distante, Messi segura o troféu da Champions League, ladeado por Suárez e Neymar, quando o Barcelona derrotou na final a Juventus, em Berlim (Patrik Stollarz – 6.jun.2015/AFP)

Em tempo: Quero muito que o tempo me prove errado e que haja tempo para que Messi e Cristiano Ronaldo, dois dos melhores da história do esporte, voltem ao olimpo do futebol europeu, tendo de novo em suas mãos a “orelhuda”, como é conhecido o troféu da Liga dos Campeões.

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Melhor do mundo, Lewandowski tem seu início de ano mais goleador https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/03/09/melhor-do-mundo-lewandowski-tem-seu-inicio-de-ano-mais-goleador/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/03/09/melhor-do-mundo-lewandowski-tem-seu-inicio-de-ano-mais-goleador/#respond Tue, 09 Mar 2021 13:10:08 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/Lewandowski-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21139 Mesmo tendo sido eleito o melhor do mundo na mais recente eleição da Fifa, Robert Lewandowski continua sem a mesma badalação de outros atacantes artilheiros, como Messi, Cristiano Ronaldo, Salah, Mbappé, Luis Suárez, Haaland, Harry Kane, Benzema.

O polonês, entretanto, deu no fim de semana mais uma mostra de que é o melhor homem de frente da atualidade, em termos de gols.

Com seu time perdendo por 2 a 0 para o Borussia Dortmund no Campeonato Alemão (dois gols de Haaland), o camisa 9 do Bayern comandou a reação da equipe de Munique, líder da competição, marcando duas vezes para empatar o jogo e uma outra para sacramentar a vitória (4 a 2).

Esses três gols fizeram Lewandowski atingir 17 em 2021, em 15 partidas disputadas.

É o início de ano mais goleador da carreira do polaco desde que ele começou a jogar em campeonatos da primeira divisão, em 2008, com 19 anos. Hoje está com 32.

Naquele ano, pelo Lech Poznan, de seu país natal, Lewandowski marcou nove gols nos 15 primeiros jogos que disputou.

Antes do recorde atingido agora, a melhor marca que ele registrara foi em 2020, com 16 gols nas primeiras 15 partidas no ano.

Eis, na carreira, a quantidade de tentos assinalados pelo goleador polonês, ano a ano, nos 15 jogos iniciais.

  • 2008 (Lech Poznan e seleção da Polônia): 9 gols
  • 2009 (Lech Poznan e seleção da Polônia): 6 gols
  • 2010 (Lech Poznan e seleção da Polônia): 11 gols
  • 2011 (Borussia Dormund e seleção da Polônia): 2 gols
  • 2012 (Borussia Dormund): 9 gols
  • 2013 (Borussia Dormund e seleção da Polônia): 13 gols
  • 2014 (Borussia Dormund): 9 gols
  • 2015 (Bayern de Munique e seleção da Polônia): 8 gols
  • 2016 (Bayern de Munique e seleção da Polônia): 13 gols
  • 2017 (Bayern de Munique e seleção da Polônia): 14 gols
  • 2018 (Bayern de Munique e seleção da Polônia): 15 gols
  • 2019 (Bayern de Munique e seleção da Polônia): 10 gols
  • 2020 (Bayern de Munique): 16 gols
  • 2021 (Bayern de Munique): 17 gols

A artilharia de Lewandowski poderia ser maior (18 gols), caso ele não tivesse desperdiçado um pênalti –algo raríssimo de ocorrer; seu aproveitamento é de 91%– no dia 5 de fevereiro, contra o Hertha Berlin.

Neste 2021, nos primeiros 15 jogos, os dois principais artilheiros em atividade no futebol de primeira linha ficaram atrás do polonês. O argentino Messi marcou 14 gols pelo Barcelona, e o português Cristiano Ronaldo, dez pela Juventus.

Dos outros atacantes citados neste texto, à exceção de Salah, nenhum completou ainda 15 partidas por seus respectivos clubes no ano, mas é altamente improvável que consigam a marca de 17 gols de Lewandowski –quem mais se aproxima é Haaland, 12 gols em 14 jogos pelo Borussia Dortmund.

Já o egípcio do Liverpool fechou as 15 partidas neste domingo (8), na derrota por 1 a 0 para o Fulham, acumulando nelas oito gols.

