Kaká vê aposentadoria perto e já planeja um ano sabático para viajar e estudar

O ex-são-paulino Kaká é o último brasileiro a ter conquistado o prêmio de melhor jogador do mundo da Fifa.
Em 2007, quando estava no auge, defendendo o italiano Milan, o meia-atacante superou os ainda muito jovens Messi e Cristiano Ronaldo (então com 20 anos e 22 anos, respectivamente) e faturou a Bola de Ouro, oferecida pela entidade máxima do futebol e pela revista “France Football”.
Hoje com 34 anos e três Copas do Mundo no currículo (2002, na qual foi campeão atuando só em um jogo, como substituto, contra a Costa Rica, 2006 e 2010), o maior artilheiro brasileiro na Liga dos Campeões da Europa (30 gols) já está planejando o que fazer quando pendurar as chuteiras.
Kaká tem contrato com o Orlando City, dos EUA, até o fim do ano que vem.
Continuará a jogar futebol depois?
Ainda é prematuro dizer, mas o que fará no primeiro ano depois de parar de correr atrás da bola ele já sabe.

Em entrevista ao site do Orlando City, clube que Kaká defende na MLS (Major League Soccer, a liga norte-americana de futebol), o jogador afirma que tirará um ano sabático.
“Penso muito sobre isso (aposentadoria) porque sei que minha hora (de parar de jogar) está chegando. Tenho jogado desde os 8 anos, e aos 12 já jogava em nível amador. Eu treinava todos os dias, então eu gostaria de tirar um ano para viajar, desfrutar algum tempo com meus filhos e estudar.” Kaká tem dois filhos com Carol Celico, sua mulher por dez anos: Luca, 8, e Isabella, 5.
Ao falar sobre os estudos nesse período, Kaká revela que pretende continuar ligado ao esporte mais popular do planeta.
Ele afirma querer estudar “coisas relacionadas ao futebol como marketing esportivo” e também fazer um curso de treinador, a fim de ter “uma visão diferente”.
Considera importante para, posteriormente, “aguardar algumas oportunidades que possam surgir para que eu possa continuar no esporte”.
Em tempo: Kaká está com a vida financeira resolvida, como ocorre com todo jogador de alto nível que atua em grandes clubes do mundo (além do Milan, ele defendeu o Real Madrid antes de voltar para o Milan e depois ir para os EUA, não sem passar de novo, brevemente, pelo São Paulo), então sua continuidade no futebol dependerá muito de dois fatores: estar apto fisicamente (a idade pesa nesse aspecto) e ter objetivos profissionais. Seleção brasileira? Dunga até o resgatou, porém Tite não dá indicações de que pretende contar com o veterano. Uma taça na MLS pode ser uma meta; com o clube da Flórida, não teve sucesso até agora, já que nos dois anos em que disputou o campeonato, 2015 e 2016, o Orlando não se classificou para os playoffs.