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Real Madrid permanece invicto em decisões internacionais no século 21

Luís Curro

O Grêmio fracassou na final do Mundial de Clubes da Fifa.

Praticamente em ritmo de treino, pois tremendamente superior tecnicamente, taticamente e fisicamente (a equipe gaúcha parecia jogar em câmera lenta), o Real Madrid ganhou por um magro 1 a 0 um confronto morno, com gol de Cristiano Ronaldo batendo falta no começo do segundo tempo.

Detalhe importante, para ser lembrado: a barreira gremista abriu no lance que definiu a partida, em falha conjunta de Barrios e Luan.

O português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, comemora na partida contra o Grêmio no estádio Xeque Zayed, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes (Amr Abdallah Dalsh – 16.dez.2017/Reuters)

Outro aspecto, e desta vez não é um detalhe, para ser igualmente lembrado: o Grêmio jogou tão mal que foi capaz de dar só um mísero chute a gol, e para fora, em cobrança de falta de Edílson, de longa distância, no primeiro tempo.

O goleiro Navas só arranhou o uniforme uma vez, em um cruzamento despretensioso de Cortez na segunda etapa. Sem finalizações, é impossível almejar ganhar qualquer partida, sendo ela decisão de Mundial ou um simples amistoso.

O Real Madrid, de acordo com as estatísticas oficiais da Fifa, arriscou 20 vezes ao gol defendido por Marcelo Grohe.

Na minha visão, também faltou raça aos jogadores do Grêmio, que aceitaram passivamente o domínio do adversário, exceções feitas a Geromel e Kannemann, a valente dupla de zaga do time dirigido por Renato Gaúcho.

Lembranças registradas, é válido enaltecer a magnitude internacional do Real Madrid neste século, da qual tive conhecimento ao ler reportagem do jornal espanhol “Marca”.

A equipe hoje comandada pelo treinador francês Zinédine Zidane, e com uma atual constelação de fantásticos jogadores (sem contar o CR7, há Sergio Ramos, Marcelo, Casemiro, Modric, Kroos, Isco, Bale, Benzema…), desde 2001 disputou 12 decisões de campeonatos fora do âmbito espanhol (onde tem chance de conquistar campeonato nacional, Copa do Rei e Supercopa da Espanha).

Venceu todas.

Três Mundiais de Clubes (2014, 2016 e 2017), uma Copa Intercontinental (2002), quatro Ligas dos Campeões da Europa (2002, 2014, 2016 e 2017) e quatro Supercopas da Europa (2002, 2014, 2016 e 2017).

A Supercopa da Europa opõe o vencedor da Champions League e o da Liga Europa, antes chamada de Copa da Uefa (segundo interclubes em importância no velho continente).

Sucumbiram San Lorenzo-ARG, Kashima Antlers-JAP e Grêmio (no Mundial), Olimpia-PAR (na Copa Intercontinental), Bayer Leverkusen-ALE, Atlético de Madri – duas vezes – e Juventus (na Liga dos Campeões), Feyenoord-HOL, Sevilla-ESP – duas vezes – e Manchester United (na Copa da Uefa/Liga Europa)

O último fracasso do Real em um duelo decisivo internacional ocorreu no dia 29 de novembro do ano 2000, quando o Boca Juniors superou o gigante espanhol por 2 a 1, com dois gols do centroavante Palermo – Roberto Carlos descontou para os madrilenhos.

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