O Mundo é uma Bola https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br Thu, 13 Jan 2022 14:51:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quais os prováveis convocados de Tite para a Copa, a um ano dela https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/quais-os-provaveis-convocados-de-tite-para-a-copa-a-um-ano-dela/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/quais-os-provaveis-convocados-de-tite-para-a-copa-a-um-ano-dela/#respond Mon, 22 Nov 2021 19:40:25 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/Tite-4-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=22656 Já falta menos de um ano para o começo da Copa do Mundo do Qatar, a primeira a ser realizada no mundo árabe.

No dia 21 de novembro de 2022, duas seleções estarão correndo atrás da bola no estádio Al Bayt, na cidade de Al Khor.

Uma delas será a qatariana, por ser a anfitriã e cabeça de chave do Grupo A.

A outra será definida em sorteio em abril do próximo ano, em Doha, e não será a seleção brasileira, já que o Brasil será um dos cabeças de chave e, consequentemente, não fará companhia ao Qatar na fase de grupos.

A 364 dias do pontapé inicial do Mundial, o técnico Tite tem uma base consolidada para levar ao país do Oriente Médio.

Das 23 vagas (três goleiros e 20 jogadores de linha), se não houver problema de lesão ou disciplinar, 17 estão, teoricamente, definidas: os três goleiros, três zagueiros, dois laterais, três volantes, um meia e cinco atacantes.

A seguir, o panorama atual, setor por setor. Entre parênteses, o número de jogos em que o atleta foi titular após o encerramento da Copa na Rússia, em 2018 –o Brasil disputou 42 partidas desde então.

Goleiros (3)

Favoritos: Alisson (Liverpool), 29 anos, Ederson (Manchester City), 28, e Weverton (Palmeiras), 33.

Minha análise: O Brasil está muito bem servido de goleiros. Alisson (19 jogos) deve ser o titular pela segunda Copa seguida, sendo Ederson (16 jogos) o reserva imediato e Weverton (6 jogos), campeão olímpico na Rio-2016, o outro suplente. Neto (1 jogo), 32, do Barcelona, Everson (zero jogo), 31, do Atlético-MG, e Santos (zero jogo), 31, do Athletico-PR, campeão olímpico em Tóquio-2020, ficam em “stand by”.

Laterais (4)

Favoritos: Danilo (Juventus), 30 anos, Daniel Alves (Barcelona), 38, Alex Sandro (Juventus), 30, e Renan Lodi (Atlético de Madrid), 23. Guilherme Arana (Atlético-MG), 24, está no páreo.

Minha análise: Bom marcador, Danilo (25 jogos) é o titular na direita, porém, se Daniel Alves (11 jogos) estiver bem à época da convocação para a Copa, Tite pode escalá-lo, devido à maior técnica e, principalmente, experiência. Emerson (2 jogos), 22, do Tottenham, tem sido chamado e tenta entrar na briga. Na esquerda, Alex Sandro (21 jogos) aparece na frente na luta pela titularidade. Pelas ótimas apresentações pelo Atlético-MG, Guilherme Arana (1 jogo) ameaça Lodi (11 jogos), marcado negativamente pela falha contra a Argentina na final da Copa América deste ano.

Zagueiros (4)

Favoritos: Marquinhos (PSG), 27 anos, Éder Militão (Real Madrid), 23, e Thiago Silva (Chelsea), 37. Há disputa entre Lucas Veríssimo (Benfica), 26, Felipe (Atlético de Madrid), 32, Diego Carlos (Sevilla), 28, e Gabriel Magalhães (Arsenal), 23, pela vaga restante.

  • Minha análise: Marquinhos (37 jogos) é unanimidade, e cada vez mais Militão (15 jogos) vai ganhando espaço e suplantando o experiente Thiago Silva (25 jogos), titular nas Copas de 2014 e 2018. Veríssimo (3 jogos) tem como rivais pela última vaga três jogadores (Felipe, Magalhães e Diego Carlos, este campeão olímpico no Japão) que não atuaram como titulares da seleção. Possivelmente o posto será de quem estiver melhor perto da Copa, e pode ser que até lá surja um novo nome. Convocado algumas vezes, Rodrigo Caio (zero jogo), do Flamengo, não é confiável devido aos constantes problemas físicos.

Volantes (4)

Favoritos: Casemiro (Real Madrid), 29 anos, Fred (Manchester United), 28, Fabinho (Liverpool), 28. A quarta vaga está aberta, com chance para Gerson (Olympique de Marselha), 24, Douglas Luiz (Aston Villa), 23, e Bruno Guimarães (Lyon), 24.

  • Minha análise: Casemiro (31 jogos), um dos melhores da posição no mundo, é titularíssimo. Seu atual parceiro na contenção no meio-campo é o canhoto Fred (14 jogos). Douglas Luiz (5 jogos) ficou fora da última rodada das Eliminatórias, na qual esteve Gerson (3 jogos). Bruno Guimarães (1 jogo) é, como Douglas, medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio. Tanto Arthur (18 jogos), 25, titular na conquista da Copa América de 2019 e que não consegue se firmar na Juventus, como Allan (5 jogos), 30, do Everton, que não foram convocados neste ano, parecem cartas fora do baralho.

Meias (2)

Favoritos: Lucas Paquetá (Lyon), 24 anos, e Éverton Ribeiro (Flamengo), 32. Philippe Coutinho (Barcelona), 29, corre por fora.

  • Minha análise: Paquetá (17 jogos) é neste momento imprescindível à seleção –tem jogado bem e feito gols. Éverton (6 jogos) está em alta com Tite, e Coutinho (20 jogos), que tem convivido com lesões e jogado muito abaixo do que mostrava até a Copa de 2018, aparece como cotado devido à falta de nomes relevantes da posição nas listas de Tite, que ainda acredita no jogador. Edenílson (Internacional), 31, e o campeão olímpico Claudinho (Zenit), 24, sem partidas como titulares, são azarões.

Atacantes (6)

Favoritos: Neymar (PSG), 29 anos, Gabriel Jesus (Manchester City), 24, Roberto Firmino (Liverpool), 30, Richarlison (Everton), 24, e Gabigol (Flamengo), 25. Com chance: Raphinha (Leeds), 24, Vinicius Júnior (Real Madrid), 21, Antony (Ajax), 21, Matheus Cunha (Atlético de Madrid), 22, e Éverton Cebolinha (Benfica), 25.