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Cristiano Ronaldo passa Pelé e é o maior artilheiro da história, diz jornal https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/02/04/cristiano-ronaldo-passa-pele-e-e-o-maior-artilheiro-da-historia-diz-jornal/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/02/04/cristiano-ronaldo-passa-pele-e-e-o-maior-artilheiro-da-historia-diz-jornal/#respond Thu, 04 Feb 2021 19:55:20 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/Cris-Ronaldo-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21012 Cristiano Ronaldo tornou-se aos 35 anos o maior artilheiro da história do futebol.

Com os dois gols pela Juventus na partida de ida das semifinais da Copa da Itália, vitória por 2 a 1 contra a Inter de Milão nesta terça (2), o português chegou a 763 gols e ultrapassou Pelé e Josef Bican, austríaco com cidadania tcheca que brilhou nas décadas de 1930 e 1940.

Pelé, hoje com 80 anos, e Bican, morto em 2001 aos 88 anos, têm 762 gols cada um. Os números são de levantamento do jornal espanhol Marca.

O diário considera somente os gols feitos em partidas oficiais e na categoria “profissional”, e é por isso que a quantidade de Pelé é bem inferior aos 1.283 gols que ele mesmo propaga ter feito.

Nas contas do Marca, o CR7 anotou 451 gols pelo Real Madrid, 118 pelo Manchester United, 87 pela Juventus, 5 pelo Sporting e 102 pela seleção de Portugal.

Pelé registrou 642 pelo Santos, 37 pelo Cosmos, de Nova York, 77 pela seleção brasileira e 6 pela seleção paulista.

Bican marcou, na República Tcheca (então Tchecoslováquia), 547 gols pelo Slavia Praga, 74 pelo Vitkovice e 19 pelo Hradec Kralove; na Áustria, 71 pelo Rapid Viena e 22 pelo Admira Viena; mais 15 pela seleção tcheca e 14 pela austríaca.

Na média de gols por jogo, entretanto, Cristiano Ronaldo perde tanto de Bican como de Pelé, de acordo com o periódico madrileno.

A do português é de 0,73 por partida; a do brasileiro, de 0,92, e a do austro-tcheco, excepcional, de 1,54.

Na quarta colocação entre os principais artilheiros do futebol, seguindo os critérios do Marca, está Romário (740 gols) e, na quinta, Messi (720) –o argentino, mais jovem que o CR7 (33 anos), é o único jogador em atividade com chance real de se tornar o primeiro da lista.

Leia também: Rappo, o artilheiro dos 2.000 gols

Em tempo: Em uma conta que fiz, Cristiano Ronaldo soma na carreira profissional 769 gols, em 1.055 partidas, por clubes e pela seleção portuguesa, considerando as por competições, as amistosas e as na ICC (International Champions Cup, torneio interclubes de pré-temporada). A média de gols por jogo é de 0,73.

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Cristiano Ronaldo é eleito o jogador do século… a 80 anos do fim do século https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/28/cristiano-ronaldo-e-eleito-o-jogador-do-seculo-a-80-anos-do-fim-do-seculo/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/28/cristiano-ronaldo-e-eleito-o-jogador-do-seculo-a-80-anos-do-fim-do-seculo/#respond Mon, 28 Dec 2020 18:02:29 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Cris-Ronaldo-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20697 Um século, é sabido, é formado pelo período de cem anos. No caso do século 21, o período vai de 2001 a 2100. Desse modo, como estamos em 2020, faltam 80 anos para que chegue ao fim.

Uma premiação esportiva, entretanto, decidiu que, na escolha do melhor futebolista do século 21, as próximas oito décadas não contarão.

Ou, caso contem, que não existirá nenhum jogador que supere o português Cristiano Ronaldo.

O atacante da Juventus, de 35 anos, recebeu neste domingo (27), em jantar de gala do Globe Soccer Awards, em Dubai (Emirados Árabes Unidos), o troféu de Jogador do Século.

“Ser o vencedor é uma grande honra, uma conquista excepcional”, festejou o CR7, que adora ter o ego inflado por qualquer prêmio que o coloque acima de qualquer um, de hoje ou de ontem.

Esse obscuro evento –eu não sabia até agora que ele existia– é realizado desde 2010, e quem o promove é um grupo de investidores.

Na votação, realizada pelo público e por 25 jurados, o CR7 superou a concorrência de Lionel Messi, Ronaldinho Gaúcho e Mohamed Salah.

Não se divulgou quantas pessoas votaram, nem a forma como isso ocorreu, tampouco a lista dos jurados –o jornal espanhol Marca publicou que entre eles estão os ex-jogadores Deco e Abidal e o treinador Antonio Conte, da Inter de Milão.

Quando se toca neste assunto, imediatamente a referência é Pelé.

