Viagra dá fôlego a argentinos na decisão da Copa-Sul-Americana
Jogadores do Huracán, da Argentina, tomarão Viagra, o famoso remédio para disfunção erétil, na preparação para a decisão da Copa Sul-Americana, nesta quarta (9), contra o Independiente Santa Fé, da Colômbia.
Não, não há uma crise generalizada de impotência entre os atletas da equipe nem eles têm sexo previsto para momentos antes da partida.
O motivo, conforme explicou ao jornal portenho “Clarín” Pedro Di Spagna, médico do clube, é a vantagem proporcionada pela sildenafila, o princípio ativo do medicamento.
A substância ajuda na circulação de oxigênio no sangue e serve para melhorar o rendimento dos jogadores em partidas em cidades na altitude, nas quais o ar é mais rarefeito.
Não é incomum atletas que não estão acostumados a essa condição passarem mal durante jogos de futebol, sentindo náuseas, dores de cabeça e falta de ar.
Lembro-me de um caso, em 2007, em que jogadores do Flamengo recorreram a balões de oxigênio à beira do gramado no duelo com o Real Potosí, na Bolívia, pela Libertadores. O jogo em Potosí, a 3.850 metros do nível do mar, terminou 2 a 2.
Bogotá, a capital colombiana, não fica tão no alto, “apenas” a 2.650 metros, porém os efeitos, mesmo que em menor intensidade, são sentidos. Ao ministrar o Viagra, o Huracán espera minimizá-los no estádio El Campín.
“É um dos recursos que ajudam”, afirmou Di Spagna, que combinará a sildenafila com outras drogas: ibuprofeno, ácido tiótico e paracetamol.
Não sei se alguma delas, ou a combinação, pode resultar em positivo no exame antidoping. Suponho que o médico do Huracán esteja certo de que são remédios permitidos pelas regras.
Vai dar certo?
Será possível saber nesta noite. A final, que dará ao vencedor seu primeiro título internacional, é às 22 horas, com TV (Fox Sports e SporTV).
No jogo de ida, em Buenos Aires, houve empate sem gols.

Em tempo: Clubes argentinos são os que mais ganharam a Copa Sul-Americana – faturaram 6 das 12 edições. O Huracán eliminou o River Plate, atual campeão, na semifinal. Nunca um colombiano ergueu a taça. Do Brasil, Internacional, em 2008, e São Paulo, em 2012, chegaram lá.