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Pós-ebola, Libéria volta a ver sua seleção jogar bola

Luís Curro

Quase um ano e quatro meses depois de a epidemia de ebola fechar as fronteiras na Libéria para o futebol, o país africano, um dos mais pobres do planeta, voltará, neste sábado (5), a abrigar uma partida da sua seleção.

Será contra a Tunísia, na capital Monróvia, pelas eliminatórias da Copa Africana de Nações, que será realizada em 2017 no Gabão.

A última apresentação da seleção liberiana diante de seu povo foi no dia 18 de maio de 2014, uma vitória de 1 a 0 sobre o Lesoto. Depois, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu pela proibição de duelos internacionais na Libéria, a fim de evitar a expansão do vírus letal.

Em maio deste ano, após cerca de 4.800 mortes em solo liberiano, a OMS considerou o ebola erradicado do país, depois de dois meses sem a ocorrência de um novo caso, propiciando que jogos entre seleções pudessem voltar a ser marcados lá.

Apenas duas vezes, em 1996 e em 2002, a Libéria conseguiu se classificar para a Copa Africana, e nunca disputou uma Copa do Mundo.

Seu único jogador que merece menção na história do futebol, George Weah, artilheiro de Monaco, PSG e Milan e eleito o melhor jogador do mundo em 1995, está aposentado desde 2003.

No ranking da Fifa, liderado pela Argentina (o Brasil está em 5º), a Libéria ocupa a 161ª posição entre 209 países, Assim, na teoria, a Tunísia, 34ª colocada na lista, mesmo atuando fora de casa, é favorita para o confronto.

Mas a motivação da seleção liberiana estará nas alturas após o drama do ebola. O futebol empolga e proporciona alegria, e a população local anseia por um pouco de emoção positiva. Mesmo que por apenas 90 minutos.

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