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Na crise do coronavírus, brasileiro recebe prêmio via drone na Rússia

Revelação do Corinthians cinco anos atrás, o atacante Malcom, hoje com 23 anos, chegou ao Barcelona no meio de 2018, depois de uma passagem destacada pelo francês Bordeaux, com a esperança de se firmar no time de Messi e companhia e brilhar em um dos maiores clubes do mundo.

Não deu certo. Pouco prestigiado pelo treinador Ernesto Valverde, atuou em 24 partidas (15 pelo Campeonato Espanhol, seis pela Copa do Rei e três pela Champions League), tendo começado apenas 11 como titular.

Com tempo reduzido em campo (um total de 1.068 minutos, o que dá pouco mais de 12 partidas completas), só conseguiu anotar quatro gols em um ano na equipe catalã.

Negociado com o Zenit em agosto do ano passado por € 40 milhões (R$ 223 milhões pelo câmbio atual), havia a expectativa de ter mais minutos em campo no clube russo, a fim de poder exibir seu futebol de velocidade e habilidade, especialmente pelos flancos do ataque.

Malcom, entretanto, não teve chance de engrenar. Atuou em duas partidas e passou a ter dores musculares frequentes na coxa. O tratamento convencional não surtiu efeito, e em outubro ele passou por uma cirurgia, na Finlândia.

A recuperação foi lenta, feita parte no Brasil, parte nos Emirados Árabes, e só neste ano ele pôde retomar os treinos e reestrear, no fim de fevereiro, pelo time de São Petersburgo.

Tornou-se rapidamente um dos destaques do líder do Campeonato Russo, antes da parada, há quase um mês, da competição por causa da pandemia de coronavírus.

O camisa 8 teve seu melhor desempenho justamente no último jogo antes da interrupção, no dia 14 de março, quando, na goleada por 7 a 1 sobre o Ural, fez um gol e deu uma assistência.

Não considero muito, porém essa atuação, aliada à que teve em um 0 a 0 com o Ufa, cinco dias antes, serviram para que ele fosse eleito o jogador do mês. Explicável não é, mas é fato.

Sendo assim, como entregar o prêmio ao brasileiro, que depois da instauração da quarentena passou a viver isolado em um apartamento na cidade?

O Zenit deu um jeito, criativo, e Malcom registrou em rede social o troféu chegando até ele.

Malcom agradece pelo prêmio recebido (Reprodução/Instagram de Malcom)

Diz ele no começo do vídeo: “Recebi uma mensagem que [diz que] eu tenho que abrir a janela”.

Ao se aproximar dela, o jogador se impressiona (exclama um “ooohhh!”) com a aproximação de um drone.

O aparato voador entra pela janela, assustando o gato de Malcom, pousa e faz a entrega de uma chuteira (aparentemente de porcelana) que tem no suporte, em cirílico, o nome do contemplado.

Malcom agradece, em português, “a todos os fãs do Zenit que votaram em mim” e dá o recado, também em português: “Fiquem em casa”.

Na Rússia, o futebol está suspenso pelo menos até o dia 31 de maio. O país registrou até agora mais de 15.500 casos de infecção, com 130 mortes, pelo coronavírus.

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