O brasileiro, hoje com 80 anos, ganhou do jornal francês L’Équipe o título de Atleta do Século, no caso do século 20, em eleição feita por jornalistas de duas dezenas de conceituados veículos da imprensa.

Com 179 pontos, o Rei do Futebol superou oponentes como o velocista Jesse Owens (EUA), o ciclista Eddy Merckx (Bélgica), o tenista Bjorn Borg (Suécia), o meio-fundista Paavo Nurmi (Finlândia) e o nadador Mark Spitz (EUA).

Estatueta entregue pelo jornal L’Équipe a Pelé, eleito em 1980 o Atleta do Século (Divulgação)

Essa eleição foi realizada em 1980, o século 20 estava mais próximo do fim do que do início, porém o adequado era esperar mais 20 anos, para englobar todos os esportistas, inclusive os que (como Maradona, Michael Jordan e Tiger Woods, entre outros) poderiam brilhar de 1981 a 2000.

Caso a eleição de melhor esportista do século 20 tivesse sido realizada em 1920, provavelmente o ganhador teria sido um norte-americano (Archie Hahn, Raymond Ewry ou Jim Thorpe, no atletismo, ou Anton Heida, na ginástica), pelo desempenho nas primeiras Olimpíadas do período (1904, 1908 e 1912).

O futebol, naquela época, era incipiente ou inexistente na maior parte do planeta, sendo praticado principalmente no Reino Unido. Então, se houvesse um boleiro escolhido, seria britânico.

Cristiano Ronaldo é espetacular, sem dúvida. Se é melhor que Messi ou não, é debate para horas, talvez dias.

No entanto, elegê-lo o jogador do século com quatro quintos do século 21 a serem percorridos é prematuro, para não dizer absurdo.

Tira a força da premiação, questiona-se a pertinência do ganhador, provoca olhares tortos, enfim, gera mal-estar.

Para escolher o “jogador do século 21” ou o “esportista do século 21”, qualquer um que seja sensato dirá: “O século tem cem anos, então que se espere o ano 2100, e só aí vote-se nos melhores”. Simples assim.

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Em tempo: O Globe Sports Awards também elegeu o Técnico do Século (Pep Guardiola), o Clube do Século (Real Madrid) e, pasme, o Empresário do Século (Jorge Mendes).

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Quem é melhor? Messi x Cristiano Ronaldo https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/08/quem-e-melhor-messi-x-cristiano-ronaldo/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/12/08/quem-e-melhor-messi-x-cristiano-ronaldo/#respond Tue, 08 Dec 2020 03:01:12 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/Messi-e-Ronaldo-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20520 Eles são os melhores deste século até agora. Dividem os holofotes e as preferências sempre que se debate sobre excelência futebolística.

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo estão anos-luz à frente de seus contemporâneos, isso é inegável.

A grande questão é: qual deles é melhor?

Várias vezes fiquei tentado a fazer comparações para poder chegar a uma conclusão. Várias vezes desisti, certo de que seria influenciado pelo meu gosto.

Gosto mais de Messi do que de Cristiano Ronaldo.

Aprecio e admiro o estilo de jogo do argentino de 33 anos, mais lúdico, mais driblador, mais solidário, porém não menos eficiente que o do português de 35, um “ciborgue” com capacidade física incomparável e explosão de velocidade invejável, mas que é extremamente individualista (fominha!) e, se não fizer gol(s) e não for o centro das atenções, não sai de campo tão feliz mesmo que o time vença.

Nesta terça (8), a Pulga e o CR7 devem duelar pela Champions League, que encerra nesta semana a fase de grupos. Escrevo “devem” porque, como tanto o Barcelona quanto a Juventus estão classificados, um e/ou outro podem ser poupados. Há, contudo, a expectativa de que sejam escalados.

Será o primeiro embate entre os dois desde o primeiro semestre de 2018. Como atuam em países diferentes, o confronto se torna raro, incerto, e fico até receoso de que possa ser o último.

Assim, mesmo me abstendo até aqui de fazer uma comparação fria que possa determinar qual dos dois é melhor (e, definindo-se um vencedor, haveria contestação dos fãs do outro), é possível apresentar dados numéricos que possibilitem ao leitor tirar suas conclusões.

Os sites utilizados para mostrar as estatísticas são o messivsronaldo.app e o messivsronaldo.net.

