Assistências diferenciam Neymar e o deixam acima de Cristiano Ronaldo
O gol é a essência do futebol, o momento de maior alegria, o que todo jogador almeja ao entrar em campo, especialmente os atacantes.
E são os gols que tornam os jogadores mais famosos, mais reconhecidos, “melhores” que os que não balançam tanto as redes.
Pelé, com seus 1.284 gols, é um do maiores goleadores da história. Romário também chegou aos mil gols, assim como Túlio Maravilha.
O português Cristiano Ronaldo, 30 anos, e o argentino Messi, 28 anos, que estão em plena atividade (o argentino recupera-se de lesão), já passaram a marca dos 500.
Neymar, o grande nome do Brasil há uns quatro anos, ultrapassou os 250 em 2015. E tem apenas 23 anos.

Porém uma parte considerável dos gols conta com outro fator importantíssimo: o passe para o gol, a assistência.
É possível dizer que a assistência tem o mesmo peso de um gol?
Lógico que não.
Mas sua importância é considerável. Há casos em que um jogador deixa o colega em excelente condição de fazer o gol.
Messi, do Barcelona, é reconhecidamente um grande “garçom”. E Neymar vai se firmando também nesse papel.
Considerando a soma de gols e assistências, Neymar figura hoje, entre os grandes nomes do futebol europeu, acima de Cristiano Ronaldo, superastro do Real Madrid.
Os dois gols que fez contra o Bate Borisov, de Belarus, nesta quarta (4), pela Champions League, acrescidos de uma assistência, deixaram Neymar, nesta temporada, com 11 gols e 6 assistências em 13 partidas pelo Barça (somando Espanhol e Champions).
Ou seja, participação direta em 17 gols, média de 1,3 por jogo.
Cristiano Ronaldo, sempre uma referência (é o atual melhor do mundo da Fifa), também considerando jogos pelo Espanhol e pela Champions, marcou 13 gols, mas deu apenas duas assistências.
Participação em 15 gols, dois a menos que Neymar.
No quesito assistências, não há, entre os artilheiros desta temporada nas principais ligas europeias, ninguém melhor que Neymar, maior goleador do Espanhol (La Liga), com 9 gols – Cristiano Ronaldo está com 8.
Na Alemanha, tanto Lewandowski, do Bayern de Munique, quanto o Aubameyang, do Borussia Dortmund, somam 13 gols na Bundesliga e dividem a artilharia.
Considerando também a fase de grupos da Champions, no caso do polonês, e a fase de grupos da Liga Europa, no caso do gabonense, as marcas sobem, respectivamente, para 17 e 16 gols.
São os grandes goleadores do momento. No entanto, e o número de assistências nessas partidas? Em 14 jogos, Lewandowski registra uma única participação que resultou em gol. Aubameyang deu três assistências – a metade de Neymar no mesmo número de jogos (13).
Na Inglaterra, Vardy, do Leicester, marcou 11 gols em 12 jogos (Inglês mais Copa da Liga Inglesa). Quantas assistências tem o atacante inglês? Uma.
Na Itália, Eder, brasileiro que conta com cidadania italiana, fez 9 gols e deu duas assistências em 11 jogos pelo Italiano.
Na França, o jovem belga Batshuay (22 anos), do Olympique de Marselha, em 13 partidas (Francês e Liga Europa) tem 9 gols e 3 assistências.
Na Holanda, o principal goleador da Eridivisie é o veterano Kuyt (35 anos), do Feyenoord. Em 11 jogos, 10 gols. Seu número de assistências: zero.
E, em Portugal, o brasileiro Jonas (ex-Grêmio, ex-Santos), também já trintão (31), soma 9 gols e uma assistência em 13 partidas pelo Benfica (por Português e Champions League).
Ou seja, o que diferencia Neymar da concorrência no momento é sua capacidade de servir com mais assiduidade seus companheiros, de mais vezes dar aquele último toque antes de o colega estufar as redes.
A combinação alto número de gols e de assistências é uma das mais valiosas no futebol: alia individualidade e solidariedade. Raríssimo jogadores conseguem esse somatório.
Neymar tem conseguido.
Em tempo 1: O levantamento considera apenas os artilheiros dos principais campeonatos nacionais europeus (Alemanha, Espanha, Inglaterra, Holanda, Itália, França e Portugal). Na Rússia, Hulk está incrível. É rei nas assistências em 2015-2016. Em 17 jogos (13 pelo Russo e 4 pela Champions League), o brasileiro tem nada menos que 15 passes para gol. E também não deixa de fazer os seus gols. Já são 10. Ou seja, Hulk tem presença efetiva em 25 gols – média de 1,5 por partida. Impressionante.
Em tempo 2: Será que Dunga escalará Neymar e Hulk juntos no ataque do Brasil contra a Argentina, pelas eliminatórias da Copa de 2018, daqui a uma semana? Parece hoje uma combinação ótima combinação.