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Meia de Comores é anunciado por 2 times no intervalo de 14 minutos

Ex-integrante das seleções de base da França, Rafidine Abdullah, meio-campista de 25 anos, teve nesta quinta (9) seu primeiro e possivelmente único momento de notoriedade no futebol.

E não por um gol, por uma assistência, por um drible ou por algo que tenha realizado em uma partida. O ibope veio sem que ele sequer tocasse na bola.

Nascido em Marselha, o jogador de nacionalidade comorense – Comores é uma ilha no oceano Índico, na África oriental –, que estava sem clube desde o início de 2019, teve seu nome anunciado por duas equipes, em um intervalo de apenas 14 minutos, nas redes sociais de cada uma.

O anúncio do clube suíço (Reprodução/Twitter do Stade Lausanne-Ouchy)

Primeiro, foi o Stade Lausanne-Ouchy, da segunda divisão da Suíça, que escreveu: “Temos o prazer de anunciar a chegada de Rafidine Abdullah. (…) Ele representará nossas cores até 2021”.

Na sequência, o Hércules, que está na zona de rebaixamento da terceira divisão da Espanha, publicou: “O meia Rafidine Abdullah se junta hoje aos treinamentos do Hércules. (…) Abdullah defendeu o Olympique de Marselha, o Lorient, o Cádiz e o Waasland-Beveren”.

O anúncio do clube espanhol (Reprodução/Twitter do Hércules CF)

O Olympique é um dos grandes clubes da França, mas nele Abdullah teve pouquíssimas oportunidades, no início da carreira profissional, em 2012/2013.

Depois, sempre sem se destacar, atuou no Lorient, também da França, no espanhol Cádiz e, por fim, no belga Waasland-Beveren.

Desde 2016, defende a inexpressiva seleção de Comores, 133ª colocada no ranking da Fifa (abaixo de Namíbia, Ruanda, Quênia e Líbia, entre outras nulidades futebolísticas), tendo atuado em seis ocasiões e vencido uma só vez, em 2017, 2 a 0 nas Ilhas Maurício – nação posicionada ainda pior na lista (172º lugar).

Sendo assim, não deixa de ser pitoresca a disputa pelo no máximo razoável Abdullah, que de fato treinou com o uniforme do Hércules, tendo sido aprovado pelo treinador Vicente Mir.

O atleta, porém, desistiu de defendê-lo e optou pelo clube suíço alegando, segundo o diário espanhol AS, questões particulares.

No fim, o que fica para a história? Que 14 minutos deram a um anônimo seus 15 minutos de fama.

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