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A Copa russa é a Copa do gol nos acréscimos

Já li que a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, tem sido a Copa dos pênaltis, por causa do elevado número de penalidades máximas marcadas nas primeira partidas do torneio, algumas com a ajuda do polêmico VAR (video assistant referee), o árbitro de vídeo.

Li também, em coluna de Paulo Vinícius Coelho (PVC), que este Mundial vem sendo o da marcação, devido aos “muros” montados por várias seleções a fim de evitar que o adversário penetre na defesa.

Pois de uma coisa eu tenho certeza: a Copa na Rússia é a Copa dos gols nos acréscimos. Pelo menos é o que mostram os 32 jogos disputados até agora – metade do total.

Dos 85 gols marcados nessas partidas, dez saíram no tempo extra dado pelo juiz no segundo tempo, ou 11% – de cada dez gols, um saiu nos acréscimos.

É disparada a maior quantidade de gols registrada nos acréscimos em uma Copa do Mundo, desde 1930, primeiro ano em que se realizou a competição. As melhores marcas anteriores, após 32 partidas, eram as dos Mundiais de 2006 (Alemanha) e 2014 (Brasil): em cada um, seis gols nos acréscimos do segundo tempo.

Nas outras Copas no atual formato, com 32 seleções e 64 jogos ao todo, foram três gols nos acréscimos em 2002 (Coreia/Japão) e em 1998 (França), e dois gols em 2010 (África do Sul), conforme levantamento de O Mundo É uma Bola, sempre contando os 32 primeiros duelos (duas rodadas completas).

Na Copa-2018, os dez gols no tempo extra saíram em oito partidas. Em duas delas, houve dois gols nos acréscimos, incluindo a do Brasil contra a Costa Rica.

Houve gol assim logo na partida de abertura (Rússia x Arábia Saudita) e houve gol assim marcado contra a própria meta (Irã 1 x 0 Marrocos).

O atacante marroquino Bouhaddouz mergulha e faz de cabeça, contra, o único gol do jogo diante do Irã (Reprodução/FifaTV)

Eis a lista completa dos gols nos acréscimos e o tempo da segunda etapa em que cada um saiu, de acordo com a Fifa.

Quatro outros gols saíram bem pouco antes dos acréscimos do segundo tempo: o do português Cristiano Ronaldo contra a Espanha (43 minutos), o do uruguaio Giménez contra o Egito (44 minutos), o do belga Batshuayi contra a Tunísia e o do suíço Shaqiri contra a Sérvia (ambos aos 45 minutos).

Assim, até aqui, o torcedor pode desgostar da Copa russa por algum motivo, mas não tem como reclamar da falta de empenho e determinação de boa parte das seleções até o último minuto dos acréscimos.

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