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Esquecida, Liga das Nações ressurge para definir seu 1º campeão

Ela está sumida, desaparecida, esquecida. Dela, já faz algum tempo, um tempo considerável, ninguém sabe, ninguém viu.

Mas ela está de volta, depois de um hiato gigantesco de quase seis meses e meio, e daqui a quatro dias conhecerá seu primeiro campeão.

Ela é a Liga das Nações (Nations League), torneio entre seleções europeias, divididas em quatro divisões (Liga A, Liga B, Liga C e Liga D), inaugurado em setembro do ano passado.

As semifinais serão realizadas nesta quarta (5) e quinta (6), e a final e a disputa do terceiro lugar estão marcadas para domingo (9).

A fase decisiva da competição tem Portugal como sede, e Cristiano Ronaldo e companhia estão na primeira semifinal, no Porto, que também abrigará a partida decisiva.

Os adversários dos favoritos portugueses são os suíços, que, historicamente econômicos nos gols, surpreenderam ao se classificarem com uma goleada, em casa, por 5 a 2 na Bélgica, terceira colocada na Copa do Mundo de 2018, na qual foi a algoz do Brasil.

O habilidoso atacante Shaqiri é o principal jogador da Suíça, que depois de surpreender a Bélgica na Nations League tentará fazer o mesmo com Portugal (Rafael Marchante – 4.jun.2019/Reuters)

A segunda semifinal, bastante atrativa, será entre Inglaterra e Holanda, na cidade de Guimarães.

Na fase de grupos, a Inglaterra, cujos clubes de futebol estão em alta – os finalistas da Champions League deste ano, assim como os da Liga Europa, foram ingleses –, superou a sempre fortíssima Espanha e a Croácia, atual vice-campeã mundial.

A desacreditada Holanda, que nem havia se classificado para a Copa, enfrentou rivais igualmente difíceis, talvez até mais – Alemanha e França, as duas mais recentes campeãs do mundo (2014 e 2018) –, e mesmo assim avançou.

Esse confronto destaca novo duelo entre o artilheiro inglês Harry Kane e o zagueiro holandês Van Dijk. Quatro dias atrás, na decisão da Champions, o Liverpool de Van Dijk derrotou por 2 a 0 o Tottenham de Kane.

Kane e Van Dijk (atrás) disputam a bola na final da Champions League; eles terão um reencontro na semifinal da Liga das Nações entre Inglaterra e Holanda (Sergio Perez – 1º.jun.2019/Reuters)

Com a Liga das Nações, a Uefa, entidade que rege o futebol na Europa, teve a ideia de dar importância às datas Fifa, reservando-as não a amistosos, mas a jogos válidos por competição.

Despertou interesse, até porque o sistema envolve classificação para uma fase final, que definirá um campeão (com direito a troféu prateado de 71 cm de altura e a um prêmio de ‎€ 10,5 milhões), e acessos e rebaixamentos.

Alemães e croatas, por exemplo, caíram para a Liga B (segunda divisão) e não terão chance de lutar pelo título na próxima edição, daqui a dois anos.

A Liga das Nações também oferece classificação para um campeonato mais importante.

São quatro vagas – uma por divisão – para a Eurocopa, o mais relevante torneio entre seleções na Europa, a ser disputada na metade de 2020 por 24 países.

Quatro minitorneios em março próximo, um em cada divisão, envolvendo seleções que não se qualificaram via eliminatórias, definirão esses classificados.

Tudo muito bacana. O defeito? Permitir ao torneio cair no esquecimento, deixando-o gelado no noticiário, resultado do dilatadíssimo período que separa a etapa de grupos da fase final.

Em tempo: Os jogos da Nations League serão televisionados pela TNT (canal fechado). A final, às 15h45 de domingo no horário de Brasília, talvez seja pouco vista pelos brasileiros, já que terá a concorrência do amistoso Brasil x Honduras, o último da seleção de Tite antes da Copa América, que começa às 16h.

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