Gols na carreira (excluindo amistosos por clubes)

  • Messi: 712 (em 886 jogos). Média: 0,80. Um gol a cada 101 minutos
  • Cristiano Ronaldo: 750 (em 1.029 jogos). Média: 0,73. Um gol a cada 111 minutos

Gols de fora da área

  • Messi: 69
  • Cristiano Ronaldo: 55

Gols de cabeça

  • Messi: 24
  • Cristiano Ronaldo: 129

Gols de pênalti

  • Messi: 96 (em 122 cobranças). Acerto: 79%
  • Cristiano Ronaldo: 129 (em 154 cobranças). Acerto: 84%

Gols de falta

  • Messi: 53
  • Cristiano Ronaldo: 56

Gols na Champions League

  • Messi: 118 (em 146 jogos). Média: 0,81. Um gol a cada 102 minutos
  • Cristiano Ronaldo: 133 (em 177 jogos). Média: 0,75. Um gol a cada 115 minutos

Gols pela seleção

  • Messi: 71 (em 142 jogos). Média: 0,50
  • Cristiano Ronaldo: 102 gols (em 170 jogos). Média: 0,60

Assistências na carreira (excluindo amistosos por clubes)

  • Messi: 300 (em 886 jogos). Média: 0,34.
  • Cristiano Ronaldo: 221 (em 1.029 jogos). Média: 0,21

Títulos relevantes (Mundial de Clubes, Eurocopa, Olimpíada, Champions League, Supercopa da Europa, campeonatos, copas e supercopas nacionais)

  • Messi: 35
  • Cristiano Ronaldo: 32

Prêmio Bola de Ouro (melhor do mundo)

  • Messi: 6
  • Cristiano Ronaldo: 5

Prêmio Chuteira de Ouro (artilheiro da temporada europeia)

  • Messi : 6
  • Cristiano Ronaldo: 4

Expostos esses números, antes de se tentar chegar a um termo, é relevante mencionar que no confronto direto Messi leva vantagem sobre Cristiano Ronaldo.

Até agora, eles duelaram 35 vezes, sendo Messi por Barcelona ou Argentina e o CR7 por Manchester United, Real Madrid ou Portugal. O argentino ganhou 16 vezes, e o português, nove, com dez empates. Em número de gols nessas partidas, Messi acumulou 22, e Cristiano Ronaldo, 19.

Caso eles entrem em campo nesta terça, será o primeiro embate com Cristiano Ronaldo usando o uniforme da Juventus. No jogo de ida da fase de grupos, em Turim, no dia 28 de outubro, o camisa 7 não atuou por estar com Covid, e o Barça fez 2 a 0 –Messi marcou o segundo gol, de pênalti.

O encontro mais recente entre ambos ocorreu no já distante 6 de maio de 2018, pelo Campeonato Espanhol, um 2 a 2 no Camp Nou no qual cada um registrou um gol.

Cristiano Ronaldo e Messi no aquecimento antes de Barcelona x Real Madrid, em 2018, na mais recente vez em que duelaram (Albert Gea – 6.mai.2018/Reuters)

Voltando ao embate numérico, Messi, apesar de ter menos gols na contagem geral, mostra-se mais artilheiro, já que sua média por partida é superior.

Cristiano Ronaldo, entretanto, é mais goleador pela seleção portuguesa (tanto no total de gols como na média de gols) do que o camisa 10 pela argentina.

Nos gols de cabeça, vantagem esmagadora para Cristiano Ronaldo –com seu 1,87 m (Messi tem 1,70 m), ele é um dos melhores cabeceadores da história. Também é mais efetivo nas cobranças de pênalti.

Nas assistências (passes que resultam em gol), Messi é bastante superior, superando o oponente também nos gols de longa distância (chutes de fora da área).

Nos títulos e nos prêmios, Messi possui ligeiro predomínio, só que Cristiano Ronaldo conseguiu taças por Portugal (Eurocopa em 2016 e Liga das Nações em 2019), enquanto Messi está zerado pela seleção principal de seu país –faturou o ouro olímpico em 2008.

Ou seja, um equilíbrio muito grande.

A vontade de comparar dois grandes jogadores existe, é natural (eu já o fiz algumas poucas vezes com outros atletas), e meu escolhido é Messi, mas quem optar por Cristiano terá argumentos para defendê-lo.

Predileção exposta, muito melhor que ela é poder matar a vontade de vê-los em ação, ainda em altíssimo nível.

Como não se satisfazer em desfrutar da genialidade desses dois supercraques do futebol?

Como não agradecer a esses dois deuses da bola pelo privilégio de poder vê-los fazer miséria, fazer o diabo, fazer o extraordinário, jogo após jogo, campeonato após campeonato, por mais de uma década?