  • Minha análise: Neymar (26 jogos) é certeza na Copa, pois é o craque do time. Como Tite sempre apostou em Jesus (23 jogos), Firmino (24 jogos) e Richarlison (20 jogos), eles dificilmente ficarão fora do Mundial, mesmo não fazendo uma temporada regular por seus clubes. Gabigol (8 jogos), pelas atuações e pelos gols no Flamengo, também não deve ser excluído. Vini Jr. (2 jogos) e os canhotos Raphinha (3 jogos) e Antony (zero jogo) vêm se destacando em suas equipes. Reserva no Atlético, Matheus Cunha (1 jogo), campeão olímpico como Antony e Richarlison, deixou boa impressão no mais recente duelo pelas Eliminatórias, contra a Argentina. Éverton (10 jogos), presente nas Copas América de 2019 e de 2021, não repete no Benfica as atuações da época de Grêmio.

Feitas essas ponderações, creio que os 23 de Tite seriam: Alisson, Ederson, Weverton, Danilo, Daniel Alves, Alex Sandro, Renan Lodi, Marquinhos, Éder Militão, Thiago Silva, Lucas Veríssimo, Casemiro, Fred, Fabinho, Gerson, Lucas Paquetá, Éverton Ribeiro, Neymar, Gabriel Jesus, Roberto Firmino, Richarlison, Gabibol e Raphinha.

O time titular seria, em um 4-3-1-2: Allison; Danilo, Marquinhos, Militão e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Paquetá; Neymar; Gabriel Jesus e Richarlison. Neymar atuaria como falso centroavante.

Se eu fosse o técnico, manteria os três goleiros. Na lateral, trocaria Lodi por Guilherme Arana. No meio, Fred (que considero um jogador comum) por Bruno Guimarães. Na zaga, Veríssimo por Diego Carlos. No meio, Éverton por Claudinho. No ataque, Jesus e Firmino por Vini Jr. e Pedro (zero jogo), 24, que não tem sido chamado por Tite –o flamenguista seria o único centroavante de ofício no elenco.

Meu time titular, em um 4-3-1-2: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Guilherme Arana; Casemiro, Gerson e Paquetá; Neymar; Raphinha e Vini Jr. Essa formação privilegia um meio-campo e uma lateral esquerda mais ofensivos, com Gerson e Arana, e um ataque mais veloz e driblador, com os “ponteiros” Vini Jr. e Raphinha. A falta de um centroavante clássico, que joga centralizado e perto do gol (Pedro seria reserva), exige que Neymar ou Paquetá estejam sempre perto da área para finalizar as jogadas armadas pelas laterais.

Em tempo: A próxima convocação, para jogos das Eliminatórias no fim de janeiro, deve dar uma forte indicação da lista final de Tite. Faltando dez meses para a Copa de 2018, dos 23 convocados por Tite, 19 foram à Rússia. Só perderam a vaga Daniel Alves (por lesão), Rodrigo Caio, Giuliano e Luan.

]]>
0
Episódio em Brasil x Argentina reúne incompetência, artimanha e desleixo https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/09/06/episodio-em-brasil-x-argentina-reune-incompetencia-artimanha-e-desleixo/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/09/06/episodio-em-brasil-x-argentina-reune-incompetencia-artimanha-e-desleixo/#respond Mon, 06 Sep 2021 11:15:51 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/Brasil-x-Argentina-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=22166 É para deixar qualquer um abismado a sequência de acontecimentos que resultaram na suspensão de Brasil x Argentina, pelas Eliminatórias da Copa de 2022, em São Paulo.

Passavam-se pouco mais de cinco minutos da partida entre os arquirrivais, líder e vice-líder do qualificatório, quando membros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entraram no campo do estádio do Corinthians para interromper o jogo deste domingo (5).

O motivo: jogadores argentinos, que, de acordo com as autoridades brasileiras, haviam mentido na declaração preenchida ao chegar ao Brasil, descumpriram determinação previamente estabelecida.

É importante fazer a leitura da versão de cada lado, pois há diferenças nos relatos, e é prematuro afirmar quem está dizendo verdades, meias verdades ou mentiras.

A minha conclusão é que houve incompetência e inação do lado brasileiro, inverdade e artimanha do lado argentino e um desleixo geral, de governos e entidades futebolísticas, em relação aos riscos da pandemia de Covid.

Parece ter mesmo havido mentira argentina no que tange aos jogadores que omitiram em sua chegada ao Brasil –na sexta-feira (3), depois de terem passado pela Venezuela– não apenas que estiveram na Inglaterra, mas que moram lá.

Os atletas são o goleiro Martínez, o zagueiro Romero, o meia Lo Celso e o meia-atacante Buendía. O primeiro e o último jogam no Aston Villa, vivem em Birmingham. Os outros defendem o Tottenham, residem em Londres.

A linha do tempo mostra que essa suposta fraude só foi descoberta várias horas depois de os argentinos terem se instalado em um hotel em Guarulhos (Grande São Paulo).

Como foi desvendada? Deduz-se que alguém da Anvisa, ou que tenha contato com alguém da Anvisa, se tocou de que entrara no Brasil argentino que jogava na Inglaterra.

Neymar pressiona o goleiro Emiliano Martínez, que atua pelo inglês Aston Villa, antes de a partida Brasil x Argentina ser suspensa (Amanda Perobelli – 5.set.2021/Reuters)

Neste momento, o governo brasileiro exige que estrangeiros que tenham estado no Reino Unido nos 14 dias anteriores à chegada ao país precisam cumprir quarentena (isolamento) de duas semanas aqui, para evitar a chance de disseminação da Covid, doença que matou mais de 4,5 milhões no mundo.

Sabia-se desde a convocação da seleção patagã, no dia 23 de agosto, que Martínez, Romero, Lo Celso e Buendía viriam, se nada de excepcional ocorresse, ao Brasil.

Era possível desde então que alguém ligado à Secretaria de Esporte do governo federal, já que as Eliminatórias são um evento de alta relevância e audiência, se mexesse e avisasse à AFA (Associação de Futebol Argentino), seja diretamente, seja via canais diplomáticos: vai dar confusão se vierem.

Ou ninguém do governo sabia dessa possibilidade, o que é um problema, ou, se sabia, não fez nada, igualmente um problema. Essa é a faceta da incompetência.

A inação ocorre depois da descoberta da presença dos quatro jogadores em solo brasileiro. A Anvisa agiu tão somente de forma polida. Acordou, diz, com os cartolas argentinos que eles não se deslocariam para fora do hotel e que seriam oportunamente deportados.

Nada contra ser polido. Mas, se alguma pessoa oferece risco sanitário, na falta da prevenção (impedir a entrada no país), deveria ser deportada imediatamente, e não sabe-se lá quando –suponho que só iriam embora junto com os outros jogadores, depois da partida.

Decidiu-se que ficariam? Então que tivessem vigilância todo o tempo da permanência. Todos os minutos. Ficariam em quartos isolados, as refeições seriam nesses aposentos, não poderiam sair dos mesmos em momento algum, só na hora de ir ao aeroporto.

