Adoração por Maradona fez pai dar a gêmeas os nomes Mara e Dona
Diego Armando Maradona morreu faz alguns dias, porém continuou, e continua, muito presente entre seus conterrâneos, que desde então prestam suas reverências ao ex-jogador.
Um argentino em especial, todavia, homenageou seu ídolo, chamado de “D10S” (Díos) no país vizinho ao Brasil (a grafia é uma combinação de Deus com o algarismo estampado no uniforme que Diego vestia), quando “El Pibe de Oro” ainda vivia.
Além de ter o nome de Maradona tatuado em suas costas, o jornalista Walter Gaston Rotundo decidiu batizar as filhas, gêmeas nascidas em 2011, de “Mara” e “Dona”.
Hoje com 9 anos, elas são um tributo vivo ao craque que conduziu a Argentina ao seu segundo título de Copa do Mundo, em 1986, no México.
Orgulhoso, Rotundo, que mora em Buenos Aires, faz questão de que Mara e Dona vistam com frequência a camisa 10, número que eternizou Maradona, cada qual com o nome de cada uma delas inscrito.

As gêmeas são parecidas, mas não idênticas. Mara, nascida um minuto antes de Dona, é um pouquinho mais alta e tem uma pinta na bochecha direita, que serve para diferenciá-la da “hermanita”.
Rotundo afirmou à Reuters que a primeira vez que pensou em nomear suas filhas, caso as tivesse, dividindo o sobrenome de Diego em dois foi após ter visto o choro de Maradona na derrota por 1 a 0 para a Alemanha na decisão da Copa de 1990, na Itália, imagem que o sensibilizou.
Tanto que deixou a esposa, Stella Maris, avisada de seu desejo, e não houve contrariedade. O destino quis que ela engravidasse de gêmeas, e o desejo de Rotundo se concretizou sem que houvesse mais espera.
Mara declarou à agência de notícias que sempre gostou de seu nome e da história que o envolve.
“É muito bonito ter esse nome, que é maravilhoso, e o que mais gosto é de saber por que ele [o pai] me chamou assim.”

Na opinião de Dona, a morte de Maradona, de parada cardiorrespiratória, foi surpreendente e chocante.
“Não posso acreditar que ele tenha morrido. Ele é uma pessoa muito boa, não merecia isso.”
Repare no tempo verbal usado por Dona ao se referir a Maradona como pessoa: o presente do indicativo.
Para ela, e para os argentinos, Maradona vive.
O corpo se foi, mas o espírito ficou, enchendo de orgulho um país que o amou talvez mais que qualquer outro personagem, certamente mais que Lionel Messi e possivelmente mais até que o papa Francisco.