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Culpa de Espanha e Inglaterra, grandes se matarão antes da final da Eurocopa

Luís Curro

A fase eliminatória da Eurocopa começa neste sábado (25), com três partidas: Suíca x Polônia, País de Gales x Irlanda do Norte e Croácia x Portugal.

Os resultados da primeira fase provocaram uma disparidade no chaveamento dos mata-matas, com apenas um lado do caminho tendo todos os europeus campeões mundiais: a anfitriã França, a Alemanha, a Espanha, a Itália e a Inglaterra.

Desse modo, somente uma dessas seleções tem chance de chegar à decisão, na qual enfrentaria uma das equipes citadas no início deste texto ou então Hungria ou Bélgica, o confronto restante das oitavas de final do lado menos badalado do chaveamento.

Por que isso aconteceu? A culpa é de ingleses e de espanhóis, que, diferentemente de franceses e alemães, não confirmaram o favoritismo e chegaram em segundo lugar em seus respectivos grupos, atrás de País de Gales e Croácia, respectivamente.

A Itália é um caso à parte. Tetracampeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006), a Azzurra não era considerada a favorita em seu grupo (e sim a Bélgica), mas terminou na primeira posição.

Espanha e Itália já se matarão na primeira rodada eliminatória. Enfrentam-se na segunda-feira (27), em Saint-Denis. O vencedor dessa partida muito provavelmente duelará nas quartas de final com a Alemanha (atual campeã da Copa do Mundo), que deve superar a Eslováquia.

Da mesma forma, o esperado é haver o duelo França x Inglaterra em outro mata-mata das quartas de final. Tanto franceses quanto ingleses serão alvo de críticas e chacota se caírem ante irlandeses e islandeses nas oitavas.

Assim, pela ineficiência de espanhóis e ingleses, enquanto de um lado há chance de uma semifinal Alemanha x França ou Espanha x Inglaterra, por exemplo, do outro poderemos assistir a um jogo surpreendente, como País de Gales x Suíça ou Polônia x Hungria.

Quem gosta de futebol europeu, e esta Eurocopa tem sido pródiga em partidas muito disputadas e interessantes (Hungria 3 x 3 Portugal foi o melhor jogo até agora, com os lusos lutando três vezes contra a eliminação e conseguindo se salvar), há de relevar tudo isso. Todo jogo é bacana.

Mas é muito provável que esta final, diferentemente das duas últimas edições (Espanha 1 x 0 Alemanha, em 2008, e Espanha 4 x 0 Itália, em 2012), tenha uma seleção de grande nome contra uma considerada um azarão, o que tirará da decisão o status de clássico.

Nenhuma das seleções do lado “fraco” do chaveamento ganhou a Eurocopa, que está em sua 15ª edição. Quem mais chegou perto foram Bélgica, finalista em 1980 (perdeu da Alemanha Ocidental por 2 a 1, na Itália) e Portugal, finalista como anfitrião em 2004 (comandado por Felipão e com um jovem Cristiano Ronaldo já como titular, perdeu da Grécia por 1 a 0).

Em tempo: Houve dois casos em que, na final da Eurocopa, um país não campeão do mundo bateu outro que já tinha erguido a taça Jules Rimet ou a taça Fifa. Aconteceu em 1976 (a Tchecoslováquia ganhou da Alemanha Ocidental) e em 1992 (a Dinamarca venceu a Alemanha). 

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