Clubes do Brasil fazem pior campanha na Copa Sul-Americana desde 2007
Não deu para a Chapecoense contra o River Plate. A vitória por 2 a 1 na Arena Condá, em Chapecó, nesta quinta (28) não foi suficiente para o clube de Santa Catarina avançar às semifinais da Copa Sul-Americana.
Pior que isso, não deu para o Atlético-PR. O Furacão, que tinha vencido o Sportivo Luqueno por 1 a 0 no jogo de ida, deu-se mal em Luque (Paraguai). Perdeu de 2 a 0 e, como ocorreria com a Chape duas horas depois, foi eliminado nas quartas de final.
Com os reveses, o Brasil deixa a Sul-Americana, segunda competição em importância no continente, com sua pior campanha em oito anos – o torneio, iniciado em 2002, começou a ser disputado por clubes brasileiros em 2003.
Desde 2007, quando Vasco e São Paulo caíram nas quartas de final, o país não ficava sem nenhum clube tão precocemente.
Em 2008, o Internacional foi campeão, e em 2012, o São Paulo. Fluminense (2009), Goiás (2010) e Ponte Preta (2013) ficaram com o vice-campeonato. Vasco (2011) e São Paulo (2014) pararam nas semifinais.
Em anos anteriores a 2007, apenas em 2005 o Brasil não havia colocado um clube nas semifinais. Chegaram a essa fase, e nela foram eliminados, São Paulo (2003), Internacional (2004) e Atlético-PR (2006).

O Atlético, desta vez, foi vítima de seus próprios erros. No primeiro gol do Sportivo Luqueno, o zagueiro Kadu falhou feio, e o segundo saiu depois de um pênalti desnecessário cometido por Marcos Guiherme, na lateral da área, quase junto à linha de fundo.
Com 2 a 0 de desvantagem aos 36 minutos do 1º tempo, o Furacão não teve força para reagir e ainda se perdeu nos nervos. A derrota por 2 a 1 seria suficiente para o time curitibano se classificar, mas Nikão recebeu o cartão vermelho aos 41 minutos do 2º tempo, reduzindo as chances de reação.
Na Arena Condá, era mesmo improvável a classificação da Chapecoense, as estatísticas jogavam contra, mas foi possível sonhar.
O atacante Bruno Rangel marcou uma vez, Sánchez empatou, Bruno Rangel marcou de novo. Um gol a mais da Chape e a partida iria para disputa de pênaltis, já que o time argentino havia ganhado por 3 a 1 em Buenos Aires.

O zagueiro Neto perdeu um gol feito, na pequena área, com o goleiro Barovero já vencido no lance. Bruno Rangel, na entrada da pequena área, cabeceou certo, para o chão, e Barovero fez ótima defesa. Já no abafa, no fim, Tiago Luis cabeceou, a bola passou por Baravero, o travessão salvou.
Ficou no quase.
Mas a Chape merece aplausos. Encerrou sua primeira competição internacional com duas vitórias, três empates (após um deles, ganhou disputa de pênaltis) e uma derrota.
Sendo que uma das vitórias foi sobre o poderoso River Plate, atual campeão das Américas.
Não foi à toa que avisou ao River, antes do confronto: “Estamos chegando”.
A Chape, o Furacão do Oeste, não se classificou, mas impressionou, diferentemente do Furacão paranaense.
Parabéns a Guto Ferreira e a seus comandados. Caíram de pé.