Não aconteceu isso. E, se de fato houve um acordo –e é incrível como não se põe um trato tão importante no papel–, a Argentina não cumpriu, dizendo-se amparada pela Conmebol, a confederação sul-americana.

Aí é que entra o ardil. Imagino a fala de um dirigente: “Não tem ninguém vigiando os jogadores. Então deve ser só blá-blá-blá esse papo de quarentena. Vamos para o estádio, o jogo começa, aí já não dá para fazerem nada”.

Só que deu. E pegou mal para todos. Anvisa, Conmebol, seleção argentina. Sobrou até para a Polícia Federal, que teria chegado ao hotel só depois de o ônibus com os jogadores (incluindo a quadra que deveria estar confinada) ter saído para o estádio.

A solução esportiva depois da suspensão da partida, pois os argentinos se recusaram a atuar sem a presença de Martínez, Romero e Lo Celso, titulares contra o Brasil –Buendía não foi relacionado para o jogo–, será da Fifa, responsável pelas Eliminatórias.

A solução sanitária, percebe-se, está muito longe se ser equalizada. Leis, protocolos, acordos, nada disso serve se tudo é “para inglês ver”. Não há comprometimento, não há seriedade, não há bom senso.

A Inglaterra é país que o Brasil considera oferecer perigo sanitário? Sim. Martínez, Romero, Lo Celso e Buendía ofereciam esse risco? Sim. Poderiam estar infectados, mesmo assintomáticos e tendo testado negativo? Sim.

E os quatro estavam convivendo, em hotéis, ônibus, aviões, refeitórios, treinamentos, com todos os demais, havia pelo menos cinco dias. Os jogadores conversam entre eles, próximos, nem sempre usando máscara. Abraçam-se. Obviamente há chance, mesmo que pequena, de contágio.

Ou seja, nem os “ingleses” nem ninguém, absolutamente ninguém da delegação argentina, poderia entrar no Brasil.

Afirmar que, como passaram pela barreira de segurança e adentraram o país, não deveriam –todos, não só os quatro– circular por lugar nenhum, a fim de não terem contato com pessoas, é uma obviedade que governantes e dirigentes esportivos deveriam enxergar.

Isso se a questão de saúde fosse levada a sério, conforme a própria legislação determina.

Só que estamos no Brasil, país tanto do futebol como do descaso, da displicência, da negligência.

Por aqui, enxergar o óbvio mostra-se tão difícil como enxergar o sol em um dia nebuloso.

]]>
0
Sem ‘europeus’, Tite perderá 20 jogadores para Eliminatórias da Copa https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/08/25/sem-europeus-tite-perdera-20-jogadores-para-eliminatorias-da-copa/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/08/25/sem-europeus-tite-perdera-20-jogadores-para-eliminatorias-da-copa/#respond Wed, 25 Aug 2021 18:55:25 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/Tite-3-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=22080 Uma contenda entre clubes europeus e a Fifa pode deixar o técnico da seleção brasileira, Tite, sem 20 dos 25 jogadores convocados (80% do total) para os três jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 no início de setembro.

Duas questões fizeram as agremiações, amparadas por suas respectivas ligas, confrontar a entidade máxima do futebol: a pandemia de coronavírus e, no caso da América do Sul, a rodada tripla.

Na Inglaterra, a Premier League já avisou que os times não irão liberar os jogadores porque o Brasil está na “lista vermelha” do governo britânico.

Assim, os atletas que viajarem ao Brasil precisarão na volta à Inglaterra cumprir uma quarentena, ficando dez dias confinados em um hotel, para evitar risco de disseminação do coronavírus.

Isso faria com que eles desfalcassem suas respectivas equipes mais longamente do que elas gostariam, em competições nacionais e internacionais.

Na América do Sul, a Conmebol (confederação sul-americana) corre para terminar seu qualificatório, atrasado devido à não realização de partidas no pico da pandemia, a tempo do sorteio dos grupos para a Copa do Qatar.

Para isso, foi marcada rodada tripla (e não dupla, como é praxe) para setembro. O Brasil jogará nos dias 2 (Chile), 5 (Argentina) e 9 (Peru).

A ocorrência de mais duas rodadas neste ano (outra tripla, em outubro, e uma dupla, em novembro) deixa ainda mais insatisfeitos os clubes europeus, que teriam de liberar seus craques novamente em um curto intervalo de tempo.

A Associação de Clubes Europeus (ECA, na sigla em inglês) expôs sua discordância: “A ECA não aceitará que um órgão governante como a Fifa abuse de sua função reguladora para colocar seus interesses comerciais e os de suas associações acima do bem-estar físico dos jogadores e dos interesses esportivos dos clubes”.

O atacante Gabriel Jesus (esq.) e o goleiro Ederson não serão liberados pelo Manchester City para os jogos da seleção brasileira em setembro (Lucas Figueiredo – 5.jul.2018/CBF)

O que é certo neste momento é que os times ingleses não liberarão seus atletas, o que deixa a seleção brasileira sem nove dos listados por Tite na convocação: Alisson, Fabinho e Firmino (Liverpool); Ederson e Gabriel Jesus (Manchester City); Thiago Silva (Chelsea), Richarlison (Everton), Fred (Manchester United) e Raphinha (Leeds).

Em relação a este último, a ausência será especialmente sentida –pelo próprio. Segundo o departamento de comunicação do Leeds, o atacante de 24 anos está “desesperado” para defender pela primeira vez a seleção.

Na Espanha, LaLiga, a organizadora do campeonato nacional, posicionou-se a favor dos clubes que decidirem não fornecer seus atletas para as partidas do qualificatório sul-americano.

LaLiga comprometeu-se inclusive a agir juridicamente, se necessário, em possível embate com a Fifa.

De acordo com o Código Disciplinar da Fifa, clubes que não cederem seus jogadores estão sujeitos a punições, como multa, suspensão de atletas, perda de pontos no campeonato e até rebaixamento de divisão.

A decisão do Real Madrid afetará a seleção brasileira, já que Casemiro e Éder Militão estão convocados, assim como a do Atlético de Madrid, que acaba de contratar Matheus Cunha.

O atacante Matheus Cunha, destaque da seleção olímpica que ganhou o outro em Tóquio, trocou o Hertha Berlin pelo Atlético de Madrid, que pode não cedê-lo para a equipe de Tite (Atlético de Madrid – 25.ago.2021/AFP)

Os outros jogadores chamados por Tite que defendem equipes europeias são: Marquinhos e Neymar (PSG/França); Bruno Guimarães e Lucas Paquetá (Lyon/França); Danilo e Alex Sandro (Juventus/Itália); Lucas Veríssimo (Benfica/Portugal); e Claudinho (Zenit/Rússia).