Obrigado, Messi. Obrigado, Cristiano Ronaldo.

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Os jogadores mais bem pagos dão retorno pelo que recebem? https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/17/os-jogadores-mais-bem-pagos-dao-retorno-pelo-que-recebem/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/17/os-jogadores-mais-bem-pagos-dao-retorno-pelo-que-recebem/#respond Thu, 17 Sep 2020 18:15:20 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/mosaico-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20090 No início desta semana a conceituada revista Forbes, de economia e negócios, divulgou sua mais recente lista dos futebolistas mais bem pagos, chamada de “The World’s Highest Paid Soccer Players 2020”.

Não houve novidades no pódio. A exemplo de 2019, Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, nessa ordem, situam-se lá.

Somando salários e contratos publicitários, o argentino do Barcelona amealhou, no intervalo de um ano, US$ 126 milhões (665 milhões), o português da Juventus, US$ 117 milhões (R$ 617 milhões), e o brasileiro do Paris Saint-Germain, US$ 96 milhões (R$ 506,5 milhões).

Na sequência, no levantamento da publicação norte-americana, aparecem o francês Mbappé, colega de Neymar no PSG (US$ 42 milhões), o egípcio Salah, do Liverpool (US$ 37 milhões), o francês Pogba, do Manchester United (US$ 34 milhões), o francês Griezmann, do Barcelona (US$ 33 milhões), o galês Bale, do Real Madrid (US$ 29 milhões), e o polonês Lewandowski, do Bayern de Munique (US$ 28 milhões).

Todos os citados são atacantes, menos Pogba, que joga no meio de campo. Três deles (Pogba, Mbappé e Griezmann) foram titulares de sua seleção na conquista da Copa do Mundo de 2018.

Chama a atenção o ganho de Cristiano Ronaldo com patrocínio: US$ 47 milhões, ou 40% do seu total.

Cristiano Ronaldo é o jogador de futebol que mais ganha no mundo com contratos publicitários (Jonathan Nackstrand – 8.set.2020/AFP)

Isso exposto, o que significa? A resposta imediata é: muito dinheiro. (Para mim é; posso trabalhar até me aposentar, que sejam mais uns 20 anos, e não chegarei nem perto de acumular meio milhão de dólares.)

Indo além do óbvio: cada um vale o que recebe? Certamente, na visão de clubes e patrocinadores –pelo menos na hora em que se combinou a quantia a ser paga.

Só que hoje deve ter equipe e empresa arrependidas de investir tanto financeiramente para um retorno claramente pífio.

Isso com base em uma comparação simples e objetiva, que relaciona o ganho financeiro de cada jogador com sua produtividade. Por produtividade, leia-se gol ou assistência (passe que resulta em gol). No caso deste cálculo, por campeonato nacional (Inglês, Espanhol, Francês etc.) ou continental (Liga dos Campeões e Liga Europa).

Pogba e Bale são os grandes fiascos. Tiveram uma temporada péssima (influenciada por contusões e/ou atuações abaixo do esperado), que em nada enaltece seus currículos.

Boa parte do tempo lesionado, o francês fez um único gol e deu meras três assistências. Ou seja, faturou US$ 8,5 milhões (quase R$ 45 milhões) por lance indubitavelmente produtivo.

Paul Pogba, do Manchester United, é o sexto jogador mais bem remunerado do mundo, na contabilização de salários mais patrocínios da Forbes (Sascha Steinbach – 9.ago.2020/Reuters)

Bale, envolto com contusões, com a cabeça em seu passatempo favorito (o golfe) e desprestigiado com o treinador Zidane, também jogou pouco, e o resultado foram míseros dois gols e duas assistências. Cada um deles, caso precificados, valeu US$ 7,3 milhões.

O mais produtivo da lista da Forbes, com folga, é Lewandowski, do campeão europeu Bayern, que só não levará neste ano a Bola de Ouro (prêmio de melhor jogador do mundo) porque o evento foi cancelado por causa da pandemia de coronavírus.

O polonês recebeu “só” US$ 600 mil por gol (foram 37) ou assistência (foram 12) na temporada 2019/20.

Os outros com bom “custo-benefício” são Salah, US$ 1,1 milhão (23 gols, 12 assistências), e Mbappé, US$ 1,3 milhão (23 gols, 10 assistências).

O jovem francês de 21 anos, muito provavelmente o melhor jogador da década vindoura, possivelmente teria números muitíssimo melhores, pois perdeu parte dos jogos do PSG por contusão.

