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Por final da Sul-Americana, Corinthians precisa do que jamais fez

A derrota por 2 a 0, no endividado Itaquerão, para o Independiente Del Valle na quarta (18) deixou o Corinthians em péssimos lençóis.

Para avançar pela primeira vez para a decisão do segundo torneio mais importante da América do Sul – e que dá ao campeão vaga no mais importante, a Libertadores –, a equipe terá de fazer o que jamais conseguiu: virar um mata-mata em competição continental depois de estar com ao menos dois gols de desvantagem.

Foram 15 as vezes em que o Corinthians perdeu o primeiro jogo de uma série eliminatória, seja na Sul-Americana, na Libertadores e nas extintas Copa Mercosul e Copa Conmebol.

Em somente duas delas suplantou o oponente depois – em ambas com muita dificuldade, sendo que em uma delas apenas na disputa de pênaltis.

Nas oitavas de final da Libertadores de 2000, os corintianos foram derrotados na Argentina por 3 a 2 pelo Rosário Central, devolveram o placar em São Paulo e marcaram 4 a 3 nas penalidades máximas.

Dirigido por Oswaldo de Oliveira, esse time, campeão mundial quatro meses antes, tinha, entre outros jogadores, Dida, Fábio Luciano, Kléber, Vampeta, Marcelinho Carioca, Ricardinho, Luizão e Edílson.

Nas quartas de final da Copa Mercosul de 2001, depois de ser derrotado por 2 a 1 pela Universidad Católica no Chile, marcou 2 a 0 em São Paulo, gols de Deivid e Kléber.

Nas outras 13 vezes, o Corinthians foi eliminado:

  • Libertadores em 1991 (Boca Juniors), em 1996 (Grêmio), em 1999 (Palmeiras), em 2003 (River Plate), em 2006 (River Plate), em 2010 (Flamengo), em 2013 (Boca Juniors), em 2015 (Guaraní) e em 2018 (Colo-Colo);
  • Sul-Americana em 2003 (Atlético-MG e Fluminense, em um triangular) e em 2007 (Botafogo);
  • Mercosul em 1999 (San Lorenzo);
  • Conmebol em 1994 (São Paulo).

As derrotas no jogo inicial por dois ou mais gols, situação que se repete agora, ocorreram diante do Grêmio (Libertadores-1996, 0 a 3 no Pacaembu), do Atlético-MG (Sul-Americana-2003, 0 a 2 no Pacaembu) e do Guaraní do Paraguai (Libertadores-2015, 0 a 2 no Defensores del Chaco).

Como o Corinthians se portou na sequência nessas ocasiões?

Ganhou do Grêmio no Olímpico, 1 a 0, placar insuficiente; perdeu do Fluminense (por ser um triangular, o adversário do segundo jogo não foi o mesmo do primeiro) no Maracanã, 2 a 0; perdeu do Guaraní no Itaquerão, 1 a 0.

Jogadores do paraguaio Guaraní comemoram gol na vitória por 2 a 0 no estádio Defensores del Chaco sobre o Corinthians, então dirigido por Tite, na Libertadores de 2015 (Jorge Adorno – 6.mai.2015/Reuters)

Para o time comandado por Fábio Carille, a missão desta vez não é menos difícil, visto que o fator campo/torcida já foi desperdiçado.

A partida que vale a classificação à decisão, na quarta (25), será no Estádio Olímpico Atahualpa, na altitude de 2.850 metros de Quito, a capital do Equador.

Um alento? O Independiente, há menos de dez dias, nesse mesmo estádio, perdeu de 2 a 0 no Campeonato Equatoriano para o Macará. Com esse resultado, o Corinthians leva a decisão para os pênaltis.

Caso os corintianos ganhem por dois gols de diferença, mas com outro placar (3 a 1 ou 4 a 2, por exemplo), se classificarão por terem feito mais gols fora de casa.

Em tempo: Uma final brasileira na Copa Sul-Americana parece mesmo distante de acontecer neste ano. Na outra semifinal, na quinta (19), o  Atlético-MG foi à Argentina e perdeu de virada para o Colón por 2 a 1. Em situação menos ruim que a do Corinthians, o Galo tentará a virada na próxima quinta (26), no estádio Independência, em Belo Horizonte.

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