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Miranda, da seleção, afirma ser o melhor beque do futebol italiano

Com a proximidade da Copa do Mundo da Rússia (faltam menos de 50 dias), é muito bom saber que um dos titulares da seleção brasileira tem a autoestima lá em cima.

Ainda mais por ser um zagueiro, posição em que os jogadores vivem cercados de críticas negativas, pois seus erros comumente resultam em gols dos oponentes.

De acordo com reportagens publicadas por vários sites esportivos, Miranda, da Inter de Milão, declarou em entrevista à Inter TV que se considera o melhor de sua posição no Campeonato Italiano.

“Sou sincero. Em termos de experiência, mas não apenas isso, eu me vejo como o melhor zagueiro da Série A. Tenho técnica e velocidade. Sou muito calmo e tento levar isso para o campo.”

Eu assisti ao vídeo produzido pela Inter que localizei no canal do clube no YouTube, porém a versão disponível não tem esse trecho, apenas outros, que incluem Miranda participando de um desafio de adivinhação, dando sua opinião sobre o treinador Luciano Spalletti e revelando seu ídolo de infância (o piloto Ayrton Senna).

Foco de um programa da Inter TV, Miranda participa de desafio de adivinhação (Reprodução/YouTube)

A declaração de Miranda, hoje com 33 anos, sobre ser o melhor zagueiro na Itália surpreende porque ele não tem figurado em listas dos melhores beques em atividade.

Em dezembro, a ESPN soltou em seu site um top 10 de zagueiros (tendo como base as atuações em 2017), e a lista inclui dois que jogam na Itália: Bonucci (Milan) e Chiellini (Juventus).

No topo entre os selecionados está o espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid. Ele é seguido pelos dois italianos e por Godín (Uruguai/Atlético de Madri), Hummels (Alemanha/Bayern), Piqué (Espanha/Barcelona), Boateng (Alemanha/Bayern), Alderweireld (Bélgica/Tottenham), Thiago Silva (Brasil/PSG) e Varane (França/Real Madrid). Nada de Miranda.

Em janeiro, a revista FourFourTwo apresentou os seus “dez mais”. Do primeiro ao décimo: Sergio Ramos, Piqué, Azpilicueta (Espanha/Chelsea), Koulibaly (Senegal/Napoli), Hummels, Bonucci, Godín, Alderweireld, Vertonghen (Bélgica/Tottenham) e Thiago Silva. Nada de Miranda.

Eu também não colocaria Miranda entre os melhores. É bom zagueiro, ou Tite, o técnico do Brasil, não depositaria tanta confiança nele.

Miranda se vê como um jogador veloz, porém eu discordo. Considero-o lento.

E, às vezes, desinteressado. Talvez a calma, citada pelo próprio Miranda como qualidade (e é), passe a impressão de falta de vontade ou de raça – esta última, uma característica muito valorizada no futebol, especialmente nos beques e volantes.

Minha análise à parte, espero que Miranda leve essa autoestima para o Mundial russo e se imponha aos atacantes de Suíça, Costa Rica e Sérvia, adversários do Brasil na primeira fase.

E, caso a seleção avance, pare aqueles que tiver pela frente (talvez um Messi, um Cristiano Ronaldo, um Suárez, um Müller, um Cavani, um Kane, um Griezmann, um Lukaku, um Lewandowski… todos perigosíssimos).

Em tempo: Não considero haver nos dias de hoje um beque excepcional no futebol. Mesmo os considerados melhores têm defeitos e cometem falhas às vezes grotescas. Meus preferidos são Sergio Ramos e Piqué, a dupla titular da Espanha, pois dão conta atrás e ainda são perigosos no ataque, seja nas bolas paradas ou nos avanços-surpresa. 

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