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Na Copa o Brasil não terá um quarteto, e sim um quinteto ofensivo

Em busca de furar as retrancas que os adversários devem ofertar à seleção brasileira na primeira fase da Copa do Mundo da Rússia, Tite deverá recorrer ao que todos estão chamando de quarteto ofensivo.

Nessa formação, são escalados simultaneamente Willian, Philippe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar.

Assim o Brasil começou o jogo contra a Áustria, em Viena, neste domingo (10), vitória por 3 a 0 no último amistoso antes da estreia no Mundial, no próximo domingo (17), às 15 horas (horário de Brasília).

Mas o que ninguém parece ter notado é que a escalação brasileira não trazia um quarteto, mas um quinteto ofensivo.

Pois Paulinho, faz tempo, não pode ser considerado um marcador.

Volante de origem, ele na prática é um meia-atacante, um jogador que costumeiramente entra na área para finalizar.

E que costuma fazer muitos gols.

Nas eliminatórias sul-americanas para a Copa, o hoje jogador do Barcelona balançou as redes seis vezes, o mesmo número que Neymar, porém em menos partidas (11 contra 14).

Três desses seis gols Paulinho fez contra o Uruguai, em Montevidéu, na goleada por 4 a 1, de virada, em março do ano passado.

À frente de Paulinho e de Neymar na artilharia, só Gabriel Jesus, sete gols em dez partidas no qualificatório. Willian e Coutinho marcaram, cada um, quatro gols, respectivamente em 17 e 13 jogos.

Paulinho jogou menos que seus colegas porque no início da campanha nas eliminatórias o treinador era Dunga, que não o convocava.

Tite resgatou para a seleção o ex-corintiano, presente na Copa de 2014, no Brasil, na qual não teve boa atuação – em seis jogos, não marcou gols nem deu assistências.

Da esq. para a dir., Paulinho, Thiago Silva, Danilo, Miranda e Alisson (atrás); Neymar, Willian, Marcelo, Casemiro, Gabriel Jesus e Philippe Coutinho (à frente); essa deve ser a seleção que começará a Copa do Mundo da Rússia (André Mourão – 10.jun.2018/MoWA Press)

Enfim, reforço: Paulinho é muito mais atacante do que volante, por isso o superofensivo Brasil deverá enfrentar a Suíça (e depois a Costa Rica e a Sérvia) não com um quarteto, mas com um quinteto ofensivo.

Que pode, no caso do apoio de um dos laterais – Danilo ou Marcelo – se tornar um sexteto. Ou até um septeto, já que diante de uma forte retranca é aceitável que os dois avancem simultaneamente.

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Em tempo: O quinteto ofensivo lembra a escalação da memorável seleção da Copa de 1982, na Espanha, quando jogaram juntos Falcão, Sócrates, Zico, Serginho e Éder. Caso se considere que o volante Toninho Cerezo e os laterais Leandro e Júnior também atacavam com frequência, esse time de Telê Santana – que caiu na segunda fase diante da Itália – tinha um octeto ofensivo. Só ficavam atrás o goleiro Waldir Peres e os zagueiros Oscar e Luisinho.

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