Eis a conta dos demais: Griezmann, US$ 2,2 milhões por lance decisivo (11 gols, 4 assistências); Messi, US$ 2,4 milhões (28 gols, 24 assistências); Cristiano Ronaldo, US$ 2,9 milhões (35 gols, 5 assistências); e Neymar, US$ 3,7 milhões (16 gols, 10 assistências).

Vale ressaltar que, a exemplo de Mbappé, Pogba e Bale, o melhor jogador do Brasil em atividade teve problemas físicos que o afastaram temporariamente dos gramados.

O não jogar também faz parte do jogo, e logicamente afeta o desempenho de cada atleta. Mas deve ser penoso para clube e patrocinador investirem tanto em determinado “ativo” e não vê-lo ter o rendimento supostamente esperado. Fica esta impressão: “Estou gastando muito e recebendo pouco”.

Lionel Messi antes de amistoso de pré-temporada do Barcelona; argentino recebeu no período de um ano US$ 126 milhões (Albert Gea – 12.set.2020/Reuters)

O que leva-se a questionar se Messi (39 jogos computados para este relato) e Cristiano Ronaldo (41 jogos), considerados os melhores do planeta há mais de uma década, não ganharam demais, tanto na função principal (futebolista) como na extra (garoto-propaganda).

Na comparação com “Lewa” (43 jogos), Salah (41 jogos) e Griezmann (38 jogos), e não sendo eu especialista em marketing –e por isso levando em conta somente o retorno da produção esportiva–, a resposta tem três letras: sim.

*

Em tempo: Matemáticos de plantão podem questionar a metodologia usada no cálculo, já que o número de jogos difere de um jogador para outro. Tomarei então Neymar como exemplo. Supondo que ele tivesse jogado o dobro de partidas (42, e não 21), dobrando também seus gols e assistências, ainda assim estaria em desvantagem na análise “remuneração x produtividade” em relação a Lewandowski e Salah.

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Cristiano Ronaldo, 100, ruma para o recorde de Ali Daei https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/09/cristiano-ronaldo-100-ruma-para-o-recorde-de-ali-daei/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/09/cristiano-ronaldo-100-ruma-para-o-recorde-de-ali-daei/#respond Wed, 09 Sep 2020 14:55:43 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Cristiano-Ronaldo-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20067 Cristiano Ronaldo, a máquina de fazer gols, chegou nesta terça (8) aos cem gols pela seleção de seu país, Portugal.

O atacante atingiu a marca aos 44 minutos e 54 segundos do primeiro tempo da partida contra a Suécia, pela liga das Nações, na cidade de Solna.

Cobrou com perfeição uma falta, um chute colocado que encobriu a barreira de cinco jogadores, no ângulo, sem chance de defesa para o goleiro Olsen.

Festejou com os companheiros, sem saber a reação do público, pois, devido à pandemia de coronavírus, a Arena dos Amigos não recebeu torcedores.

No segundo tempo, o CR7 ainda faria mais um, para sacramentar o triunfo (2 a 0) e registrar seu 101º gol com a camisa lusa.

Cristiano Ronaldo tornou-se apenas o segundo jogador a anotar cem ou mais gols por uma seleção nacional. O outro é Ali Daei, hoje com 51 anos, que defendeu o Irã de 1993 a 2006.

Daei marcou seu gol 100 no dia 17 de novembro de 2004, na goleada por 7 a 0 sobre o Laos, em Teerã, pelas eliminatórias da Ásia para a Copa do Mundo de 2006. Ele tinha os mesmos 35 anos que Cristiano Ronaldo tem agora.

Capitão do Irã, Ali Daei festeja gol de seu país contra o México na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha (Ruben Sprich – 11.jun.2006/Reuters)

A idade, aliás, não tem sido uma barreira ao ímpeto goleador do português nascido na Ilha da Madeira.

Pela seleção lusa, ele fez ao menos um gol nos sete jogos mais recentes de que participou, em um total de 13. Não há sinal de decadência no desempenho do CR7.

No atual ritmo, de quase dois gols por partida, ele superará os 109 de Daei, chegando aos 110, ainda em 2020, já que Portugal tem ainda mais seis compromissos neste ano: quatro pela Liga das Nações (França, duas vezes, Suécia e Croácia) e dois amistosos (Espanha e Andorra).

A Suécia, vítima do centésimo gol, tornou-se também uma das vítimas preferida de Cristiano Ronaldo, que balançou as redes sete vezes contra os nórdicos, a mesma quantidade registrada diante da Lituânia.