Caso nenhum deles tenha permissão para vir ao Brasil, restam a Tite cinco atletas da lista divulgada no dia 13: o goleiro Weverton (Palmeiras), os laterais Daniel Alves (São Paulo) e Guilherme Arana (Atlético-MG), o meia Éverton Ribeiro (Flamengo) e o atacante Gabigol (Flamengo).

Ainda deve haver negociações e ações nos bastidores nos próximos dias para que pelo menos parte dos “europeus” possa servir a seleção, mas Tite certamente já elabora uma relação de jogadores que atuam no Brasil para substituir os que não poderão vir.

Nesse cenário de abertura de vagas, nomes em evidência no Brasileiro e/ou na Libertadores ou na Copa Sul-Americana, como Hulk (Atlético-MG), Bruno Henrique (Flamengo), Gustavo Scarpa (Palmeiras), Santos (Athletico-PR), Edenílson (Internacional) e Léo Ortiz (Bragantino), entre outros, têm chance de atuar pelo Brasil nesta rodada das Eliminatórias.

]]>
0
Tite convoca Claudinho e Raphinha; eles vão jogar ou bater palmas? https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/08/14/tite-convoca-claudinho-e-raphinha-eles-vao-jogar-ou-bater-palmas/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/08/14/tite-convoca-claudinho-e-raphinha-eles-vao-jogar-ou-bater-palmas/#respond Sat, 14 Aug 2021 04:40:34 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/Claudinho-2-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=22004 Na convocação da seleção brasileira que fez para os próximos três jogos das Eliminatórias da Copa do Qatar-2022, o técnico Tite chamou pela primeira vez o meia-atacante Claudinho e o atacante Raphinha. Os dois têm 24 anos.

O primeiro brilhou no mediano Bragantino, time do interior paulista, e defendeu a seleção olímpica medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio.

Foi contratado pelo Zenit, atual tricampeão russo, e poderá estrear neste domingo (15) ante o Lokomotiv de Moscou, como visitante.

Claudinho, com a tarja de capitão do Bragantino, domina a bola em partida da Copa Sul-Americana contra o Tolima, da Colômbia (Miguel Schincariol – 22.abr.2021/AFP)

O segundo destacou-se na mais recente temporada da Premier League (Campeonato Inglês) pelo mediano Leeds United, dirigido pelo argentino Marcelo “Loco” Bielsa.

Não foi contratado por nenhum time mais forte e jogaria neste sábado (14), contra o Manchester United, na Premier League, como visitante.

Ao vê-los na lista de Tite, me veio a pergunta: vão jogar ou apenas bater palmas?

Se você desconhece o termo “bater palmas”, explico, já que um dia eu também o desconhecia.

Estava, quando trabalhava na editoria de Esporte da Folha, em viagem ao interior de São Paulo, no fim dos anos 1990, para acompanhar uma decisão do Campeonato Paulista de basquete entre o Ribeirão Preto e o Franca.

Em conversa com o treinador do Ribeirão, Jorge Guerra, o Guerrinha (armador campeão pan-americano em Indianápolis-1987), ele me falava sobre seu time, e em um momento, quando questionei acerca de um dos jogadores, ele soltou algo como: “Esse aí só fica batendo palmas”.

Não entendi e perguntei do que se tratava, e Guerrinha explicou que tal atleta era o último reserva, que a chance de ele entrar em quadra era mínima, então ficava no banco “batendo palmas” todo o jogo, ou seja, incentivando os companheiros.

O técnico Guerrinha, ex-Ribeirão Preto, atualmente no Bauru (@baurubasket no Instagram)

Será que isso vai acontecer com Raphinha e com Claudinho nas partidas contra Chile, em Santiago (dia 2 de setembro), Argentina, em São Paulo (dia 5), e Peru, na pernambucana São Lourenço da Mata (dia 9)?

Considero muito provável.

Primeiro porque são calouros na seleção, e a concorrência de gente que já frequenta a equipe há mais tempo é enorme.

Para atacar, a seleção tem Neymar, Richarlison, Gabriel Jesus, Firmino, Gabigol, Lucas Paquetá, Éverton Ribeiro e Matheus Cunha.

Segundo porque Matheus Cunha, que foi calouro em convocação para as partidas diante de Peru e Bolívia, em outubro passado, também pelas Eliminatórias, somente bateu palmas.

Camisa 9 às costas, não atuou um único minuto. Nem contra os bolivianos, em jogo fácil (goleada por 5 a 0), Tite deu oportunidade ao novato.

Veja só: Lucas Paquetá, pelas boas apresentações na Copa América, deve ser titular, assim como Richarlison e Gabriel Jesus. Neymar, então, é titularíssimo, só não joga se não quiser. Paquetá sai? Entra Éverton Ribeiro. Richarlison e Jesus saem? Entram Firmino e Gabigol. Neymar não sai.

E o próximo da fila, entre os suplentes, é justamente Matheus Cunha. Nesse contexto, minguam as chances de Raphinha e Claudinho terem minutos em campo.

Raphinha, atacante do Leeds, festeja gol contra o Fulham na Premier League (Justin Setterfield – 19.mar.2021/AFP)

Cada um deles precisará ou arrebentar nos poucos treinamentos, a fim de convencer Tite a colocá-los à frente dos veteranos, que certamente ficarão descontentes –isso de “compor o grupo” é papo, quem está lá quer jogar o máximo que puder–, ou contar com a lesão de alguém –logicamente não se torce por isso.

Uma pena que, quase certo, os dois baterão palmas o tempo todo (ou quase todo), já que são jogadores ótimos.

Velozes, driblam com extrema facilidade; se Claudinho é bom finalizador, Raphinha tem a vantagem de ser um bom garçom: foram nove assistências no último Inglês, o sexto melhor no ranking.

O que é alentador é que, se eles ficarem restritos às palmas, será porque os que estão jogando estarão arrebentando –tomara não só aos olhos de Tite, mas aos olhos de todos.

]]>
0
Qual a chance de cada campeão olímpico triunfar em seu clube? https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/08/09/qual-a-chance-de-cada-campeao-olimpico-triunfar-em-seu-clube/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/08/09/qual-a-chance-de-cada-campeao-olimpico-triunfar-em-seu-clube/#respond Mon, 09 Aug 2021 05:01:33 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/Festa-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21970 A seleção masculina de futebol conquistou, ao derrotar a Espanha no sábado (7) em Yokohama, o bicampeonato nas Olimpíadas.

Os principais destaques da campanha em solo japonês foram Richarlison e Matheus Cunha, com respectivamente cinco e três gols marcados, além do também atacante Malcom, autor do gol que rendeu o ouro.

Medalha dourada no peito, qual a chance de eles triunfarem na temporada que está começando em alguns países, em vias de começar em outros e em andamento na América do Sul?

E os demais integrantes da seleção olímpica? Há possibilidade real de erguerem um troféu nos próximos meses ou a equipe que cada um defende está longe de ser favorita?

