Eurocopa dá a largada; veja os favoritos e conheça os estreantes
Com um ano de atraso, tendo seu adiamento provocado pela pandemia de coronavírus, a Eurocopa, principal competição europeia entre seleções, começa nesta sexta (11).
O campeonato será em múltiplas sedes, algo inédito (no máximo houve dois co-organizadores, em três ocasiões), em comemoração às seis décadas de sua existência –a primeira das 15 edições (esta é a 16ª) ocorreu em 1960, na França.
Ao todo, 11 cidades de 11 países (Azerbaijão, Alemanha, Dinamarca, Escócia, Espanha, Holanda, Hungria, Inglaterra, Itália, Romênia e Rússia) abrigarão as 66 partidas.
A primeira delas será no Estádio Olímpico de Roma (Itália x Turquia), às 16 horas (de Brasília). A decisão está marcada para o dia 11 de julho (domingo), no estádio de Wembley, em Londres.
Vinte e quatro seleções, divididas em seis grupos de quatro, disputam a Euro, a saber:
- Grupo A – Itália, País de Gales, Suíça e Turquia
- Grupo B – Bélgica, Dinamarca, Finlândia e Rússia
- Grupo C – Áustria, Holanda, Macedônia do Norte e Ucrânia
- Grupo D – Croácia, Escócia, Inglaterra e República Tcheca
- Grupo E – Eslováquia, Espanha, Polônia e Suécia
- Grupo F – Alemanha, França, Hungria e Portugal
A tradição conta na corrida pelo título? Sem dúvida, a camisa faz diferença, mas a história mostra que nem sempre as seleções mais conceituadas triunfam.
A Tchecoslováquia ergueu a taça em 1976; a Holanda, em 1988; a Dinamarca, em 1992; a Grécia, em 2004; e Portugal, em 2016. Nenhum desses países detinha o favoritismo à época.
E agora? Quem são os favoritos? Elegi os meus e os elenco a seguir.
França
A atual campeã mundial encabeça a relação das equipes mais cotadas ao título da Euro. Tem o mesmo treinador (Didier Deschamps) desde 2012, um time entrosado, o melhor volante do mundo na atualidade (Kanté) e um ataque que promete muitos gols, com o trio Mbappé, Griezmann e Benzema, este último convocado depois de um hiato de cinco anos e meio. Está invicta há 16 jogos oficiais, com 13 vitórias e três empates.
Itália
Desde que Roberto Mancini assumiu o comando técnico, em maio de 2018, a Itália, que não disputou a Copa do Mundo da Rússia, perdeu um único jogo oficial, em setembro daquele ano, 1 a 0 para Portugal, na Liga das Nações. Nas demais 22 partidas, 17 vitórias e cinco empates. A defesa continua sendo, sob a liderança da dupla de zaga Bonucci/Chiellini, o ponto forte, porém o ataque tem funcionado –em 32 jogos com Mancini, só em três a Azzurra não marcou.
Portugal
Em busca do bi, os portugueses têm no papel um time até melhor do que o que triunfou na França cinco anos atrás. O artilheiro Cristiano Ronaldo, mesmo aos 36 anos, continua em grande forma, Bruno Fernandes é um dos melhores meias da atualidade, e outros que jogam na frente (Bernardo Silva, Diogo Jota, André Silva e João Félix) podem desequilibrar qualquer jogo. Os laterais (João Cancelo e Raphael Guerreiro) são muito bons. Desde a Copa do Mundo, em 29 jogos, o time dirigido por Fernando Santos desde 2014 perdeu só dois.
Também são fortes, pela força da camisa e/ou pelos resultados recentes, Bélgica (líder do ranking da Fifa), Inglaterra (do goleador Harry Kane), Espanha (com uma geração de novos jogadores) e Alemanha (na despedida do treinador Joachim Löw).
A Euro multissede terá dois estreantes, 50% a menos do que o número de novatos no torneio de 2016 (Albânia, Eslováquia, Islândia e País de Gales).
As seleções da gélida Finlândia e da Macedônia do Norte, uma ex-república iugoslava, obtiveram inesperadas classificações e jogarão sem responsabilidade, com o objetivo inicial de passar para as oitavas de final.
Uma meta bastante possível de ser atingida, já que seus respectivos grupos não têm nenhum campeão mundial –o chamado “grupo da morte” (sempre há um) é o que reúne alemães, franceses e portugueses, com os húngaros como azarões.
Além disso, a edição de 2016 mostra que sonhos podem se tornar realidade.
Dos calouros, apenas a Albânia caiu na primeira fase, e mesmo assim ganhando um jogo. A Eslováquia foi até as oitavas de final, a Islândia, eliminando a Inglaterra, até as quartas, e País de Gales, derrotando a Bélgica, até as semifinais.
Para quem olhar dentre finlandeses e macedônios? Para dois atacantes que vestem a camisa 10 e cujos sobrenomes, e eles são conhecidos pelos sobrenomes, começam com a letra “p”.
Os gols de Pukki –que defende o Norwich, da Inglaterra– têm sido vitais para os primeiros, e a experiência e liderança do capitão Pandev, de 37 anos, que joga há 20 no futebol italiano, são o combustível que move os segundos.
A estreia da Finlândia é neste sábado, às 13 horas (de Brasília), contra a Dinamarca. A da Macedônia do Norte, no domingo, no mesmo horário, diante da Áustria. O SporTV exibe as partidas.