“A marca dos 100, e depois o [gol] 101, com dois golaços… Estou muito feliz. Sinto-me contente de jogar neste lote de jogadores jovens e desfrutar o momento, tanto individual como coletivo, que é o mais importante. Consegui chegar aos cem gols e agora quero o recorde. Continuar passo a passo. Não estou obcecado, porque sei que os recordes acabam por chegar naturalmente”, declarou o capitão de Portugal depois da histórica partida.

Ao todo, 41 países levaram ao menos um gol do artilheiro –o Brasil, a quem o CR7 enfrentou três vezes, não é um deles.

Cristiano Ronaldo acumulou seus 101 gols em 165 partidas por Portugal, uma média de 0,61 por jogo. Daei fez 109 em 149 (0,73 gol de média).

Pelé é o maior artilheiro da seleção brasileira, com 77 gols em 92 partidas (média de 0,84), de acordo com a RSSSF, entidade que registra estatísticas futebolísticas.

Leia também: Pelé, perto dos 80, reafirma ser o melhor da história

Marcaram mais que Pelé, e menos que o CR7 e Daei, o malaio Mokhtar Dahari (86 gols em 131 jogos), a lenda húngara Ferenc Puskás (84 em 85), o zambiano Godfrey Chitalu (79 em 111) e o iraquiano Hussein Saeed (78 em 137).

Messi, o grande rival do português pelo título de melhor jogador deste início de século, tem 70 gols em 138 jogos pela Argentina.

Cristiano Ronaldo fez seu primeiro gol por Portugal no dia 12 de junho de 2004, no estádio do Porto, na derrota por 2 a 1 para a Grécia na Eurocopa. O técnico do time lusitano era Luiz Felipe Scolari.

Desde então, ele não passou um ano sem fazer gol por seu país. O mais profícuo foi 2019 (14 gols), e os menos rendosos, 2008 e 2009 (um gol em cada um).

Os gols de Cristiano Ronaldo ampliam a competitividade de Portugal, que quase sempre saiu de campo vencedor quando ele marcou, o que aconteceu em 66 confrontos.

Nesses, houve 55 triunfos lusos, cinco empates e seis derrotas –estas sempre por um único gol de diferença.

Leia também: Cristiano Ronaldo chega aos 700 gols; o milésimo é plausível?

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Perto dos 80, Pelé reafirma ser o melhor da história https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/04/08/perto-dos-80-pele-reafirma-ser-o-melhor-da-historia/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/04/08/perto-dos-80-pele-reafirma-ser-o-melhor-da-historia/#respond Wed, 08 Apr 2020 14:15:35 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/Pele.jpg https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=19532 “Eu acho que o Pelé foi melhor do que todos eles.”

No ano em que deve completar 80 anos (daqui a pouco mais de seis meses, no dia 23 de outubro), vendo-se na terceira pessoa, como tradicionalmente faz, Edson Arantes do Nascimento reafirmou quem ele considera o melhor futebolista da história.

Pelé falava a Thiago Asmar, no canal Pilhado (YouTube), que lhe dissera que “hoje a molecada se pergunta se Pelé era melhor mesmo que o Cristiano Ronaldo e que o Messi”.

O rei do futebol deu a resposta, mencionando que foram feitas comparações dele, anteriormente, com o alemão Beckenbauer e com o holandês Cruyff, outros imortais do futebol.

Acredito haver consenso, entre os da minha geração (nascidos nos anos 1970) e os de gerações anteriores, que não haja quem até agora tenha igualado a genialidade e a completude (física, técnica e emocional) de Pelé. Superar não dá, pois o mineiro de Três Corações, com a bola, era 100% gênio, 100% completo.

Garrincha, Maradona, Ronaldinho Gaúcho e Messi estão entre os que mais se aproximam dele no primeiro quesito. Cristiano Ronaldo, no segundo.

O português, a quem Pelé na mesma entrevista colocou em um patamar superior ao de Messi, não tem fama pela magia, mas, tão artilheiro quanto o argentino, é difícil de ser batido na dedicação, na obsessão e na competitividade.

Ele chegou a dizer, em entrevista à revista France Football, no ano passado, que não se via com nenhum ponto fraco como jogador.

Eu já fiquei tentado a fazer uma comparação entre Pelé, Messi e Cristiano Ronaldo, porém é complicadíssimo fazê-lo porque Pelé jogou em uma época diferente.

Mas futebol não é, e foi, sempre futebol? Não são, e eram, 11 contra 11? Não tinha, e tem, juiz, bola, torcida?