Eis a situação de cada um, dos 11 titulares aos 11 reservas da seleção olímpica.

O goleiro Santos, do Athletico-PR, salta para defender cobrança na disputa de pênaltis contra o México na semifinal das Olimpíadas (Mike Segar – 3.ago.2021/Reuters)

Santos

Goleiro titular. O Athletico-PR participa de três competições. Está em sexto lugar no Campeonato Brasileiro, a 11 pontos do líder (Atlético-MG). Na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, disputará as quartas de final. Enfrentará Santos, na primeira, e LDU (Equador), na segunda.

Daniel Alves

Lateral direito titular. O São Paulo está em três campeonatos. No Brasileiro, vai mal. Em 16º, luta contra o rebaixamento. Na Libertadores, tem um duelo dificílimo nas quartas de final (Palmeiras). Na Copa do Brasil, também nas quartas de final, o adversário é o Fortaleza, terceiro colocado no Brasileiro, que no sábado ganhou do Palmeiras no Allianz Parque.

Nino

Zagueiro titular. O Fluminense disputa o Brasileiro e as quartas de final de Libertadores e Copa do Brasil. Não é favorito no campeonato nacional, no qual ocupa a 13ª colocação. Os confrontos nos mata-matas são difíceis, especialmente o da Copa do Brasil (Atlético-MG, líder do Brasileiro). Na competição continental, o oponente é o Barcelona (Equador).

Diego Carlos

Zagueiro titular. Defende o Sevilla (Espanha), que não é campeão espanhol desde 1945/46. Na Liga dos Campeões da Europa (Champions) e na Copa do Rei, jogará como azarão, especialmente na primeira.

Guilherme Arana

Lateral esquerdo titular. O Atlético-MG está muito forte atualmente. Lidera o Brasileiro, dois pontos à frente do Palmeiras, e é favorito contra o Fluminense nas quartas de final da Copa do Brasil. Na Libertadores, o rival nessa mesma fase é indigesto: o argentino River Plate.

Douglas Luiz

Volante titular. Defende o Aston Villa (Inglaterra). Perdeu na semana passada seu melhor jogador (Grealish, vendido ao Manchester City) e será surpresa se conseguir qualquer título. É time para meio de tabela na Premier League, e não está em torneios internacionais. Nos nacionais (Copa da Inglaterra e Copa da Liga Inglesa), não é campeão desde 1996 (Copa da Liga).

Bruno Guimarães

Volante titular. Defende o Lyon (França). Ganhar o Campeonato Francês, ou mesmo uma Copa nacional, tendo o poderosíssimo Paris Saint-Germain (de Neymar e talvez de Messi) participando, é tarefa inglória, porém não impossível –neste ano, o Lille surpreendeu e ganhou a Ligue 1, e o Lyon perdeu só na disputa de pênaltis para o PSG a Copa da Liga. Disputará também a Liga Europa, segundo torneio em importância no velho continente.

Claudinho

Meia titular. Acaba de trocar o Bragantino pelo russo Zenit, onde será companheiro de Malcom. O clube de São Petersburgo lidera o Campeonato Russo, do qual é o atual tricampeão, com três vitórias em três partidas. O time sempre é bem cotado para ganhar a Copa local –nos últimos anos, a venceu em 2016 e em 2020–, porém deve ser figurante na Champions League.

Anthony

Atacante titular. O Ajax é o atual bicampeão nacional e, junto com o PSV, a maior força do futebol holandês. A equipe conquistou as duas edições mais recentes da Copa da Holanda. Na Champions League, devido à força dos oponentes de ligas mais fortes (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França), o título é improvável.

Matheus Cunha

Atacante titular. Defende o Hertha Berlin (Alemanha). A temporada promete ser de seca. O time da capital lutou contra o rebaixamento na Bundesliga mais recente –não é campeão desde 1931–, jamais ganhou a Copa da Alemanha e não disputará torneios internacionais. Uma transferência de clube parece ser o melhor caminho para Matheus Cunha.

Richarlison

Atacante titular. Defende o Everton (Inglaterra). Situação similar à de Douglas Luiz. O time azul de Liverpool deve ficar em posição intermediária na Premier League, lutando talvez por vaga em competição europeia (não a Champions, mas a Liga Europa ou a novata Liga Conferência). O clube não é campeão desde 1995, quando ganhou a Copa da Inglaterra e a Supercopa da Inglaterra.

Brenno

Goleiro reserva. O Grêmio faz um péssimo Brasileiro –é o penúltimo colocado–  e nas quartas de final da Copa do Brasil terá uma pedreira: o Flamengo.

Lucão

Goleiro reserva. Tem a concorrência do experiente Vanderlei pela vaga de titular no Vasco. O time carioca está em um modesto sétimo lugar na Série B do Brasileiro e já foi eliminado da Copa do Brasil.

Bruno Fuchs

Zagueiro reserva. Defende o CSKA (Rússia). O time é uma das forças de Moscou, junto com o Lokomotiv e o Spartak, porém ficou apenas em sexto em 2020/21 e começou mal o atual Campeonato Russo, com uma vitórias e duas derrotas, já vendo o Zenit distante na tabela. Ergueu o troféu pela última vez em 2016; na Copa local, não vence desde 2013.

Ricardo Graça

Zagueiro reserva. Mesma situação do goleiro Lucão no Vasco da Gama.

Abner

Lateral esquerdo reserva. Mesma situação do goleiro Santos no Athletico Paranaense.

Gabriel Menino

Volante/lateral direito reserva. O Palmeiras tem um dos melhores elencos do Brasil e está em segundo no Brasileiro, atrás somente do Atlético-MG. Já foi eliminado da Copa do Brasil, e nas quartas de final da Libertadores fará o clássico com o São Paulo.

Matheus Henrique

Meio-campista reserva. Está em vias de deixar o Grêmio para atuar pelo Sassuolo (Itália). O time, que tem só dois títulos em sua história (o da Série B do Italiano, em 2013, e a Supercopa da Série C, em 2008), chegou em oitavo lugar na Série A (primeira divisão) nas duas temporadas mais recentes e brigará por vaga em competição europeia. Caso a negociação fracasse, viverá a mesma situação do goleiro Brenno no tricolor gaúcho.

Reinier

Meia-atacante reserva. Defende o Borussia Dortmund (Alemanha), emprestado pelo Real Madrid. Atual campeão da Copa da Alemanha, o time é um dos candidatos ao título do Campeonato Alemão, o qual venceu pela última vez em 2012. O problema é ter a concorrência do Bayern de Munique, que ganha sempre desde 2013. Os dois clubes se enfrentarão no dia 17 deste mês pelo título da Supercopa da Alemanha. O Dortmund também disputará, sem favoritismo, a Champions League.

Malcom

Atacante reserva. Mesma situação do meia Claudinho no Zenit, da Rússia.

