Trio MSN e ex-são-paulino Douglas fazem Barcelona apanhar no mercado da bola
O Barcelona enfrenta problemas no mercado da bola na intertemporada.
Interessado em contratar um atacante de bom nível que possa servir de opção ao trio MSN (Messi-Suárez-Neymar), tem se deparado com negativas.
“Há jogadores que não querem jogar no Barcelona”, constatou Roberto Fernández, secretário técnico do clube, conforme declaração publicada no site da revista “FourFourTwo”.
Surpreendente, não? Quem não gostaria de vestir a camisa do Barça, um dos times mais badalados e mais vitoriosos do futebol?
De acordo com Fernández, a razão é justamente essa trinca de craques da equipe. “É muito difícil convencer jogadores (de ataque) a se juntar a nós com esses três que temos na frente.”
Ou seja, não é questão de querer ou não jogar no Barça. Querer, todo mundo quer. É questão de não ter chance de jogar. De passar meses esquentando o banco. Incomoda o atleta essa situação, especialmente se ele não é um novato.

Messi, Suárez e Neymar são intocáveis.
O treinador Luis Enrique só dará espaço a outro jogador se um dos três se machucar (caso de Messi, por dois meses, no segundo semestre de 2015) ou precisar de descanso.
Nenhum dos três, porém, gosta de ser poupado – até acontece, como nos jogos das rodadas iniciais da Copa do Rei, mas é exceção. E Luis Enrique evita poupá-los, pois arrisca-se a ver o time perder rendimento.
Na temporada 2015/2016, nas poucas chances que tiveram, nem Sandro Ramírez, de 21 anos, nem Munir, de 20 anos, os reservas para o setor ofensivo, empolgaram.
O primeiro não permaneceu no Barça para esta temporada – transferiu-se para o Málaga.
O segundo continuará tentando (e não conseguindo) fazer sombra ao trio MSN, desta vez com a concorrência de Tello, de 24 anos, que retorna ao Barcelona após duas temporadas divididas entre Porto e Fiorentina.

Se o dirigente Fernández não consegue contratar um atacante de qualidade considerável, em outra frente ele também não consegue vender, nem emprestar, um defensor de qualidade questionável.
O lateral direito brasileiro Douglas, ex-São Paulo, desde que chegou ao Barcelona, em 2014, atuou com a camisa do Barça por só dez jogos, sendo que na metade deles começou na reserva.
Teve uma série de contusões, é verdade, mas, mesmo quando esteve saudável, Luis Enrique não lhe deu crédito. As opções ao titular, Daniel Alves (que se transferiu recentemente para a italiana Juventus, depois de oito temporadas no Barcelona), foram quase sempre Aleix Vidal ou Sergi Roberto, este último, meio-campista de origem.
Não posso questionar as escolhas de Luis Enrique. Nunca considerei Douglas um jogador de bom nível. É medíocre, limitado. Não entendo como o Barcelona pagou € 4 mihões por ele.
O clube catalão descobriu, tardiamente, ter um mico na mão – e descobriu também que o mico é aquela carta que ninguém quer pegar.