Sim. Mas a dinâmica do jogo é diferente. Distintos também eram a qualidade dos gramados e as condições de preparo e recuperação dos jogadores.

Basta assistir a teipes do final dos anos 1950 até o início dos anos 1970, época em que Pelé brilhou intensamente, para notar que o futebol era mais lento, que havia mais tempo e espaço para conduzir a bola antes de receber o combate.

E isso, para um fora de série como o camisa 10 do Santos e da seleção brasileira, veloz, habilidoso, inteligentíssimo e com visão de jogo apurada e capacidade inigualável de raciocínio, era um facilitador.

Dizem que Pelé brilharia do mesmo jeito no futebol da atualidade. Será? Fica no imaginário.

Ele poderia ser até melhor, pois hoje os campos são infinitamente mais bem cuidados que os de décadas atrás, além de a preparação física ter evoluído demais, assim como os métodos de recuperação a cada partida e a medicina para o tratamento de lesões.

O que é comparável entre os três, e é o que será feito, são os gols e os títulos.

Gols

Pelé marcou 1.282 gols, contando partidas oficiais ou não. Esse número é o mais propagado, mas há variação para baixo, 1.281, e para cima, 1.283. Em quantos jogos? Teriam sido 1.363, mas isso também não é indubitável. A média de gols é de 0,94.

As estatísticas do rei em relação ao total de vezes em que balançou as redes e à quantidade de partidas nunca foram conclusivas, não há concordância entre as fontes, por isso não é seguro ser assertivo.

Em partidas oficiais, por clubes (Santos e Cosmos) e seleções (brasileira, paulista e militar), são, de acordo com a RSSSF, fundação criada em 1994 que compila dados estatísticos de futebol, 767 gols em 831 aparições. Isso em um período de 21 anos (1957 a 1977). Média: 0,92 gol por jogo.

Em relação a Cristiano Ronaldo e Messi, eu mesmo fiz e refiz a conta do total de gols, utilizando as fontes disponíveis, e cheguei à seguinte conclusão.

O CR7 (Cristiano Ronaldo usa a camisa 7), considerando todos os 1.011 jogos, oficiais ou não, marcou 731 gols em 17 anos e meio de carreira (Sporting, Manchester United, Real Madrid, Juventus e seleção portuguesa). Média: 0,72.

A Pulga (apelido de Messi) anotou 701 gols em 866 partidas, oficiais ou não, em 16 anos e quatro meses como profissional (Barcelona e seleção argentina). Média: 0,81.

Contando apenas as partidas oficiais, são 1.000 jogos e 725 gols de Cristiano Ronaldo e 856 jogos e 697 gols de Messi.

Títulos

Pelé conquistou três Copas do Mundo (1958, 1962, 1970), duas Taças Libertadores, duas Copas Intercontinentais, cinco Taças Brasil e um Torneio Roberto Gomes Pedrosa (reconhecidos pela CBF como Campeonatos Brasileiros), quatro Torneios Rio-São Paulo, dez Campeonatos Paulistas e um Campeonato dos EUA. São seus títulos mais relevantes. Total: 27.

Cristiano Ronaldo jamais ganhou uma Copa do Mundo, nem perto chegou. Suas conquistas mais importantes são: uma Eurocopa, cinco Champions League, quatro Mundiais de Clubes, três Campeonatos Ingleses, dois Campeonatos Espanhóis, um Campeonato Italiano, uma Copa da Inglaterra, duas Copas do Rei. Total: 19.

Messi jamais ganhou uma Copa do Mundo (foi vice em 2014). Faturou de mais notório quatro Champions League, três Mundiais de Clubes, dez Campeonatos Espanhóis, seis Copas do Rei, um ouro olímpico. Total: 24.

Dados postos, o que há para comentar?

Que em jogos oficiais tanto Messi, que está com 32 anos, como Cristiano Ronaldo, que tem 35, conseguirão passar Pelé no número absoluto de gols, mas não na média de gols.

Que o auge para um jogador de futebol é ganhar a Copa do Mundo, e Pelé o fez três vezes, duas delas como protagonista, marcando inclusive gol na final (dois na de 1958, um na de 1970). Messi e o CR7 não chegarão lá.

Escrito isso, não há mais a escrever. A conclusão é do leitor.

Leia sobre Pelé em O Mundo É uma Bola

Leia sobre Messi em O Mundo É uma Bola

Leia sobre Cristiano Ronaldo em O Mundo É uma Bola

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