Paulinho

Atacante reserva. Defende o Bayer Leverkusen (Alemanha). A equipe terminou a Bundesliga 2020/21 em sexto lugar, muito distante (26 pontos) do campeão, o Bayern. A colocação assegurou uma vaga na Liga Europa, mas será uma enorme surpresa se o Leverkusen vencê-la. Na Copa da Alemanha, um único título, em 1993.

Gabriel Martinelli

Atacante reserva. Defende o Arsenal (Inglaterra). Um dos grandes ingleses, o time londrino decepcionou na última Premier League, na qual ficou na oitava posição, não se classificando para nenhuma competição europeia. As esperanças maiores de título estão depositadas nas Copas, a da Inglaterra e a da Liga Inglesa.

Gabriel Martinelli, jogador do Arsenal, em ação contra o México na semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio (Mike Segar – 3.ago.2021/Reuters)

Em resumo, as melhores chances de ser campeão a curto ou médio prazo, considerando o retrato atual dos campeonatos e das equipes, pertencem a Guilherme Arana (Atlético-MG), Gabriel Menino (Palmeiras), Claudinho, Malcom (ambos Zenit) e Anthony (Ajax).

E as piores são de Matheus Cunha (Hertha Berlin), Douglas Luiz (Aston Villa), Richarlison (Everton), Paulinho (Bayer Leverkusen) e Lucão (Vasco).

*

Em tempo: André Jardine, o treinador campeão nos Jogos Olímpicos no Japão, não tem vínculo com nenhum clube e definirá seu rumo depois de conversar com a direção da Confederação Brasileira de Futebol.

]]>
0
Tite acumula o que só técnico do Maracanazo acumulou na seleção https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/23/tite-acumula-o-que-so-tecnico-do-maracanazo-acumulou-na-selecao/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/23/tite-acumula-o-que-so-tecnico-do-maracanazo-acumulou-na-selecao/#respond Wed, 23 Jun 2021 14:05:25 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Tite-2-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21656 O gaúcho Adenor Leonardo Bachi, o Tite, ao completar cinco anos no comando da seleção brasileira, o que ocorreu no domingo (20), conseguiu um feito raríssimo: permanecer por esse período de tempo, ininterruptamente, no cargo.

Ao longo da história da seleção, iniciada em 1914, somente um treinador se sustentou na direção da equipe por um intervalo sequencial tão longo.

O mineiro Flávio Rodrigues Costa (1906-1999) dirigiu a seleção pela primeira vez no dia 14 de maio de 1944, numa goleada por 6 a 1 do Brasil sobre o Uruguai, em um amistoso em São Januário, no Rio. Os gols do Brasil foram de Eduardo Lima (2), Isaías, Tesourinha, Ruy e Lelé.

Nesse e no jogo seguinte, também em maio daquele ano, Flávio Costa dividiu o banco de reservas com outro treinador, o português Jorge Gomes de Lima, o Joreca (1904-1949).

A partir de 1945, Costa prosseguiu sozinho. Ele permaneceu até o dia 16 de julho de 1950, dia da fatídica derrota por 2 a 1, de virada, na decisão da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã lotado.

Ironia do destino, Costa encerrou esse ciclo na seleção, na partida que ficou conhecida como Maracanazo, perdendo para o mesmo oponente, o Uruguai, que lhe rendera sucesso na estreia.

Assim, do seu jogo inicial até o final, ele esteve com a seleção 2.255 dias. Não obtive a informação da data em que Costa foi nomeado pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos) para a função.

Tite está no cargo desde 20 de junho de 2016, há exatos 1.826 dias. Sua estreia ocorreu no dia 1º de setembro desse ano, uma vitória por 3 a 0 sobre o Equador, no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, com gols de Gabriel Jesus (2) e Neymar.

E qual deles, Flávio Costa ou Tite, teve um desempenho superior ao completar cinco anos no comando da seleção?

Em conquistas, Tite faturou uma Copa América (2019), mesma quantia de Costa (1949), podendo passar à frente se ganhar a que está em andamento no Brasil.

Os dois têm no currículo um título do Superclássico das Américas, contra a Argentina. Tite em 2018, Costa em 1945, quando a disputa era chamada de Copa Roca.

E ambos amargam um revés em Copa do Mundo. Tite na de 2018, na Rússia; Costa, como mencionado, na de 1950.

Iguais nos títulos (desconsidero neste texto a conquista de Costa na Taça do Atlântico, em 1946, pois Tite não tem como disputar essa competição, já extinta), o critério de desempate, por ora, fica sendo o aproveitamento de vitórias.

E nesse item Tite leva: acumula 75%. Em 56 jogos, foram 42 triunfos, dez empates e quatro derrotas.

Costa teve 67% (43 jogos, 29 vitórias, seis empates e oito derrotas).

Flávio Costa (dir.), em 1961, com Zezé Moreira, que o sucedeu na seleção brasileira depois da derrota na decisão da Copa de 1950 (Folhapress)

Em tempo: Além do período mencionado, Flávio Costa esteve à frente da seleção brasileira em outros 17 jogos, em 1955 e em 1956, registrando 11 vitórias, três empates e três derrotas.

]]>
0
Copa América no Brasil é boa notícia para Tite e a seleção brasileira https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/02/copa-america-no-brasil-e-boa-noticia-para-tite-e-a-selecao-brasileira/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2021/06/02/copa-america-no-brasil-e-boa-noticia-para-tite-e-a-selecao-brasileira/#respond Wed, 02 Jun 2021 05:01:24 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/Tite-1-320x213.png true https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=21475 Discussões envolvendo a pandemia de coronavírus à parte, esportivamente a decisão do governo Bolsonaro de bancar a realização da Copa América deste ano, após as desistências de Colômbia e Argentina, é notícia animadora para Tite e para a seleção brasileira.

Em todas as vezes que o Brasil sediou a competição –foram cinco–, a seleção verde e amarela saiu vencedora.

A primeira, em 1919. A última, em 2019. Ente elas, em 1922, em 1949 e em 1989.

Nas outras 41 edições, nas quais o Brasil não foi o organizador, a seleção faturou somente quatro títulos.

Ou seja, em casa, o aproveitamento é de 100%; fora, despenca para pouco menos de 10%%.

Se a história traz otimismo, há a outra face da moeda.

A pressão por ganhar, pelo fato de atuar em território brasileiro, torna-se muito maior, quase uma obrigação.

Qualquer resultado que não seja disputar a final será considerado um fracasso.

Mas esse é um desafio que certamente não amedronta Tite, que já tem experiência (vencedora) na competição e desta vez, diferentemente de dois anos atrás, contará com Neymar, seu melhor jogador –caso ele não se machuque, como ocorreu antes da disputa de 2019.

