Vem aí o novo Zidane
Zinedine Zidane. Esse cara foi um dos melhores jogadores de futebol da história. Craque.
E quem tem cerca de 25 anos ou mais deve se lembrar bem do estrago que ele fez ao Brasil no dia 12 de julho de 1998, na final da Copa da França.
Seus dois gols de cabeça no 1º tempo mataram a seleção de Zagallo, considerada favorita. (Favoritismo que, soube-se depois, havia sido perdido devido ao fator Ronaldo Fenômeno, que foi escalado só em cima da hora por causa da crise nervosa que teve horas antes; todo o time sentiu isso, e o Brasil não jogou nada.)
O que pouca gente sabe é que Zidane tem quatro filhos e que um deles, o segundo, começa a chamar a atenção no futebol.
Luca Zidane tem 17 anos e joga nas categorias de base do Real Madrid. Nasceu no dia 13 de maio de 1998, ou seja, dois meses antes de o pai se consagrar na Copa do Mundo.
Mais um camisa 10 de talento e classe extremos? Não.
Ele é… goleiro.

Não o vi atuar em nenhuma partida, apenas o observei em alguns “melhores momentos” na internet, mas tudo indica que tem um futuro promissor.
Em maio, Luca foi titular da seleção sub-17 de seu país que conquistou o Europeu da categoria. Em seis jogos, tomou apenas dois gols.
Na semifinal, contra a Bélgica, após empate por 1 a 1, houve disputa de pênaltis. Ele defendeu três cobranças.
Só que o lance mais emblemático ocorreu quando foi bater a sua – dono de forte personalidade, pediu ao treinador para estar na lista dos cinco escolhidos para as penalidades.
Como fez seu pai na final da Copa da Alemanha-2006, contra a Itália, Luca deu uma “cavadinha”. Como na cobrança do pai, a bola tocou no travessão. Só que na cobrança do pai a bola desceu, entrou no gol. Na de Luca, não.
Nesta semana, o site da Fifa dedicou uma reportagem a Luca, que disputará em outubro, no Chile, o Mundial sub-17 – o Brasil também estará presente.
O título da reportagem é: “Não quero ser comparado com meu pai”.
Sendo goleiro, a intenção parece ser mesmo essa. Mas que a “cavadinha” foi um baita ato falho, ah, foi.
Em tempo: Falando em seleção de base, o Brasil sub-23, em preparação para a Olimpíada do Rio, perdeu da França sub-21, de virada, em amistoso na terça (8). Pelo que vi, vou deixar um nome aqui: Wendell, o lateral esquerdo, ex-Grêmio, hoje Bayer Leverkusen. Não está no nível de Marcelo, do Real Madrid, mas tem potencial para chegar lá.