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Pior derrota do Bayern em mais de 10 anos derruba o treinador

Não foi só no Brasil que um grande clube teve o técnico que perdeu o emprego neste fim de semana depois de uma goleada.

Se no Brasil Fábio Carille deixou o Corinthians após o time levar de 4 a 1 do Flamengo, na Alemanha Niko Kovac não é mais o treinador do Bayern.

Atual heptacampeã da Bundesliga (o Campeonato Alemão), a equipe de Munique levou uma sova do Eintracht Frankfurt, 5 a 1, no sábado (2), como visitante.

A última vez que o Bayern sofreu tamanha humilhação foi há mais de dez anos, na edição de 2009 do campeonato.

No dia 4 de abril, o Wolfsburg, atuando em casa e com dois gols do atacante brasileiro Grafite, goleou por esse mesmo placar o Bayern, que era treinado por Jürgen Klinsmann e contava com os zagueiros Lúcio (pentacampeão mundial em 2002) e Breno e com o meia Zé Roberto (titular do Brasil na Copa de 2006).

No mês seguinte, o Wolfsburg ganharia seu primeiro e único título da Bundesliga, deixando o Bayern com o vice-campeonato.

Depois disso, só uma vez o gigante de Munique levou cinco gols em um jogo, na derrota por 5 a 2 para o Borussia Dortmund, em maio de 2012, na decisão da Copa da Alemanha.

Hoje ídolo e artilheiro do Bayern, o polonês Lewandowski marcou três gols nessa partida – foi dele o único gol na humilhação ante o Eintracht.

Essa tinha sido a primeira vez que o goleiraço Neuer, titular da seleção alemã, levou cinco gols em um jogo pelo Bayern. A segunda foi no sábado.

Na goleada na Commerzbank Arena, em Frankfurt, que recebeu 51,5 mil torcedores, o zagueiro Boateng, campeão do mundo em 2014, contribuiu para a construção do vexame do Bayern ao ser expulso com menos de dez minutos jogados no primeiro tempo.

O croata Kovac, que deixou o Eintracht no meio do ano passado ao ser contratado pelo Bayern, nunca chegou a convencer direção e torcida do clube, mesmo tendo conquistado a Bundesliga e a Copa da Alemanha neste ano e a Supercopa da Alemanha em 2018.

As atuações da equipe, quase sempre muito sólidas no decorrer dos últimos anos, tornaram-se instáveis, mesmo com o elenco recheado de jogadores top como Lewandowski, Boateng, Alaba, Kimmich, Tiago Alcántara e Thomas Müller.

Para esta temporada, o time se reforçou com o lateral-zagueiro Pavard, o lateral-esquerdo Lucas Hernández (ambos campeões mundiais com a França na Copa da Rússia-2018), o meia-atacante Philippe Coutinho e o atacante croata Perisic (vice-campeão no Mundial russo).

Mesmo assim, não conseguiu engrenar na Bundesliga, encerrando a décima rodada na quarta colocação, com 18 pontos (cinco vitórias, três empates e duas derrotas), quatro atrás do Borussia Mönchengladbach, que lidera.

O problema mais grave está na defesa. A média de gols sofridos (1,6 por partida) é, com folga, a pior desta década.

Criticado por Karl-Heinz Rummenigge, diretor executivo do Bayern, e deixando na reserva constantemente Thomas Müller, um dos ídolos da torcida, Kovac perdeu o cargo mesmo com três vitórias em três confrontos na Champions League, incluindo uma goleada histórica (7 a 2 no Tottenham).

De acordo com comunicado do Bayern, a saída de Kovac, que recebeu agradecimentos pelas conquistas obtidas, aconteceu “em comum acordo” com o clube.

“O desempenho recente do nosso time e os resultados mostraram a necessidade de agirmos”, declarou Rummenigge.

Enquanto o Bayern acerta com um novo treinador, Hans-Dieter Flick, que era assistente-técnico de Kovac, ocupará a função interinamente.

Entre os cotados para o cargo estão o português José Mourinho (que dispensa apresentação), o italiano Massimiliano Allegri (ex-Juventus), o alemão Ralf Rangnick (ex-Leipzig) e o holandês Erik Ten Hag (atualmente no Ajax).

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