Se vencer, Tite não será o primeiro técnico a ser duas vezes campeão com o Brasil na Copa América, que até 1975 era chamada de Sul-Americano.

Nas conquistas de 1919 e de 1922, nas quais a seleção teve mais de um treinador no comando (cinco e três, respectivamente), Amílcar Barbuy e Ferreira Vianna Neto estavam na comissão técnica.

Antes de iniciar a busca pelo heptacampeonato continental –o Uruguai é o maior vencedor, com 15 títulos–, o Brasil terá dois compromissos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar: nesta sexta (4), contra o Equador, e na terça (8), diante do Paraguai.

A estreia da seleção na Copa América, em cidade e estádio a serem anunciados (as sedes serão Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás), será na segunda-feira, dia 14, contra os venezuelanos.

Também estão no grupo do Brasil, o A, Peru, Colômbia e Equador, a quem enfrentará nessa ordem.

O Grupo B tem a Argentina de Messi, a Bolívia, o Chile, o Paraguai e o Uruguai.

A competição começa no dia 13 (domingo) e termina, caso não haja alteração, no dia 10 de julho, um sábado.

Na TV, exibirão a Copa América o SBT e os canais Disney (ESPN e Fox Sports).

]]>
0
Seleção faz Firmino esquecer escassez de gols no Liverpool https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/selecao-faz-firmino-esquecer-escassez-de-gols-no-liverpool/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/selecao-faz-firmino-esquecer-escassez-de-gols-no-liverpool/#respond Sat, 14 Nov 2020 11:05:17 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/11/Firmino-3-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20358 A seleção brasileira tem feito bem a Roberto Firmino.

Os gols que rarearam no Liverpool desde o começo da temporada 2020/2021 estão saindo com o uniforme da seleção brasileira.

Firmino marcou nesta sexta (13), no Morumbi, em São Paulo, o gol solitário em Brasil x Venezuela, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, que será no Qatar.

A vitória deixou a seleção de Tite com nove pontos, no topo do classificatório. Depois de três jornadas, somente o Brasil tem 100% de aproveitamento. A Argentina tem sete pontos, e Uruguai e Equador, seis cada um.

Na rodada inicial, Firmino marcou duas vezes na goleada por 5 a 0 diante da Bolívia, no estádio do Corinthians. Os três gols fazem dele o coartilheiro do Brasil nas eliminatórias, ao lado de Neymar, que está fora desta rodada dupla devido a uma lesão.

As atuações e os gols pela seleção servem para que o atacante ganhe confiança para tentar retomar a fase artilheira no clube inglês, desaparecida há algum tempo e que pode fazer com que perca a posição de titular.

Concorrente do brasileiro nos Reds, o recém-contratado português Diogo Jota vem se destacando e fazendo muitos gols (sete em 11 partidas).

Firmino se lamenta em Liverpool x West Ham, pelo Campeonato Inglês, no qual atuou oito vezes e fez apenas um gol (Jon Super – 31.out.2020/Reuters)

Na atual temporada, Firmino atuou pelo atual campeão inglês em 12 jogos válidos por competição (oito na Premier League, três na Champions League e um na Supercopa da Inglaterra). Fez um mísero gol, contra o Sheffield United, no dia 24 de outubro.

Com a camisa 9 do Liverpool, jogou nessas partidas um total de 800 minutos. Ou seja, um único golzinho em mais de 13 horas em campo.

Com a camisa 20 da seleção canarinho, atuou 230 minutos nestas eliminatórias, somando os duelos com Bolívia, Peru e Venezuela. Em média, registou um gol a cada uma hora e 17 minutos (ou a cada 77 minutos), um desempenho bem positivo.

Firmino terá oportunidade para esticar seu momento goleador com a seleção na terça-feira (17), quando o Brasil visita o Uruguai em Montevidéu, às 20 horas (de Brasília).

Leia também: Firmino se iguala a Putin e Macron no favoritismo para o Nobel da Paz

]]>
0
Bolívia é o time que mais derrotou o Brasil nas eliminatórias da Copa https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/10/09/bolivia-e-o-time-que-mais-derrotou-o-brasil-nas-eliminatorias-da-copa/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/10/09/bolivia-e-o-time-que-mais-derrotou-o-brasil-nas-eliminatorias-da-copa/#respond Fri, 09 Oct 2020 06:00:06 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/10/Bolivia-1-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20189 É improvável, improbabilíssimo acontecer.

Nem o mais pessimista dos brasileiros acredita que o Brasil possa perder para os bolivianos em sua estreia nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, que será no Qatar.

A seleção comandada por Tite joga nesta sexta (9), às 21h30, em Itaquera, contra a Bolívia, que têm uma das mais fracas seleções da América do Sul.

Não, mesmo que Neymar não jogue, a Bolívia não assusta. Nas 20 partidas mais recentes, de 2018 para cá, ganhou meras duas, diante dos inexpressivos Mianmar e Haiti.

Nas demais, seis empates e 12 derrotas, incluindo as três na Copa América do ano passado, no Brasil –uma delas para a seleção brasileira, 3 a 0 no Morumbi–, que resultaram na eliminação na primeira fase.

Na teoria, o Brasil tem que não só ganhar mas golear, tamanha a superioridade individual no papel.

Perder é inimaginável. Até porque jamais perdeu um único jogo de eliminatória de Copa atuando em solo nacional. São 54 confrontos, 42 vitórias e 12 empates.

A Bolívia atuou como visitante diante do Brasil nas eliminatórias em sete ocasiões. Sete vitórias canarinhas? Não. Houve dois empates, 1 a 1 em 1985, em São Paulo, e 0 a 0 em 2008, no Rio.

Das cinco vitórias, três foram por goleada, um 6 a 0 em 1993, no Recife, um 5 a 0 em 2000, no Rio, e outro 5 a 0 em 2016, em Natal (Firmino, Coutinho e Neymar marcaram nesse duelo).

Geralmente frágil como visitante, tanto que será uma tremenda surpresa se arrancar um empate que seja no estádio do Corinthians –uma derrota verde e amarela será, sem dúvida, vexaminosa–, a Bolívia é a seleção que mais vezes superou o Brasil nas eliminatórias.

Isso deve-se ao fator casa/campo. Três vezes os bolivianos deixaram triunfantes o gramado no estádio Hernando Siles, na altitude de La Paz (3.640 metros), quase sempre um terror para quem lá se aventura.

A primeira delas, em 1993, foi histórica, já que marcou a primeira derrota do Brasil em um jogo de qualificação para uma Copa. Taffarel, o espetacular goleiro Taffarel, falhou em um dos gols (o de “El Diablo” Etcheverry) no 2 a 0. O técnico era Carlos Alberto Parreira.

