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Vexame do México, o maior da Copa América em quatro décadas, fica fora do top 10

Luís Curro

A competição: Copa América Centenário. A data: 18 de junho de 2016. O país: EUA. A cidade: Santa Clara (Califórnia). O estádio: Levi Stadium. O jogo: Chile x México. A fase: Quartas de final. O resultado: Chile 7 x 0 México.

Foi um massacre. Na noite de sábado (18), o Chile, atual campeão da Copa América, atropelou sem dó os mexicanos comandados pelo ex-técnico do São Paulo Juan Carlos Osorio.

Um resultado inesperado, já que o trabalho de Osorio vinha sendo digno de elogios. O colombiano estava invicto desde a primeira partida à frente do México (em outubro de 2015), com dez vitórias e um empate.

Havia ganhado quatro amistosos, os quatro jogos pelas eliminatórias para a Copa do Mundo e, na Copa América, passado por Uruguai e Jamaica e empatado com a Venezuela.

Nessas 11 partidas, o México fez 21 gols e levou 2.

Tamanha eficiência fazia muita gente considerar o time que veste verde favorito a conquistar a Copa América Centenário, até porque contava com a força da torcida, já que é considerável a presença da comunidade mexicana (nativos e descendentes) em solo norte-americano.

(Eu, desde o início, apostei, e continuo apostando, na Argentina de Messi.)

O chileno Vargas chuta para superar o goleiro Ochoa e fazer um dos seus quatro gols na goleada sobre o México (Omar Torres - 18.jun.2016/AFP)
O chileno Vargas chuta para superar o goleiro Ochoa e fazer um dos seus quatro gols na goleada sobre o México (Omar Torres – 18.jun.2016/AFP)

Surpreso com o 7 a 0 (quatro gols de Vargas, ex-Grêmio, dois de Puch e um de Alexis Sánchez), fiquei curioso para saber se teria sido a maior goleada da história da Copa América, competição disputada desde 1916.

Não foi. Nem passou perto. Não é nem top 10. Mas é a pior desde 1975, quando a anfitriã Argentina enfiou 11 a 0 na Venezuela.

Eis a lista das dez maiores goleadas na Copa América (são cinco do Brasil, quatro da Argentina e uma do Uruguai):

  • Argentina 12 x 0 Equador (em 1942, no Uruguai)
  • Argentina 11 x 0 Venezuela (1975, na Argentina)
  • Brasil 10 x 1 Bolívia (1949, no Brasil)
  • Uruguai 9 x 0 Bolívia (1927, no Peru)
  • Brasil 9 x 0 Colômbia (1957, no Peru)
  • Argentina 9 x 1 Colômbia (1945, no Chile)
  • Brasil 9 x 1 Equador (1949, no Brasil)
  • Argentina 8 x 0 Paraguai (1926, no Chile)
  • Brasil 9 x 2 Equador (1945, no Chile)
  • Brasil 8 x 1 Bolívia (1953, no Peru)

Depois da humilhação, Osorio assumiu a culpa e pediu desculpas aos mexicanos pela atuação desastrosa que resultou na pior derrota do México em partidas oficiais. Em 1961, em um amistoso, a Inglaterra ganhou por 8 a 0.

Era o mínimo que poderia fazer. Só que desculpas não reescrevem a história, e o México terá de conviver eternamente com essa mácula, assim como o Brasil em relação ao 7 a 1 da Alemanha na Copa de 2014.

Há certas máximas que insistem em perdurar no futebol. A do México é esta: “Joga como nunca e perde como sempre”. Quando mais se espera deles, os mexicanos refugam.

E na refugada da vez, que teve requintes de crueldade, nem foi na hora agá.

Em tempo: As semifinais da Copa América Centenário são nesta terça (21), EUA x Argentina em Houston, e nesta quarta (22), Colômbia x Chile em Chicago. Os vencedores jogam domingo (26), em Nova Jérsei. Os perdedores, sábado (25), em Phoenix, na decisão do terceiro lugar.

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