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Em casa, Brasil sub-17 encara o maior jejum das seleções do país em Mundiais

Existem três Mundiais bastante conhecidos organizados pela Fifa no futebol masculino.

O mais relevante deles, disparado, é o adulto, popularmente chamado de Copa do Mundo e disputado de quatro em quatro anos, desde 1930.

Completam a lista o sub-20 e o sub-17, realizados a cada dois anos, respectivamente a partir de 1977 e de 1985.

A partir deste sábado (26), o Mundial para os mais jovens, o sub-17, será realizado no Brasil, substituto do Peru, que desistiu em fevereiro de organizar a competição.

Será a primeira vez que o país abrigará um Mundial para garotos, que quem sabe daqui a poucos anos estejam brilhando em alguns dos melhores clubes do mundo, e quiçá também pela seleção adulta.

A equipe dirigida pelo técnico Guilherme Dalla Déa terá o desafio de quebrar o mais longo jejum das seleções masculinas em Mundiais.

A última das três vezes que o Brasil sub-17 se sagrou campeão foi em 2003, uma vitória por 1 a 0 sobre a Espanha, gol do zagueiro santista Leonardo, no torneio sediado pela Finlândia. O treinador era Marcos Paquetá.

Nas sete edições posteriores, o título não se repetiu – as melhores colocações foram o vice-campeonato, em 2005, e o terceiro lugar, em 2017.

As seleções principal e sub-20 jamais tiveram um hiato tão prolongado sem erguer a taça.

A maior seca da primeira, pentacampeã (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), foram cinco edições: de 1930 a 1954 e de 1974 a 1990.

A da segunda, também vencedora cinco vezes (1983, 1985, 1993 2003 e 2011), quatro torneios, de 1995 a 2001 e de 2013 a 2019 (sequência em vigor).

Guilherme Dalla Déa, de 48 anos, é desde o início de 2018 o técnico da seleção sub-17 do Brasil (Alexandre Loureiro/CBF)

Para tentar triunfar, a seleção sub-17 contará com um elenco formado somente por atletas do Sudeste (16) e do Sul (5) do país.

O clube que tem mais representantes é o Palmeiras, com quatro atletas, seguido pelo Flamengo, atual campeão brasileiro da categoria, com três.

Eis a lista completa, com a respectiva numeração:

1 – Matheus Donelli (Corinthians) – goleiro
2 – Yan Couto (Coritiba) – lateral-direito
3 – Henri (Palmeiras) – zagueiro
4 – Luan Patrick (Athetico-PR) – zagueiro
5 – Daniel Cabral (Flamengo) – volante
6 – Patryck (São Paulo) – lateral-esquerdo
7 – Gabriel Veron (Palmeiras) – atacante
8 – Talles Costa (São Paulo) – meia
9 – Kaio Jorge (Santos) – atacante
10 – João Peglow (Internacional) – atacante
11 – Talles Magno (Vasco) – atacante
12 – Marcelo Pitaluga (Fluminense) – goleiro
13 – Gustavo Garcia (Palmeiras) – lateral-direito
14 – Gabriel Noga (Flamengo) – zagueiro
15 – Renan (Palmeiras) – zagueiro e lateral-esquerdo
16 – Sandry (Santos) – volante
17 – Diego Rosa (Grêmio) – meia
18 – Matheus Araújo (Corinthians) – meia-atacante
19 – Pedro Lucas (Grêmio) – meia
20 – Lázaro (Flamengo) – atacante
21 – Cristian (Atlético-MG) – goleiro

Jogadores do Brasil sub-17 se confraternizam antes de treinamento na Granja Comary, em Teresópolis-RJ (Thais Magalhães – 15.out.2019/CBF)

Os adversários do Brasil na fase de grupos são Canadá, neste sábado, no estádio Bezerrão, na cidade-satélite de Gama (DF), às 17h (com SportTV 3); a Nova Zelândia, na terça (26), no mesmo local, às 20h; e Angola, na sexta (1º), no estádio Olímpico, em Goiânia, às 20h.

Maior vencedora do Mundial sub-17, com cinco troféus, a Nigéria participa, mas a Inglaterra, atual campeã, não se classificou.

Eis os grupos:

A – Angola, Brasil, Canadá e Nova Zelândia (jogos em Gama e Goiânia)
B – Austrália, Equador, Hungria e Nigéria (jogos em Gama e Goiânia)
C – Chile, Coreia do Sul, França e Haiti (jogos em Goiânia e Cariacica-ES)
D – EUA, Holanda, Japão e Senegal (jogos em Goiânia e Cariacica)
E – Argentina, Camarões, Espanha e Tadjiquistão (jogos em Cariacica e Gama)
F – Ilhas Salomão, Itália, México e Paraguai (jogos em Cariacica e Gama)

A final será no dia 17 de novembro, um domingo, na capital federal.

Em tempo: Daquele time do Brasil de 2003, o último que foi campeão mundial sub-17, nenhum nome evoluiu a ponto de se destacar muito profissionalmente. O volante Arouca (ex-Fluminense, Santos, São Paulo e Palmeiras) e os atacantes Evandro (hoje no Santos) e Abuda (ex-Corinthians) são os mais conhecidos – ou, melhor, os menos desconhecidos. A Espanha, rival da final, tinha na equipe Cesc Fàbregas (ex-Arsenal, Barcelona e Chelsea), campeão na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

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