Manchete da capa da seção de Esporte da Folha relata a 1ª derrota do Brasil em eliminatórias de Copa do Mundo (26.jul.1993/Reprodução)

Os outros reveses da seleção nacional na capital boliviana ocorreram em 2001 (3 a 1, com Felipão treinador) e em 2009 (2 a 1, com Dunga técnico).

Aliás, a última vez que o Brasil superou a Bolívia como visitante em eliminatórias foi em 1985, longínquos 35 anos atrás, um 2 a 0 no qual Casagrande, hoje comentarista da Globo, abriu o placar.

As outras nove derrotas do Brasil em jogos que contam para obter vaga em Mundiais foram para Argentina (duas vezes), Chile (duas), Paraguai (duas), Equador (duas) e Uruguai (uma).

*

Em tempo: A Bolívia que buscará surpreender o Brasil, levando-se em conta o 11 provável que irá a campo, conta com jogadores que atuam somente no futebol local (a maioria de Blooming ou The Strongest), sendo dois nascidos no exterior (Erwin Sánchez Jr., Portugal, e Antonio Bustamante, EUA); laterais gêmeos (Jesús Sagredo, direito, e José Sagredo, esquerdo); treinador venezuelano (César Farías); e um jogador de 41 anos (Carlos Saucedo) como maior esperança de gols. “Temos um grande time, um grande grupo de companheiros, e essa é nossa fortaleza. Estamos confiantes e sabemos que conseguiremos um bom resultado”, disse o veterano, resoluto, na véspera da partida.

]]>
0
Nulidades do Brasil na Copa de 2018 estão em seleção da Liga Europa https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/12/nulidades-do-brasil-na-copa-de-2018-estao-em-selecao-da-liga-europa/ https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/2020/09/12/nulidades-do-brasil-na-copa-de-2018-estao-em-selecao-da-liga-europa/#respond Sat, 12 Sep 2020 18:15:20 +0000 https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Fred-e-Taison-320x213.png https://omundoeumabola.blogfolha.uol.com.br/?p=20078 Fred e Taison. Quem tem memória curta não deve se lembrar de que ambos estiveram na seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Pudera. Entre os jogadores que integraram a equipe, eliminada nas quartas de final ante a Bélgica, o volante do Manchester United e o atacante do Shakhtar Donetsk estiveram entre os menos relevantes. Verdadeiras nulidades.

Jogadores do Inter de Porto Alegre antes de serem negociados com o futebol ucraniano, Taison e Fred não pisaram nos campos no Mundial russo. Entre os jogadores de linha, na mesma situação que eles esteve somente o zagueiro Pedro Geromel.

Contundido, Fred, não foi relacionado para a estreia, 1 a 1 contra a Suíça. Nos demais jogos, esteve na reserva e não foi utilizado por Tite. Taison não teve problema de lesão, porém esquentou o banco o tempo todo nas cinco partidas da seleção.

Desde então, o destro Taison, hoje com 32 anos, não foi mais lembrado por Tite, nem para amistosos nem para a Copa América de 2019, na qual o Brasil se sagrou campeão.

O canhoto Fred, de 27 anos, ainda teve oportunidades em amistosos no segundo semestre de 2018 antes de “cair no esquecimento” da comissão técnica da seleção.

Passados pouco mais de dois anos da Copa, Taison e Fred, surpreendentemente, estão em alta.

Encerrada a Liga Europa, no mês passado, eles integraram a lista da Uefa (entidade que rege o futebol europeu) dos melhores jogadores da competição, a segunda em importância no velho continente, atrás da Champions League.

Tanto o Man United, do mineiro Fred, como o Shakhtar, do gaúcho Taison, caíram nas semifinais –o Sevilla ganhou a Liga Europa ao superar a Inter de Milão da final.

O volante Fred em partida do Manchester United contra o Copenhague, pelas quartas de final da Liga Europa (Sascha Steinbach – 10.ago.2020/AFP)

Será que os bons desempenhos na competição são suficientes para que Tite volte a dar a eles uma chance na seleção?

O treinador convocará em breve –a CBF não divulgou a data, mas deve ser no fim da semana que vem– os jogadores para as primeiras partidas das eliminatórias para a Copa do Qatar-2022, nos dias 7 (Bolívia, em casa) e 12 (Peru, fora) de outubro.

Questionei a comissão técnica da seleção sobre a situação de Fred e Taison. Eles continuam sendo observados? Se sim, em quais partidas isso ocorreu? Qual a avaliação sobre eles?

Eis a resposta, lacônica, via assessoria de comunicação da CBF: “A comissão técnica da seleção brasileira não externa os nomes presentes em sua lista de observações”.

Ou seja, não há interesse de Tite e companhia em dar indicação a respeito da possibilidade de Fred e Taison retornarem à equipe verde e amarela.

Acredito, porém, que todos os atletas que atuam em clubes relevantes e/ou que participam de campeonatos de alto nível estão no radar de Tite e de seus observadores.

Isso coloca a dupla citada como postulante? Sim. Com qual chance? Reduzida. No caso de Taison, reduzidíssima.

No ataque, Tite tem outros preferidos no momento. Vários.

Além de Neymar, cuja vaga é cativa, estão (bem) à frente de Taison pelo menos seis jogadores: Philippe Coutinho, Gabriel “Gabigol”, Everton Cebolinha, Richarlison, Roberto Firmino e Gabriel Jesus.

Para volante, Casemiro, Arthur, Fabinho e Bruno Guimarães situam-se em patamar superior ao de Fred.

Que, aliás, nem titular do Man United deve ser no começo da temporada 2020/21 –o técnico Ole Solskjaer tem preferência por Pogba e Matic e ainda conta com o recém-contratado Van de Beek.

Desse modo, integrar a seleção da Liga Europa, ao lado de Lukaku, Rashford, Havertz e Banega, entre outros jogadores de ótimo nível, passa a ser apenas um ponto positivo no currículo de Fred e Taison.

Na prática, eles não deverão ter nova oportunidade com a camisa amarela, e, na análise deste que aqui escreve, não farão falta.

Marcado por Godín, Taison defende o Shakhtar Donetsk na semifinal da Liga Europa 2019/20 (Sascha Steinbach – 17.ago.2020/AFP)

Taison, se fosse tudo isso, não estaria há nove temporadas no Shakhtar, da Ucrânia. Já teria sido contratado por uma grande liga europeia.

E Fred, ex-Shakhtar, se fosse tudo aquilo, não estaria na condição de opção no Man United –seria titular absoluto.

Sua chance existe porque, ao mesmo tempo em que atravessa boa fase, um concorrente direto, Arthur, está em momento de baixa.

Caso Tite opte por não chamar Arthur (que trocou a contragosto o Barcelona pela Juventus), Fred concorre com Fernandinho (Manchester City), Gerson (Flamengo) e Allan (ex-Napoli, atual Everton).

]]>
0