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1º título mundial do Corinthians faz 20 anos; relembre o elenco campeão

Há exatos 20 anos, na noite de uma sexta-feira, no Macaranã com público de 73 mil torcedores, o Corinthians conquistava o título do primeiro Mundial de Clubes da Fifa.

A equipe alvinegra, dirigida por Oswaldo de Oliveira, superou o Vasco de Edmundo e Romário, nos pênaltis, por 4 a 3, depois de um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.

Lembro que à época a conquista foi minimizada, até ridicularizada, por torcedores de clubes rivais do Corinthians, com os seguintes argumentos (o segundo, claramente uma piada provocativa):

– ganhou o Mundial sem ter ganhado a Libertadores (“Campeão do mundo sem ser campeão da América?”);

– a Globo, principal emissora do país, não exibiu a partida; quem transmitiu na TV aberta foi a Band (“Mundial que é Mundial tem que passar na Globo”).

O critério para seleção dos participantes era, e é, discutível, mas o fato é que a competição tinha, e tem, a chancela da Fifa (diferentemente da Copa Rio-1951, que os palmeirenses reivindicam como Mundial); assim sendo, há pouca ou nenhuma margem para depreciar a conquista corintiana.

Na campanha, o Corinthians – que voltaria ao topo do mundo em 2012, ao superar por 1 a 0 o Chelsea no Japão –, antes de triunfar na final no Rio, derrotou o Raja Casablanca (Marrocos) por 2 a 0, empatou com o Real Madrid (2 a 2) e venceu o Al Nassr (Arábia Saudita) por 2 a 0, sempre no Morumbi.

O outro grupo tinha, além do Vasco, o Manchester United, o Necaxa (México) e o South Melbourne (Austrália).

Você se lembra dos titulares e dos reservas corintianos nesse Mundial? Se sim, sua memória é excelente. Se não, vamos a eles, com os 11 titulares na final seguidos pelos 12 reservas.

Dida (goleiro) – camisa 1

Ficou marcado como o herói da conquista ao defender a cobrança de Gilberto na disputa de pênaltis. Depois, foi reserva da seleção brasileira na campanha do pentacampeonato na Copa de 2002 e titular na Copa de 2006. Hoje é preparador de goleiros do Milan.

Índio (lateral direito) – camisa 2

Depois de sair do Corinthians, o jogador, nascido em uma aldeia indígena em Alagoas, perambulou a partir de 2001 por uma série de clubes (inclusive no futebol sul-coreano, grego e peruano), sem jamais chegar minimamente perto do sucesso obtido no Timão.

Adílson (zagueiro) – camisa 3

Aposentou-se do futebol depois da conquista do Mundial e tornou-se um técnico mediano, com passagens por clubes como Grêmio, São Paulo, Santos, Vasco, Cruzeiro (seu atual clube) e pelo próprio Corinthians.

Fábio Luciano (zagueiro) – camisa 16

Um dos grandes zagueiros do Corinthians neste século, fez um gol no Mundial no jogo de estreia, contra o Raja Casablanca, em lance no qual a bola bateu no travessão e não entrou. Obteve sucesso também no Fenerbahçe (Turquia) e no Flamengo. Hoje é comentarista da ESPN Brasil.

Kléber (lateral esquerdo) – camisa 6

Muito bom em sua posição, ótimo nos cruzamentos, depois de sair do Corinthians atuou no futebol alemão e suíço e destacou-se no Santos e no Internacional, pelo qual ganhou a Libertadores de 2010.

Vampeta (volante) – camisa 5

Um dos símbolos do Corinthians à época, o Velho Vamp esteve no elenco da seleção brasileira pentacampeã mundial na Coreia/Japão em 2002. Teve mais duas passagens pelo Parque São Jorge, sem porém o mesmo brilho da primeira. Hoje preside o Audax, de Osasco.

Freddy Rincón (volante) – camisa 8

O colombiano era o capitão do Corinthians no Mundial. Foi o primeiro dos batedores do time na disputa de pênaltis na final, e converteu. Antes, tinha feito, a nove minutos do fim, o segundo gol contra o Al Nassr, no derradeiro jogo da fase de grupos – gol esse, aliás, que classificou a equipe para a final, deixando-a à frente do Real Madrid no saldo de gols. Ídolo da torcida, saiu do clube em 2000 mesmo (depois atuou por Santos e Cruzeiro) e retornou em 2004, já em fim de carreira.

Marcelinho Carioca (meia) – camisa 7

O Pé de Anjo (chuteiras número 36), exímio batedor de faltas, quinto maior artilheiro da história corintiana, desperdiçou o quinto pênalti do time na decisão do Mundial, arriscando tornar-se vilão. Foi salvo por Edmundo, o capitão vascaíno, que chutou para fora a cobrança seguinte do time cruz-maltino. Teve outras duas curtas passagens pelo Corinthians, em 2006 e em 2010.

Ricardinho (meia) – camisa 11

Fez um gol muito importante no Mundial, contra o Al Nassr. Articulador da equipe, integrou, devido ao corte do volante Emerson, a seleção brasileira campeã na Copa de 2002. Ficou na reserva, o que voltou a ocorrer na Copa da Alemanha, quatro anos mais tarde. Jogou por São Paulo e Santos antes de regressar, por um breve período, ao Corinthians em 2006. Hoje é comentarista do SporTV.

Luizão (atacante) – camisa 9

Autor do primeiro gol corintiano no Mundial, diante do Raja Casablanca, anotou o terceiro da equipe na disputa de pênaltis contra o Vasco na decisão. Depois de deixar o Corinthians, atuou, entre outros, por São Paulo (com o qual conquistou a Libertadores de 2005), Santos e Flamengo. É um dos cinco titulares deste time que são pentacampeões mundiais com o Brasil. É também o brasileiro que mais gols fez na Libertadores (29, sendo 15 pelo Corinthians).

Edílson (atacante) – camisa 10

A grande partida do Capetinha no Mundial foi a segunda do Corinthians, quando marcou os dois gols do time no 2 a 2 com o Real Madrid de Casillas, Hierro, Roberto Carlos e Raúl. Não permaneceu muito mais tempo no clube e vestiu a camisa de Flamengo, Cruzeiro e Vasco, entre outros, antes de se aposentar. Como Dida, Vampeta, Ricardinho e Luizão, esteve com a seleção campeã da Copa do Mundo de 2002. Hoje é comentarista de programa esportivo da Band.

Torcida do Corinthians no Maracanã na decisão do primeiro Mundial de Clubes da Fifa (Jorge Araújo – 14.jan.2000/Folhapress)

No banco na final: Maurício (goleiro), Yamada (goleiro), Daniel (lateral direito), Márcio Costa (zagueiro), João Carlos (zagueiro), Augusto (lateral esquerdo), Marcos Senna (volante), Gilmar Fubá (volante), Edu Gaspar (volante), Luís Mário (atacante), Fernando Baiano (atacante) e Dinei (atacante). Entraram Edu (no lugar de Ricardinho), Gilmar (no de Vampeta) e Fernando Baiano (no de Edílson). Edu e Fernando Baiano, selecionados para a decisão por pênaltis, converteram suas cobranças (a quarta e a segunda, respectivamente).

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