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Seis vezes o Bola de Ouro, Messi é também o rei do drible

Lionel Messi ganhou pela sexta vez a Bola de Ouro, o tradicional e cobiçado prêmio entregue anualmente, desde 1956, pela revista France Football ao melhor jogador do ano.

O argentino que capitaneia o Barcelona e a seleção de seu país superou na votação de jornalistas esportivos o zagueiro holandês Van Dijk (Liverpool), segundo colocado, e o atacante português Cristiano Ronaldo (Juventus), terceiro.

Messi, aos 32 anos, tornou-se o segundo maior vencedor da Bola de Ouro, ultrapassando o CR7, que está com 34 anos. Está atrás só de Pelé (sete vezes o melhor do mundo, depois de revisão da premiação feita pela revista francesa em 2015).

Se nessa disputa, a de melhor do mundo, o camisa 10 Messi vem competindo cabeça a cabeça com o camisa 7 Cristiano Ronaldo, há uma outra em que ele ganha de goleada.

E não só do CR7, mas de qualquer outro concorrente.

Afamado pelos gols – somente em 2019 foram 46 em 54 jogos, e na carreira são 688 tentos – e pelos passes com que costuma deixar companheiros em ótimas condições de balançar as redes, Messi é também um ás na arte de driblar.

Habilidosíssimo, com a bola nos pés, em baixa ou em alta velocidade, não tem ninguém melhor em quantidade que ele nas fintas, atesta a Opta, empresa londrina que atua com estatísticas esportivas.

Capitão do Barcelona, Messi dribla Vitolo, do Atlético de Madri, em partida do Campeonato Espanhol no estádio Wanda Metropolitano (Gabriel Bouys – 1º.dez.2019/AFP)

De acordo com levantamento iniciado em 2006, que considera as cinco principais ligas da Europa (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália), Messi acumulou desde então 1.880 dribles, até a metade de novembro deste ano.

Esse número o deixa mais de 600 dribles à frente do segundo colocado, o belga Eden Hazard, ex-Chelsea, atualmente no Real Madrid (1.220 fintas).

Completam o top 10 o francês Ribéry (939), o argentino Agüero (832), Cristiano Ronaldo (816), o espanhol Joaquín (798), o francês Ben Arfa (770), o espanhol Iniesta (739) e os brasileiros Firmino (736) e Neymar (734).

No índice de aproveitamento de dribles, entre os mencionados, Messi, com 57,2% de sucesso, só fica atrás de Iniesta (60,9%), seu ex-companheiro de Barcelona e atualmente no futebol japonês.

O leitor mais atento pode questionar: mas Hazard, Firmino e Neymar não jogavam profissionalmente em 2006, então ficam em desvantagem na competição “driblística” com Messi. O belga iniciou a carreira em 2007, e os dois brasileiros, em 2009.

É verdade, mas é possível fazer um exercício matemático e acrescentar aos três, nos anos faltantes, a média de fintas por temporada nas respectivas carreiras em seus clubes.

Enquanto a de Messi é de 134 dribles por ano, a de Hazard é de 94 e as de Firmino e de Neymar, de 67 cada um, de acordo com os dados da Opta. Ou seja, mesmo inflando seus números absolutos, o trio ainda ficaria a anos-luz do argentino.

Considerando os campeonatos nacionais iniciados neste ano nos mais badalados centros europeus (já citados neste texto), Messi, segundo o site WhoScored, é o jogador que mais efetua dribles, junto com Neymar: cinco vezes por partida.

Zaha, atacante marfinense do Crystal Palace (Inglaterra), tem média de 4,6 dribles, e Hazard, de 4,4.

Afora Neymar, os brasileiros mais dribladores estão fora do top 50, ambos com 2,2 de média: Felipe Anderson (West Ham-ING) e Arthur (Barcelona).

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