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Gabriel Jesus impressiona e tem início mais impactante que o de Neymar na Europa

Luís Curro

Gabriel Jesus inicia sua trajetória na Europa de forma avassaladora.

Em dois jogos como titular do Manchester City na Premier League (o Campeonato Inglês), marcou três gols.

O primeiro na quarta-feira (1º), na tranquila goleada por 4 a 0 sobre o West Ham, em Londres. Os outros dois neste domingo (5), diante do Swansea, em Manchester, na apertada vitória por 2 a 1.

Gabriel Jesus não só abriu o placar, no começo do primeiro tempo, como fez o gol salvador, nos acréscimos do segundo tempo – o Swansea tinha empatado 12 minutos antes.

Gabriel Jesus comemora gol do City contra o Swansea no estádio Etihad, em Manchester (Reprodução/Site do Manchester City)
Gabriel Jesus comemora gol do City contra o Swansea no estádio Etihad, em Manchester (Reprodução/Site do Manchester City)

O atacante de 19 anos, chamado por alguns narradores e comentaristas de “menino Jesus”, vive uma ascensão meteórica no City. Havia a expectativa que brilhasse lá, mas tão rápido assim? É tão sensacional como surpreendente.

O ex-palmeirense chegou há cerca de um mês à gelada Inglaterra (ele tem citado em entrevistas que o frio está intenso). E em poucos treinos convenceu o treinador Pep Guardiola, com quem já afirmou ter identificação devido à paixão incessante pelo futebol, a lhe dar espaço.

O espanhol inesperadamente relegou à reserva um dos grandes ídolos do City, o argentino Kun Agüero, responsável por, em 2012, dar ao clube, com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, o título do Inglês, que não era conquistado desde 1968.

Nem Neymar, o único craque do futebol brasileiro na atualidade, causou um impacto tão grande na chegada ao Barcelona, quando tinha 21 anos – o ex-santista completa 25 hoje.

Neymar demorou um mês e meio, ou 12 jogos, para fazer pelo time catalão os mesmos três gols que Gabriel Jesus marcou em um intervalo de apenas cinco dias pela equipe inglesa.

A estreia de Neymar pelo Barça aconteceu no dia 18 de agosto de 2013, na goleada por 7 a 0 no Levante pelo Campeonato Espanhol. O técnico era o argentino Gerardo Martino, que o colocou em campo aos 19 minutos do 2º tempo. Não fez gol.

No jogo seguinte, a primeira partida da decisão da Supercopa da Espanha, 1 a 1 contra o Atlético de Madri, novamente começou na reserva, entrando aos 19 minutos do 2º tempo. E brilhou: marcou o gol de empate.

Mesmo assim, Martino manteve Neymar como opção de banco no jogo contra o Málaga – entrou, mas não balançou a rede.

Foi a partir da partida seguinte, a quarta dessa série, um 0 a 0 que deu o título da Supercopa ao Barcelona, que Neymar começou como titular – Alexis Sánchez ou Pedro viraram reservas.

Gabriel Jesus estreou no City no último dia 21 de janeiro, no empate por 2 a 2 com o Tottenham, em Manchester. Saiu da reserva perto do fim do jogo, quase marcou de cabeça e na sequência superou o goleiro Lloris – só que estava impedido e a arbitragem anulou o gol.

Já no segundo jogo, ganhou a posição no comando de ataque. Não fez gol, mas deu uma assistência no 3 a 0 diante do Crystal Palace, em Londres, pela Copa da Inglaterra.

Pensava-se que Guardiola havia poupado Agüero nessa partida, já que o argentino nem no banco ficou. Pode até ter sido isso, mas o camisa 10 não foi mais titular depois.

Diante de West Ham e Swansea, o camisa 33 começou jogando. E parecia que Gabriel Jesus defendia o time havia anos, não só poucos dias, tamanho o conforto com a camisa azul-celeste e o entrosamento com os companheiros.

Depois de ter sido o herói do City ao assegurar a vitória nos acréscimos, Guardiola tirá-lo do time, se é que chegava a pensar nisso (talvez implantar um revezamento com Agüero), não é mais uma alternativa.

Pois a torcida já o adotou e canta: “Nós temos Jesus, Gabriel Jesus. Ele é o número 33. Ele é melhor que o Rooney. Nós temos Gabriel Jesus.”

Wayne Rooney é nada menos que o maior ídolo da história recente do Manchester United.

O reinado de Jesus na metade azul de Manchester começou repentinamente, sem aviso prévio, sem hora marcada. E promete ser próspero e longo – seu contrato vai até a metade de 2021.

Leia também: Tostão – É um açodamento dizer que Gabriel Jesus já é um sucesso

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