Jogadores de equipe de Uganda se tornam microempresários
A exemplo da ampla maioria das nações da África, Uganda enfrenta sérios problemas econômicos e sociais.
Localizado no leste do continente, o país é o 164º colocado (em um total de 187) no ranking do IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, elaborado pela Organização das Nações Unidas e que leva em consideração dados como educação, expectativa de vida e PIB per capita.
Nessa lista da ONU, o Brasil ocupa a 79ª colocação. A Noruega está no topo, e o Níger, na rabeira.
Com o intuito de fazer com que os seus atletas tenham uma condição de vida melhor, um dos clubes da primeira divisão de Uganda, o URA FC, teve uma ideia inusitada: oferecer-lhes a chance de se tornarem pequenos empresários.
O ramo?
Transporte de pessoas e de mercadorias em motos – o leva e traz é largamente utilizado pela população e pelas empresas do país em seus negócios.
São as “motos-táxis”.

Na semana passada, o presidente do URA FC, Ali Ssekatawa, chegou ao campo de treinos com 17 motos-táxis, chamadas no país de “boda bodas”.
Somente na capital, Campala, há cerca de 100 mil delas em circulação.
A medida foi bem recebida pelos jogadores, que veem uma oportunidade de incrementar suas receitas.
A direção do time, contudo, fez um alerta: os futebolistas não devem eles mesmos serem os condutores dos veículos, devido aos riscos envolvidos – acidentes e assaltos não são incomuns.
A recomendação é que sejam contratados motoristas para dirigir as motocicletas.
Em tempo: Uganda está na disputa por uma vaga na Copa da Rússia-2018. Em mata-mata em novembro, derrotou duas vezes o Togo e se classificou para a fase de grupos, que definirá os cinco classificados da África para o Mundial. O país nunca esteve em uma Copa do Mundo e o melhor resultado obtido na história foi o vice-campeonato na Copa Africana de Nações, em 1978.